Não me quero armar em Paula Bobone das crianças ou em Cesar Millan, mas tenho-me interrogado sobre o que será isto "das boas maneiras" nas crianças. Sei que é uma conversa que pode levar para aqueles polos habituais do "educação permissiva/parentalidade positiva" - que, by the way, uma não tem nada que ver com a outra" - e "a palmada na hora certa/ter limites" - que, by the way, uma não tem nada que ver com a outra.
Relativamente às "boas maneiras" da Irene, desde cedo que eu e o Pai lhe ensinámos o "se faz favor" e "obrigada". É algo automático, acho que não percebeu nunca bem como funciona, mas funciona muito a favor dela porque quando estou enervada com algo, se ela me pedir decentemente, até baixo um pouco a irritação.
Aliás, a Irene sabe que é "obrigada" que se diz por ser menina e que "obrigado" é quando se é rapaz.
Para além disso, ainda não consegui que esperasse que "os crescidos" acabassem de falar para falar também. Também não consigo que não saia da mesa à hora de jantar. Nem consigo que não se ponha aos berros enquanto falo ao telefone a perguntar-me quem é.
em Maio de 2017. |
Acho sinceramente que o conceito de obrigar uma criança de 4 anos a ficar 40 minutos à mesa a jantar é complicado. Nem sei se é assim tão importante para mim ensinar-lhe nesta altura. Quando tiver 6 provavelmente digo-lhe que não quero que saia da mesa e não sai e pronto.
Sabe que não se bate. Sabe que quando alguém está triste ou que precisa de ajuda é para ajudar. É trapalhona com os talheres, às vezes cospe para o prato (às vezes para o chão quando está mesmo aflita com o sabor), às vezes sai-lhe uma mão que, a meio da irritação, zangada por lhe ter dito que não, me acerta.
Sabe que não pode incomodar os outros, mas só depois de lhe relembrar. Não será isso normal? E até desejável? Eu não gostaria que a miúda, aos 4 anos, não se distraísse e fizesse barulho por estar tão divertida e concentrada nalguma coisa por "não posso por causa dos vizinhos".
Será a miúda mal educada?
Eu acho que é uma criança. Tudo a seu tempo.
E, mães que têm filhos a fazer birras na rua, eu não sou aquela que, por ver a criança a chorar imenso que vos julgo. Eu estou no vosso lugar também. Que não vos suba a temperatura por acharem que toda a gente que olha para vocês (está uma criança a fazer um chavascal, é normal) quer que vocês terminem o assunto imediatamente com um berro ou com um "correctivo". Há quem não esteja. Eu não estou!
Mais mães por aí que não estejam a julgar?
Mais mães por aí que não estejam a julgar?
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