8.25.2019

Crianças e tablets: sim ou não?

Quando digo tablets, quero incluir telemóveis mas também televisão. Enfim: todo o género de estímulos vindos de ecrãs. Apesar de não ser contra o uso dos mesmos, não estávamos a conseguir encontrar um meio-termo fixe, por isso, tive de arranjar uma estratégia mais rigorosa.



Querem saber qual foi? Digo-vos que melhorou a 200% as nossas vidas, as nossas noites, a nossa relação. Estava cheia de receio que, agora que voltámos de férias, fosse difícil fazer de novo o desmame, mas não, nada! 

Adoro que vejam desenhos animados, que gostem de imitar danças no youtube e, até, que joguem jogos educativos, mas não podia ser todos os dias, connosco não estava a resultar.



E vocês, como gerem? Preocupa-vos esta era, ou acham que há mais coisas positivas do que negativas? 

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8.20.2019

Quanto tempo demorei a recuperar da cirurgia plástica?

Depois de sermos mães, tudo passa a entrar na equação. A vida não pára (ai, desculpem-me lá, mas não consigo alinhar no “para” do novo acordo ortográfico), há miúdos para ir pôr e buscar à escola, roupa para estender, colos para dar e tudo o que seja obrigar-nos a ficar quietinhas dá connosco em doidas - a não ser que estejamos a falar numa semana nas Maldivas, vá.

“Quanto tempo se demora a recuperar?” foi, sem dúvida, uma das perguntas que mais me fizeram e foi, curiosamente, uma das primeiras que fiz ao Dr. João, se não a primeira, quando fui à primeira consulta, ainda antes de decidir se faria uma mastopexia com implantes: falei sobre tudo aqui

Se me tivessem dito que teria de estar umas três semanas em repouso, deixaria esta operação para quando as mamas estivessem nos joelhos e não apenas no umbigo.

Mas não, uma semana. Os meus olhos brilharam. Uma semana era OK. Tenho uma amiga que preferiu nunca se separar das crianças, a não ser para dormir (iam dormir à avó), porque tinha medo de levar patadas durante a noite; já li algures uma mãe cuja bebé ficou em casa sempre, mas com o pai a entrar em acção sempre; eu preferi (e porque podia, claro) estar 4 dias completamente de papo para o ar em casa da minha mãe; enquanto elas estavam no bem bom com as primas e os avós em Évora e, depois, na praia, no Algarve. Por isso, tive ali uma semana, após os 4 dias de sofá e cama e já sem os drenos, com pouco movimento físico, a não ser o básico da casa, o banho, estender uma roupita, nada de grandes pesos. Ao todo, estive um mês sem fazer exercício físico. 


Agora sim, passados dois meses, sinto que estou a voltar a mim, na totalidade. Já posso fazer exercício à vontade, correr (se bem que ainda nem experimentei) e nadei pela primeira vez esta semana. Confesso que estranhei um bocado. Zero dores ou desconforto, mas é como se houvesse mais qualquer peça no puzzle. Tenho quase a certeza de que um dia encaixa e que me esqueço por completo.

Para as miúdas foi fácil aceitar. Nem nunca senti que ficassem tristes ou frustradas. Optei por lhes explicar por alto e até mostrar que tinha um dói-dói nas maminhas, que ia ficar tudo bem, mas que teriam de ter cuidado para não me magoar sem querer e que não poderia dar colo durante algum tempo. Aceitaram na boa e ainda repetem a lengalenga nas escadas do prédio, quando estão cansadas. Os vizinhos já devem estar todos a par das mamas novas da mãe, mas tudo bem. ;) Ainda não lhes disse que já lhes podia dar colo outra vez porque estou a adorar não subir dois andares com duas pirralhas, uma em cada braço. As minhas costas agradecem.

Mas, sinceramente, até acho que pode ser positivo não sentirem que a mãe é uma superheroína e que, às vezes, temos de conseguir superar alguns obstáculos, sozinhas. Continuaram a ter colo no sofá, mimos todo o dia e aconchego à noite, antes de dormir. Tudo se faz. (Menos pôr cintos de segurança na cadeirinha. Aí sim, sentia-me uma artista de circo, cheia de medo de dar um puxão a mais. Não dei. Ufa.) Mas valeu todos os esforços e todas as adaptações que tivemos de fazer. Foi ainda mais simples do que imaginei.

Estou feliz, feliz, feliz com o resultado, cada vez mais natural, contente com o tamanho que escolhemos e, nestas férias, já andei com aquela confiança extra em biquíni. Foi incrível ver os meus biquínis dos anos anteriores a assentarem tão bem (já vos disse que consigo continuar a vestir quase tudo?) e experimentar soutiens novos, rendados, sem aros e ficar com um decote tão bonitinho.


Se só chegaram ao blogue agora (what? O que andaram a fazer nestes últimos 4 anos? A viver?) e tiverem outras questões sobre a cirurgia estética que fiz, vejam aqui e aqui se conseguem esclarecer mais alguma dúvida.

O Dr. João Bastos Martins - do qual estou fã e se um dia quiser fazer mais qualquer coisita [calma, não estou a pensar nisso para já] é nele que vou confiar - também é super disponível e responde de certeza às vossas questões por mensagem pessoal ou e-mail (instagram aqui e site aqui).

Digam coisas. Só não me peçam é antes e depois ou para ver a cicatriz porque – apesar de às vezes não parecer – ainda tenho alguns limites. ;)

8.19.2019

Joana Paixão Brás: O que ando a ver #01

Não faço ideia se isto vos interessa ou não, mas pensei: "se eu gosto que me recomendem filmes e séries para ver, documentários, livros, etc, por que não?" 

Vou fazer isto também com livros, artigos e revistas, o que acham? Mais não seja para vos inspirar a ler mais (a última coisa que faço à noite já não é scrolling no instagram e estou a ADORAR) ou para vos alertar para coisas que eu desconhecia por completo. Estarmos mais conscientes não é mau. Quero sugestões vossas para a troca, combinado?

Imagem completamente descontextualizada só para saberem que fui eu quem escrevi isto
e porque cortei o cabelo e até estou gira, pronto,
que a vida pode ter um bocadinho de futilidade para aligeirar o resto. <3 

A ver.

Série EUPHORIA
Depois da 13 Reasons Why, achei que dificilmente uma série sobre adolescentes me iria prender tanto, mas encontrei uma substituta à altura (e até melhor, acho). Mas atenção, é muito, muito forte. Tem cenas de sexo bastante explícito, muita droga e muita violência. Convencidos, já? A verdade é que a protagonista, a Zendaya, é assim fabulosa e sempre me intrigaram histórias sobre droga, o que fazer? Gosto muito da realização também, a fotografia está sublime e, olhem, prendeu-me muito. Mas fica o aviso: forte mas forte. Ainda não terminei. Ah! Está na HBO.

Filme ROCKETMAN
Gosto muito de filmes ou séries biográficas. E se forem de bandas ou de cantores, ainda me despertam mais a atenção. No ano passado, e apesar das críticas, o Bohemian Rhapsody foi um dos meus preferidos (saí do cinema a cantar); este ano vi o dos Motley Crue (The Dirt, na Netflix, uma maradice, mas das boas) e não quis perder o do Elton John. Não é espectacular, mas vê-se muito, muito bem e ficamos a par de pormenores absolutamente desconhecidos e a gostar ainda mais do artista, a dar-lhe uma dimensão mais próxima e humana. Gostei.

Documentário QUANDO A VIDA NOS ATRAIÇOA
Este é daqueles que, se forem bastante impressionáveis e tenham ficado ainda mais sensíveis depois de serem mães, não convém mesmo que vejam. Mas ficam a saber que isto acontece. Incapazes de lidar com traumas, centenas de crianças refugiadas na Suécia sofrem de síndrome de resignação: ficam basicamente em coma. Não comem, não reagem a estímulos, ficam inertes. Enquanto não se sentem protegidas, com medo da deportação, ficam imóveis. Podem estar anos assim e, às vezes, mais do que um filho de um casal desenvolve isto. Desconhecia por completo. É doloroso, mas talvez urgente para quem não percebe a urgência de acolher refugiados. Está na Netflix.