2.12.2015

Já somos famosas (#04)

Joana Paixão Brás (JPG) - Controla-te um bocadinho, Joana. Pareces uma pita aos saltos. 

Joana Gama (JG) - E sou, mulher! Acho cá uma graça a isto!!!

JPB - A isto de irmos ser entrevistadas para uma revista?

JG - A isso e à palavra marisco. Já viste que não tem nada que ver com aquilo que é? Marisco. Ainda por cima dava um bom nome para um dentista: Dr. Marisco Pires. Não achas? 

JPB - És tão cansativa. Começo a achar que não tiraste uma licença sem vencimento mas sim que o teu local de trabalho quis uma pausa de um ano... 

JG - Vamos ser entrevistadas, pá!! Não é o Alta Definição (a JPB trabalha "lá"), eu sei, mas já é grande cena!

JPB - Grande cena é o meu buço que tenho de ir fazer rapidamente por causa desta brincadeira.

JG - Eu não vou fazer o meu. Por um dia fora de casa? Peço para me tirarem fotografias à sombra. Tu sempre ao sol e eu à sombra. Aquilo dói, pá! Fazer o buço é como dar chapadas a mim própria nas mamas. Dói. 

JPB - E esse cabelo?

JG - Eu sei que parece só um, mas podias fazer o esforço de falar no plural sobre ele. 

JPB - Tu é que devias fazer um esforço para que parecesse o cabelo de uma pessoa normal.

JG - Olha, estou a fazer agora. Gostas? Está melhor?

JPB - Estúpida. Bem, viemos partilhar convosco a boa notícia: vamos ser entrevistadas para uma revista de tiragem nacional e com direito a fotos!

JG - E fotos nossas! Não vão tirar fotos a cedros e pôr a nossa entrevista ao lado, não é bom?

JPB - "Por" já não tem acento.

JG - Não me enerves, menina dos 19 na faculdade e que ficava triste por não ter 20.

JPB - Não tens sopa para ir fazer?

JG - 'Tá, 'miga.

JPB - Recebemos o mail a perguntar se queríamos ser entrevistadas para a tal revista (depois contamos tudo heheh), a JG ligou-me e depois foi isto no WhatsApp:









JPB - No "Viking do Cais do Sodré"... O que eu tenho que aturar!

JG - Óptimo sítio para fotos amorosas, nem sei como ainda não organizaram para lá um "Mercado da Carlota". Perfeito. 

JPB - Joana!!! Não cries inimizades aqui também. Argh. Sou mãe de uma Isabel de 11 meses e de uma Joana de 28...  Estamos a brincar mãe da Carlota, não ligue, não ligue. 

Eu, tu e todas as coisas bonitas que vivemos - SUGESTÃO DIA DOS NAMORADOS

Não sou de achar grande piada ao dia da árvore, ao dia dos afónicos nem ao dia dos namorados. Mas este ano apeteceu-me celebrá-lo. O dos namorados. No nosso dia, ele não estava. Esteve fora, em trabalho, durante quase um mês. E este ano, faz mais sentido do que nunca. Somos três. As coisas bonitas que vivemos mais do que triplicaram.

Quis fugir ao relógio ou à camisa. Procurei uma coisa simples e inesquecível, daquelas que vamos revisitar ano após ano. Um álbum, um álbum especial.

Foi impossível responder a este desafio sem me emocionar: condensar em 45 fotografias todas as coisas bonitas que vivemos. Dei o meu melhor, mas muitas ficaram de fora. No entanto, as mais simbólicas e que arrastam centenas de outros momentos estão cá. O que nos fez rir, a maior aventura das nossas vidas, aquilo que nunca esqueceremos. Fotografias mais estudadas e outras desfocadas, espontâneas. Em seis anos mudámos muito, mas o que nos juntou continua imutável. 

É um agradecimento à pessoa tímida, generosa, de gargalhada fácil e que me faz sentir especial, todos os dias. Um agradecimento a quem me dá tanto e me deu o melhor que a vida me podia ter dado: a Isabel.










 
[Agora é rezar para que ele não veja este post (trabalho ao lado dele, aproveitei uma ausência dele e tirei-lhe o like da nossa página do FB para não receber notificações hehe). Nem que nenhum amiguinho dele estrague a surpresa.
Queria mesmo dar-vos esta ideia, se não souberem o que oferecer. Comprei o álbum numa lojinha no primeiro piso do Saldanha Residence (chamada Tell me a Store), em Lisboa, mas deve haver em mais sítios. Podem levar as fotos numa pen e revelar numa Worten ou Fnac (nunca tinha experimentado e foi um instantinho! Vão a tempo! Boraaaaa!)

Ah! E sim, a minha mesa está toda suja e manchada, mas gosto assim e não me consigo desfazer dela: era da minha querida avó Isabel]

Como é que se enfia o supositório?

Aiiiiiii!!!!!

Odeio quando acho que já estou esclarecida em relação a algo e depois me trocam as voltas!

Afinal, como é que se põe o supositório?

Ponho-lhe sempre com a parte em ogiva primeiro. Achei que assim deve magoar menos, até porque tem a forma de um tampão e eu não ponho a parte grossa do tampão primeiro (senão, o fio ainda me fecundava um óvulo).  Sim, sei que estamos a falar de orifícios diferentes. Não lhe ando a empaturrar o pipi de ben-u-rons.

Desculpem lá a imagem estúpida, mas no Wikihow dizem que é assim: 



Li há há pouco tempo no blog da Caco de Mimo que, afinal, não!

"6 - Os supositórios enfiam-se com a parte mais grossa primeiro;

Passo a explicar o ponto 6: os supositórios são mais finos numa extremidade do que na outra. Eu sempre coloquei a parte mais fina primeiro, mas o correcto é a parte mais grossa, de maneira a que depois custe menos a entrar. Foi uma enfermeira que me disse. Já testei e funciona. Fui mais clara, agora? :-)"

A minha questão é: por que é que isto não vem com livro de instruções, pá? Especialmente se é uma coisa para por no rabo da minha criança, gostaria de saber como é. 

Até está aqui a porcaria da bula para verem como é (que não traz desenhos, se é que me estou a explicar). 

Encontrei depois outro blog E os filhos dos outros que cita literatura científica e ainda traduz e explica (ainda dizem que blogs não são serviço público - não sei quem, mas alguém a de já ter dito isso):
"Encontrei a teoria da introdução invertida do supositório, inclusivamente, defendida por outros enfermeiros. Mas, porque raio as farmacêuticas continuavam fabricar os supositórios tal como os conhecemos? Parte fina e de ponta lisa para a frente que vai ficando mais larga, de forma abrir delicadamente o ânus, seguido de uma diminuição do diâmetro até até um corte súbito. Fui à literatura científica e desfiz o mito.



«Historically suppositories were inserted pointed end first but the publication of one study (Abd-El-Maeboud et al, 1991) changed nursing practice overnight. The authors suggested retention is more easily achieved if suppositories are inserted blunt end first because the squeezing action of the anal sphincter against the apex pushes (sucks) them into the rectum. (...) However, there has been a lack of critical appraisal of this research, which has never been replicated and has the limitations inherent with any small study. The research analysis used simple descriptive statistics, which further brings into question the validity and robustness of the research and the conclusions drawn. (...)In the absence of conclusive evidence to recommend one particular method of suppository insertion, it seems that a common-sense approach is required (Bradshaw and Price, 2006).»



Conclusão: houve gente que acreditou que a porção fina virada para baixo ajudaria a que o supositório fosse mais facilmente 'empurrado' para cima pelo próprio esfíncter anal. Eventualmente faria sentido, quando era o próprio a colocar. De qualquer forma, essa hipótese nunca foi provada, pelo que deve imperar o bom senso. E, para mim, bom senso parece ser colocá-lo como o fabricante preconiza, isto é, como mostra a figura.

"



Um bem haja ao "João Moreira Pinto. Marido, pai, cirurgião pediátrico. Entre casa e o hospital, a ver crescer os meus dois filhos... "(é assim que está descrito no seu blogue) por me ter desfeito esta dúvida sobre como introduzir algo no recto da minha filha.