2.12.2017

Afinal só sei fazer filhas feias.

Quando comecei o blogue sabia que isto poderia acontecer. Se há bloggers que contam que já lhes desejaram a morte e outras coisas que tais, era expectável que alguém (uma minoria, claro) se sentisse à-vontade para dizer barbaridades destas. "Feinha, feinha" é um dos comentários em resposta à pergunta "A Luísa é parecida com quem afinal?". Já a Isabel foi duas ou três vezes brindada com comentários deste calibre. E não foi só aqui no blogue, até no Facebook uma alminha teve coragem de comentar algo do género. Houve quem me mandasse estudos em como a beleza não era subjectiva. Houve quem me enviasse um link que ia dar para uma modelo "feia", que tinha conquistado as passereles. Sim, as pessoas dão-se a este trabalho para chatear as outras. Na altura, fiquei muito chateada, triste até. Aquele desejo enorme de protecção que começa logo que estão na nossa barriga, aquele instinto de leoa fez-me rugir (como contei aqui). Naquela altura, era para mim novidade esta coisa dos haters e - infelizmente - era daquelas pessoas que se ia bastante abaixo com a maldade, com a maledicência, com a crítica que não é construtiva. Simplesmente não sou assim, não fui educada assim e era bastante xoninhas, sensível a este tipo de coisas.

Eu tenho noção de que não tenho filhas protótipo, "capa de revista", nem candidatas a título Little Miss Sunshine, apesar de as achar as coisas mais fofas, queridas e lindas à face da terra (e me apetecer engoli-las). Eu sei que não vou ser brindada com o Globo de Ouro de Modelo Feminino 2017. Sei também que a Victoria's Secret não me vai convidar para nenhuma das suas campanhas (só se alinhar naquela onda das "mulheres reais" e precisar de mostrar um milagre qualquer que levante maminhas que andam ali na linha dos joelhos). Claro que cada um pode achar o que quiser, claro que o nosso olhar não é neutro, claro que é normal sentirmos que esta ou aquela pessoa são bonitas e que aquela outra nem tanto.  Mas, sendo adultas, também já deveríamos ser capazes de ver além disso. E, sem sombra de dúvidas, deveríamos saber os limites (básicos, de convivência) entre pensar e dizer. Escrevi este texto também porque alguém nos disse uma vez que só se estragava uma casa. Nesta altura já convivia bem com este tipo de comentários. "Quem se expõe assim, tem de saber lidar com isto". "É o preço da exposição", dirão as mentes mais pragmáticas. Mas as pessoas mais sensíveis, como eu, aquelas que costumam calçar os sapatos das outras, rapidamente percebem que nada justifica este tipo de comentários. Porquê? Porque são ocos, vazios, desprovidos de consequência - que não a de importunar, chatear (ou tentar chatear). 

Neste momento, já não me deixa triste. "Ah, mas se sentiste necessidade de fazer este post é porque ficaste melindrada." Ainda fico espantada, isso sim. Triste já não. Qualquer dia já não ficarei espantada sequer. Prometo.


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Viroses de 7 dias?

... mas o que é isto? 

Nem imaginam a aventura que isto foi. Fica tudo muito mais dramático pela miúda ter convulsões febris (já temos consulta de neuro marcada para Março), mas a verdade é que esteve com febre durante uma semana. Depois de ter espaçado 24h, voltou a ter febre.  Foi no dia em que fui ao consultório com ela e estava lá um bebé (coitadinho) perdido de febre? Foi. 

A regra é que, sem sinais de alarme, esperar até 72h de febre. No caso da Irene, damos sinais mais cedo se houver convulsão... Depois das 72h foi observada e não tinha nada que inspirasse desconfiança ou que não fosse resolvido por si. 5 dias depois do primeiro dia foi observada novamente (por acaso por outro médico) e o diagnóstico foi o mesmo. Feliz, mas continuava preocupada, claro.

A febre desapareceu ao 6º dia (parece que estou a contar algo bíblico) e, para além da tosse, já nem há sinal de que tivesse ficado doente. Depois de partilhar esta situação com outras mães pelos grupos aí fora (abençoados grupos, com a devida perspectiva crítica, claro), várias me disseram que agora "há viroses de mais dias". 

De mais dias? Uma semana para uma virose? Vocês também verificam isto? A verdade é que tem ficado uma semana em casa sempre que fica doente...

 
Fico grata a estes dois médicos por não terem sido stressados... Que bom! 


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A melhor maneira de dar xarope sem birras.

Nunca antes tinha tido este problema. Brincamos tanto aos médicos e afins que vivemos na ilusão de que nunca seria difícil dar xarope nem nada do género. Wrong. A Irene esteve com uma virose durante uma semana (!!!!) (só acabou hoje) e teve de tomar um xarope novo. Além de já andar a Brufen e Ben-U-ron, houve um médico (num espaço espectacular que vos tenho de falar dele, um projecto maravilhoso que me encheu o coração - Passo a Passo no Campo Grande) -  agora que reli o post já nem lembro do que era suposto dizer aqui. 

Tínhamos mesmo que lhe dar o xarope, para o bem dela. Conscientes de que o teríamos que fazer durante os próximos 5 dias, tínhamos mesmo que arranjar uma solução que funcionasse. Conseguimos algumas mas, até agora, temos a vencedora. 




#5 
Está cheio de bichos bons que te vão ajudar.

Explicar-lhe qual é a lógica da doença e o que é que, supostamente, o xarope irá fazer.  Às vezes cola, mas depois fica um pouco preocupada com os "bichos maus". 




#4
Puxar pelos sentimentos pelo médico. 

No caso da Irene, ela gosta muito da Dra. Marta, a sua pediatra. Neste caso, foi um colega dela que nos receitou o xarope, mas de quem a Irene também gostou. "O Dr. Luís disse que era preciso, Irene e ele quer muito que fiques boa, o ursinho de lá também quer que fiques bem...". 



#3
O trunfo da Patrulha Pata. 

"Esta é pelo Chase, esta pela Skye, esta por aquele amarelo da escavadora". 



#2 
O coelhinho.

Ui. Esta a maior parte das vezes funciona para tudo: ser o boneco preferido quem dá o medicamento. "Olá, Necas, é o coelhinho cor-de-rosa! Quero muito dormir contigo e que descansemos os dois... tomas a merd* do xarope para ficares bem?". 




#1 
Puré de fruta

Até se lambe toda no final. O primeiro ensaio desta técnica foi com bolacha esmagada que ela adorou, mas à segunda já reparou que estava "azedo". Vai, vai puré de fruta orgânico. No final até pede outro e, neste caso, com este xarope, já está praticamente com a testa lá dentro. 



E as vossas técnicas? Vamos fazer uma lista? Nós chegamos ainda a dar uma dose de xarope com a Irene coagida, mas partiu-nos o coração...  e ainda hoje ela fala disso, quando o pai "agarrou os braços, mas não magoou a Necas, foi para dar o medicamento". 

Vi uma vez, num SharkTank um elefante que também serve para dar os medicamentos, mas acho mesmo que todas as soluções são temporárias, este. Não deixo de me rir com o posicionamento da seringa, mas isso sou eu. 

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