6.18.2015

Acho que vou ser palerma...

Já sou um bocadinho. Em muitas coisas. Sou muito totó em coisas que requeiram precisão. Tenho a delicadeza de uma lagosta. 

Não sou nada de acreditar em signos, nem em meteorologia, ambos parecem estar igualmente enganados e certos consoante nos apeteça.

Hoje fui ao Jumbo com a Irene (uma canseira agora que ela rejeita o carrinho porque só quer andar) e, à saída, lá me queixei, em conversa com a senhora da caixa (sim, sou dessas, mas a senhora é muito muito querida) que a Irene dormia muito mal. 

Ao que ela disse: 

"Sabe o que é que eu fiz com a minha filha e resultou e ela fez com a minha neta e resultou? Virar os pés dela para a porta. Nunca mais me deu uma má noite". 

- Tem de ter resultado para ela me dizer isto, não é? Não acho que haja ninguém a pagar à senhora para dizer esta parvoíce e ser mentira!

- Se resultou com ela e com a filha, terá sido, na prática, porquê? 

- Será que não resultou mas que ela preferiu lembrar-se assim?


Eu não acredito que isto funcione, parece-me palerma, mas... como não experimentar? 

Já experimentaram coisas estúpidas que tenham funcionado? Já tinham ouvido falar desta? Help!



Sou a maluquinha dos livros

Sou a maluquinha dos livros. Acho que já vos disse, desde que a Isabel nasceu compro-lhe um livro por mês. Falhei na parte da dedicatória que disse que lhe faria a cada livro, mas não falhei ainda na promessa de lhe fazer uma biblioteca incrível. Não compramos brinquedos cá para casa (ela herdou bastantes e a família foi dando), mas livros faço questão. Os amigos já sabem e também já vão oferecendo. Em miúda, era uma devoradora de livros (cheguei a ler 40 e tal numas férias, que requisitava na Biblioteca). Quero passar-lhe essa paixão. E acho que se começa agora. Ela não diz nada de jeito, mas já sabe imitar a entoação ao contar uma história. Já folheia um livro ao som de "nana na na na na" e chega ao fim e diz "já ´tá!"

Nem todos os livros que compro são apropriados à idade. Estou a fazer-lhe uma colecção de histórias tradicionais infantis, mas com 3D, por isso tenho de escondê-los ainda a sete chaves. Já tem O Principezinho (obrigada, tia Raquel), Anita (ou direi Martine?) e outros que tais. 


Mas hoje destaco estes livrinhos que lhe ofereceram (para 1 ano) e que ela tem adorado. Chamam-se "Primeiros Conceitos" e são 9 mini livros com opostos, cores, brinquedos, números... que eles gostam de manejar, apontar e, no caso da Isabel, dançar quando vê o patinho (para eu cantar a música) ou a banheira (para eu cantar a música) ou fazer "ão, ão" quando vê o cão ou o som da papa quando vê a banana. Já sabe que se folhear aquilo vai encontrar animais e objectos e fica entretida e concentrada (vejam as caras dela hehe).





 









O que têm para a troca? Que livros fazem furor aí em casa?

Afinal Havia Outra (#25): O momento certo para engravidar?

Quando decidimos ter o primeiro filho contávamos com (ora deixa cá ver) pouco mais de três anos de casamento. Ele trabalhava, eu trabalhava e estudava. Era Dezembro de 2011. Deixei a pílula. Fui ao médico de família e depois ao ginecologista. Queria engravidar logo, há muito tempo que desejava ser mãe. Engravidei em Agosto do ano seguinte mas perdi o meu bebé quatro dias depois de me saber grávida.

Em Dezembro de 2012 engravidei novamente, soube-o em Janeiro de 2013 (há lá melhor maneira de começar um ano?!). Quase 41 semanas depois tive o meu filho nos braços e experimentei uma felicidade que, juro, é indescritível. Resumidamente, foi assim que tudo aconteceu e desde a decisão propriamente dita até sermos, efectivamente, pais passou mais de um ano e meio.

Ambos desejamos ser pais novamente, não sabemos exactamente quando. As dúvidas que, enquanto casal, fomos tendo antes de avançar para o primeiro são, estupidamente, as mesmas, às quais se juntam mais algumas por termos um filho ainda bebé. Estamos como que  a meio da ponte, sem saber para que lado ir. À direita avistamos placas que nos levam a pensar que o ideal era ser já e agora, à esquerda vemos caminhos de espera. E não é que a porcaria do GPS ficou sem bateria, dá para acreditar?! Ok, isto foi só uma graçola para aligeirar a coisa. Bom, vamos lá tentar organizar as ideias: 

A questão profissional/económica: nunca é a altura ideal, isso já não é novidade. Ambos temos trabalho mas a minha empresa vive uma situação complicada e isso assusta-me bastante. Desempregada e com dois filhos é só assim uma visão dramática. Quanto à questão financeira... bem, se esperarmos pelo dia em que vamos estar confortavelmente ricos, sem preocupações deste género, compremos então uma cadeirinha, fazendo jus àquela coisa do "esperar sentado";

A questão do tempo: é bem capaz de ser um dos aspectos que mais temo. Se eu, com um filho, já acho que tenho tempo para nada, como será com dois? Vai daí e penso que se nos organizarmos ainda mais, em família, somos capazes de conseguir dar banho a dois filhos em simultâneo, fazer as refeições, pôr na cama (embalar na "pior" das hipóteses), levar e trazer da creche... Temos dois braços não temos? Ora, aqueles dois multiplicados por mim e pelo marido dá quatro (surpreendido amor, tu que estás sempre a troçar de mim por não saber a tabuada?), o que me parece um número aceitável de braços para dar conta das tarefas todas. Ok, ok, aqueles programinhas que ainda temos feito porque a avó fica com o bebé devem passar a eventos anuais, mas lá para os 40/45 anos já estaremos em condições de retomar a nossa vida social;

A questão da aceitação do irmão: ter um irmão é das melhores coisas do mundo, verdade?. Ter um irmão com pouca diferença de idades, que alinhe nas brincadeiras, que partilhe sorrisos e lágrimas (bom, aqui o cenário já não é assim tão animador) deve ser ainda melhor.
Estou a pintar um cenário cor-de-rosa? Provavelmente, até porque gostaria de ter uma menina.
Queremos ter mais filhos? Queremos. E, se o momento ideal não existe, então que comece a grande aventura!

Clara