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12.15.2019

Trabalhar fora de casa é bom porque...


Agora que voltei a trabalhar em TV, fora de casa, voltei a sentir coisas boas. Não que estivesse infeliz como estava (longe disso), mas estava a ser difícil para mim gerir o meu tempo, separar trabalho-casa e estar tantos dias sem conversar com um adulto. Além disso, não ter um ordenado certo também me angustiava às vezes. Vai daí, aceitei um trabalho por alguns dias e gostei tanto que em janeiro quero muito repetir a dose. E em fevereiro. E por aí fora.

Trabalhar fora de casa para mim é bom porque...

➤ Me obriga a tomar banho e a empinocar de manhã e, quando me cruzo com um espelho, não parece que acabei de acordar

➤ Ouço mais podcasts, nas viagens, e rio-me sozinha no carro (caso se cruzem comigo, já sabem) - Salvador Martinha, Bumba Na Fofinha, Extremamente Desagradável, Sem Barbas na Língua, N'a Caravana... - ouçam, ouçam

➤ Tenho a oportunidade de conhecer pessoas novas e de rever amigos, de mandar umas gargalhadas a meio da manhã 

➤ Sinto que estou a ser posta à prova, a cumprir desafios, a procurar soluções, sinto adrenalina. E, passados 4 anos, sinto que, afinal, ainda pode haver lugar para mim na minha área (TV)

➤ As miúdas foram, pela primeira vez, à natação com o pai. O que acabava por ficar para mim, porque tinha mais liberdade de horários, neste momento é melhor distribuído e todos podem beneficiar com isso: pai e filhas, que ficou todo babado (e transpirado) e elas orgulhosas, a mostrar o que já sabiam fazer

➤ A hora de almoço é mesmo hora de almoço - normalmente punha-me em frente à TV, a ver Netflix, e agora olho para a comida enquanto como, o que é importante, li algures (e faz sentido dar essa informação ao cérebro)

➤ Separo melhor o que é trabalho e o que é casa: as camas já não ficam feitas mas também ninguém fica lá para ver; a roupa acumula-se mas, com sorte, temos suficiente para a semana; e quando é para trabalhar é para trabalhar

➤ Voltei a dar mais valor aos momentos em que estou com as minhas filhas. Como já não as vou buscar às 16h, acabo por aproveitar mais todos os segundos. Já me cheguei a esquecer do telemóvel no carro e não fui sequer buscar (o que dantes seria impensável). Menos tempo na internet e mais tempo com as miúdas



Há mais. Estas são as vantagens principais. As que me fazem querer continuar assim. Se algum dia o jogo "virar", dependendo isso ou não de mim, estes dias bons já ninguém me tira. 

Uma amiga minha, que está em casa há 8 anos com os filhos, perguntava-me o que eu achava de uma oferta de trabalho que ela teve. Fiz-lhe mais perguntas do que dei respostas. Nunca temos a certeza absoluta de nada, o que quer que decidamos, mas o que de pior pode acontecer com as nossas decisões? Pelo caminho aprende-se sempre alguma coisa...

Já a entrar em modo Natal :)


9.10.2018

Super útil dicas agora para o regresso à escola, não é? É quando tenho, amores...

... muito melhor do que estava à espera, caramba! Não sou uma pessoa propriamente calma e optimista por natureza (ou se era, escangalhei-me), mas seja como for, a primeira vez que a deixei na escola depois das férias foi... maravilhosa. 


Sabem o que fiz que acho que ajudou?


(sim, Joana, agora que já toda a gente tem os putos na escola, vamos todas adorar as tuas dicas, principalmente quem não teve a mesma experiência) 




Acordei-a estupidamente cedo. 

Moramos ao lado da escola e acordei-a (por acaso até foi sem querer) às 6h30 da manhã. 
Deu para brincar com ela na cama, fazermos umas festinhas e conversar sobre não só "o dia", mas também sobre o fim-de-semana que está para vir em que ainda vamos ao Algarve e, por isso, as "férias ainda não acabaram". 

Comprei uma roupinha de primeiro dia de aulas. 

A minha mãe deve ter-me feito isto quando eu era pequenina e devo ter gostado, porque me lembrei de fazer o mesmo com a Irene. Lá me torci toda e comprei uma roupa que não gostei grande coisa porque sabia que ela ia adorar e... adorou! Porém, depois, quis trocar porque afinal não queria usar o vestido - e já tinha cortado a etiqueta... aquele clássico. 

Disse mais vezes que sim de manhã (até porque tinha tempo). 

"Queres ver como dou cambalhotas no sofá?", "Queres ver a pirueta que dou com o tacho na mão?". Quero tudo, filha. Não só porque não quero que sintas a minha ansiedade, mas também porque vou divertir-me mais assim e o dia pode ser bom apesar estar morta por dentro de medo. 

Preparei tudo no dia anterior e caprichei.

Há coisas que me fazem sentir bem e descansada. Caprichar no lanche que lhe levo para a escola e no desenho ajuda. Por isso, no domingo, para ajudar à ansiedade, estive a fazer bolachas, sumos e tudo mais. Hoje já não tive que pensar em quase nada, foi óptimo. 

Levei-a antes da malta.

Foi fantástico. Além de ter lugar para estacionar, havia menos loucura no ar, menos miúdos a chorar, menos pais nervosos e conseguiram ajudar-me mais a despedir da Irene, distraindo-a depois de me despedir. 

Isto foi o primeiro dia, não quero cantar de galo, mas sei que tudo isto terá ajudado. Nem que seja a mim e, portanto... :)