6.30.2017

Será que vou ao terceiro?

É inevitável sentir-me assim. Eu, que já jurei a pés juntos que não vou ter mais filhos - quem mais jura mais mente?-, fico de pernas a tremelicar só de estar perto de um recém-nascido. Se o tiver no colo então, quentinho, com aquele cheiro que só eles têm, é como se nada fosse mais sagrado. Fui conhecer o filho de uma das minhas melhores amigas, o Lourenço, e desejei, secretamente, ter mais um, meu. Não há nada mais doce, mais bonito, mais puro, do que um bebé acabado de chegar ao mundo. É luz, é redenção, é oportunidade, é recomeço... são páginas em branco por escrever. É enternecedor ver um ser tão pequenino no colo da sua mãe - e que mãe! Ver a minha amiga ser mãe, tão cheia de amor e instintos, a saber dançar já tão bem esta dança - mesmo que com todas as dúvidas e receios que qualquer mãe tem, sempre, a vida toda - deixa-me tão feliz! Ainda hoje os imaginei a darem colo um ao outro, a conhecerem-se melhor, a serem um. É mágico. Tem muito de difícil, sim, não me posso esquecer. Visto de fora, por apenas algumas horas, é um romance. De dentro, é romance, é drama, é trágico-cómico. Mas é um começo e os começos têm tanto de energia e corações palpitantes como de receios e hesitações e cansaço. Passa tão depressa. Passa mesmo. Ainda agora a Luísa me cabia num braço e já preciso do corpo todo para lhe dar colo. Já está a andar pelo próprio pé, a mandar beijinhos e a fazer birrinhas em que se manda para o chão e bate com a perna direita duas, três, quatro vezes e ainda ontem era só maminha e colo e maminha e colo. 

Adoro recém-nascidos. Adoro tudo o que eles representam e são. Adoro a fragilidade, o tamanho, a dependência, as boquinhas. 

Adorei conhecer o Lourenço. Que tenha a melhor das infâncias e um futuro brilhante. Meu sobrinho emprestado. Tudo começa agora. Para ele, mas também em cada um de nós há uma sensação de recomeço, ao sermos todos mais felizes por ele existir.




Ah! Mas e o título? Será que vou ao terceiro? A resposta mais provável é não. Um dia explico. 

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Coisas estúpidas que me dão um prazer do caraças.

- Não ter herpes. 

É algo que, neste momento, me parece ser tudo aquilo que uma pessoa precisa para ser feliz. Não sentir que levou uma murraça no focinho e que tem os lábios a esvaziarem-se por lá. Mesmo sendo super atraente como eu, este tipo de coisas pode deitar-nos abaixo. Confesso que estava com a intenção de fazer um desfile hoje e vou ter que cancelar. O Nuno Baltazar que se cuide e tente arranjar substituta. 



- Chegar a casa e ter a casa arrumada. 

Enquanto que muita gente tem ambições profissionais, eu tenho a ambição de chegar a casa e de não ter nada "para fazer". Cheirar-me sempre a casa arejada, lava loiças impecável, loiça da máquina arrumada (e bem arrumada) e, se possível, um tipo de tronco nú que me diga "incrível, todos os dias me apaixono mais por ti", dê o jantar à miúda e depois vá para a casa dele. 

- Cadernos e canetas e blocos e post-its.

Só escrever isto fez com que o meu leite descesse. Aquele fascínio que muitas de vocês têm com sapatos e malas eu tenho com cadernos e artigos de papelaria. Cada uma com os seus desejos e os meus são sempre a atirar para artigos que tenham o preço máximo de 10 euros. Por mim, o regresso às aulas era todos os dias. 



- Ter a caixa de e-mails vazia e a das mensagens do telefone, sem fotografias a mais...  

Odeio muita letra e muita confusão. Gosto de ter só o essencial e o básico no telefone. Não gosto de ter fotografias "por apagar", e-mails que já não preciso de estar a ver, etc. Faz-me sentir desorganizada como ter a cama por fazer. 

- Ter a roupa, mesmo a ainda por passar, dobrada. 

Não tenho paciência para isso, mas quando tenho, é uma sensação fabulosa. Como se houvesse tempo para tudo, mesmo para dobrar roupa que vai deixar de estar brevemente. 

- Casa acabada de aspirar.

É verdade e mentira ao mesmo tempo. A casa acabada de limpar/aspirar, apesar de ser muito agradável, traz consigo o pesadelo que é de estar sempre a ver "aqui e acolá" algumas falhas e de estarmos sempre a baixarmo-nos para ver o que é. 

- T-shirts organizadas por cores. 

Ahhhhhhhhh, que sonho. Adorava que houvesse um sistema fácil de podermos mexer nas tshirts sem todas as horas se mexerem quando tiramos uma e que elas soubessem o seu lugar. 

- Ouvir jazz

Tudo parece que está bem quando há jazz a tocar e a luz amarela de um candeeiro. 


Apeteceu-me partilhar convosco mas, se calhar, poderia ter passado este tempo a arrumar a casa ;)


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6.29.2017

Prefiro dar biológico à Irene. E vocês?




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