12.03.2014

Só quero rapazes.

Gostava de ter mais filhos. Não sei se será possível, nem se o for, quando será. No entanto, se fosse hoje e se pudesse escolheria ter outro rapaz...

Quando soube que estava grávida perguntei-me vezes e vezes sem conta, como aliás todas nós, se seria menino ou menina. Ia às lojas ver roupinhas e o facto é que ter uma menina era muito mais aliciante! Roupinhas giras, mesmo as mais baratas. Tudo e mais umas botas, cinquenta mil milhões de modelos por onde escolher. Tudo tão mimoso e fofinho!

Depois soube que ia ter o Lucas. Se fosse rapaz o nome já estava escolhido e tudo! Se fosse rapariga não. À medida que o tempo ia passando, ia-me apaixonando cada vez mais por ele, e com a ideia de que ia ter um menino. Nunca tinha reparado antes, mas as roupinhas de menino também eram, afinal, aliciantes. Giras, modernas, "abebezadas" ou mais "de crescido". Está certo que não havia (e ainda não há, e creio que não venha a haver) tanta variedade como para menina, mas fui sempre escolhendo conforme o que ele necessitava. Às vezes perdia-me um pouco, mas não houve uma peça de roupa que o Lucas não vestisse pelo menos uma vez e à grande maioria foi dado muito uso. Dentro do possível, claro! De semana para semana há roupa que deixa de servir, tanto que hoje em dia já a compro com alguma folga.

Não sei se também pela personalidade dele e da minha, confesso que, a ideia que tenho no dia de hoje (sei lá se não vou mudar de ideias, principalmente se engravidar e for uma menina, claro está), é que sou muito mais compatível com filhos rapazes que com raparigas...

Enfim, o tempo dirá se vou continuar com a mesma opinião ou não...

E vocês? Só têm meninos ou meninas? Também sentem que o que vos "calhou" é o melhor que vos poderia ter calhado (se é que isto faz algum sentido...)?

É a cara chapada do pai!


Se há coisa que ouvimos durante a maternidade é esta frase, confessem!

A bebé acaba de se esmifrar para passar pelo pipi, parece um repolho, e já é "igualzinha ao pai dela".

Fazemos uma ecografia morfológica e é incrível: pai, pai, pai. "Mas o nariz é da mãe", dizem para nos animar. Obrigadinha!

A criança faz 1 mês e está "cada vez mais pai".

A criança faz 6 meses e "não há hipótese, é toda pai!".

A criança começa a andar "Oh pá! Até a andar, não engana!".

A filha já tem maminhas mas "sai ao pai". Pobrezinha.

No meu caso, olho para a Isabel e não consigo. Juro que não é para não dar a mão à palmatória, não vejo essas parecenças óbvias. Aliás, até há quem diga que está cada vez mais parecida comigo. No dia a seguir: "é toda David". Ora, decidam-se lá, fáxavor!

O pai da criança no início ainda se dava ao trabalho de anuir: "pois, é parecida comigo, coitadinha" e ria-se. Ali nos primeiros meses até eu já era obrigada a concordar, tal era a lavagem cerebral: "sim, realmente, o queixo (ou a ausência dele), a boca". Mas isso faz uma pessoa e outra iguaizinhas? E os olhos? As pestanas? O nariz (abatatado, como o da mãe) não contam?

Pronto, já perceberam que me roo todinha (e que tenho uma inveja do piorio), não já? Eheh

Pelo que li algures, é um mecanismo de defesa da espécie o pai reconhecer a criança como filho nas semelhanças. E mais não pesquisei, não faço ideia dos estudos que foram feitos nem de como se chegou a essa conclusão.

Mas agora ponho à vossa consideração: pai OU mãe?

Nota: a escolha das fotografias obedeceu aos mais rigorosos critérios e foi supervisionada pela Santa Casa. Nem eu seria capaz de pôr fotos nossas em criança para manipular os resultados.

Também acontece o mesmo convosco ou os vossos filhos são "todos mãe"?

O Livro.

Passamos a nossa vida inteira a estudar, a conhecer pessoas, a ter namorados, a actualizar o facebook, a fotografar a nossa comida no instagram e, pelo meio, a enterrar o nosso instinto maternal.

Dantes, como as meninas cuidavam dos irmãos mais novos, como viam as irmãs a terem bebés mais cedo, como viam as mães a dar maminha aos irmãos, era tudo muito mais natural e menos questionável. Alguma vez imaginam as nossas avós a pensar "tenho de ver se vou fazer um workshop sobre amamentação, tenho medo de não dar bem com isto"?

Qualquer dia as miúdas têm nenucos para os deitar na cama delas enquanto mexem no telemóvel. Vai ser isso que, para elas, será normal. E contra mim falo.

É estúpido sentirmos a necessidade de ler um livro de instruções sobre nós próprias mas, a verdade, é que ajuda.  Eu li e continuo a ler dezenas de livros sobre aquilo que se entende por "puericultura" e, tem-me ajudado a sentir cada vez melhor comigo própria. A ouvir-me enquanto mãe.

Este foi o meu primeiro livro do género. Fez-me bem. Respondeu a praticamente todas as minhas perguntas sobre cuidados a ter com o bebé. Aquelas coisas que nos confundem na maternidade, nas aulas de preparação para o parto, as sogras aconselham coisas que hoje em dia a Organização Mundial da Saúde diz que matam bebés. É bom ter uma referência actualizada de um bom pediatra.

Chamaria este livro a bíblia. Atenção a comprar sempre a última versão. Faz diferença. 

Só não concordo com a indiferença do Dr. Mário em aquecer o leite materno no microondas. Ele afirma destruir poucos nutrientes e, portanto, ser de pouca relevância. Por mim, são todos a conservar e banho-maria, bem feito, é rápido. Mas isto é porque sou uma "fundamentalistazinha" da amamentação. ;)


Até o ofereci à minha sogra para ela aprender umas coisinhas e me ensinar outras. ;)