2.08.2018

Como funciona a cabeça de uma blogger (como eu).

Ahhh! O título está bem explícito! Se não querem saber os pensamentos mais íntimos de uma blogger no que respeite ao blog, sintam-se livres de fechar esta janelinha e de voltar para outros feeds. Ah, acabou de me aparecer uma notificação aqui do Facebook a dizer que tenho de ir dar os parabéns ao meu primo Francisco, venho já. Dei pelo Facebook, não sou de ligar. Pronto, já está. 

Ok. Então, como funciona a cabeça de uma blogger (como eu)? Ninguém perguntou mas, lá está, já vão perceber porque é que decidi fazer este post.


- PREOCUPAÇÃO CONSTANTE.

Da mesma maneira que, quando se tem um filho, vêm daí as responsabilidades e a presença delas mais ou menos constante na nossa cabeça - estou a comparar um blog a um filho, ai Jesus - também o criar de um blog e levá-lo a este nível, inunda a nossa cabeça de preocupações. A Joana e eu queremos manter o blog com publicações frequentes e, por isso, "hoje tenho de fazer um post", "a ver se escrevo já o de amanhã porque como tenho uma consulta, não vou ter tempo", "aproveitava era o fim-de-semana para escrever já uma semana de posts para tirar umas férias".

- OLHO DE PRODUTOR

Vamos vivendo o dia-a-dia sempre com "um olho no burro e outro no cigano". Tentamos ter 10% da nossa cabeça atenta a possíveis temas que possam servir para escrever aqui. Hoje, por exemplo, a Irene quis levar a viola que os avós e o pai lhe ofereceram para a escola e, desde que a deixei, estou a pensar na vaidade que sinto dela gostar tanto da sua viola e talvez falar da relação da Irene com a música para que outras mães, se quiserem, apanharem algumas ideias. Ou, quando a estou a adormecer, ponho-me a rever o dia, as coisas que correram bem ou menos bem, as coisas pelas quais me sinto grata e, a seguir, naturalmente, é pensar quais delas dariam um bom post (sendo que, para nós, um bom post é um post que interesse a muita gente e que contribua positivamente para a vida de quem lê) e começar a escrevê-lo na minha cabeça. 


- TER UM NEGÓCIO EXTRA

A par de tudo aquilo que geralmente já tenho de resolver na minha vida pessoal (enviar prescrição do exame do sono para o Hospital para validarem a marcação do exame, marcar dentista, ir consultar o regulamento do condomínio do meu prédio, tenho que fazer sopa logo à noite, arrumar a casa...) junto a isso ter que ir "responder a mails" do nosso mail. Tenho como prioridade os assuntos que necessitem de resposta imediata (sejam propostas comerciais ou leitoras que precisem de algo de nós imediatamente como conselhos ou ajuda em que possamos ser úteis), depois as parcerias que possam ser interessantes para nós e, por último, concretizar algumas ideias com parceiros, enviando e-mails proactivamente. 

- TENTAR ENCAIXAR SESSÕES FOTOGRÁFICAS

Apesar de ter a Inês da Yellow Savages e a Joana Sepúlveda Bandeira do The Love Project sempre prontas para nos fotografar, confesso que não faz parte ainda do meu mindset ver a "sessão fotográfica" como algo que me apeteça muito fazer, apesar de adorar o resultado e de colorir o blog e de os posts ficarem ainda mais giros. É também, na minha cabeça, uma conversa frequente comigo própria: "Outra vez uma foto desta sessão? Tens de marcar outra, as pessoas já devem vomitar esta sessão". 

Das minhas sessões preferidas, esta com o The Love Project, da Joana Sepúlveda Bandeira.


- ENCAIXAR REUNIÕES EM TEMPO RECORD

Não sou nada fã de reuniões. Acho que se fazem demasiadas reuniões mas há assuntos que têm mesmo de ser tratados frente a frente, especialmente quando ainda não se conhecem os parceiros. Não consigo ter a disponibilidade que queria para tratar destas coisas com calma e, por isso, tem de ser na minha hora de almoço (porque no restante tempo estou ou a trabalhar ou já com a Irene) e aqui perto do trabalho porque senão só tenho 15 minutos para falar com a pessoa presencialmente. 

- GERIR EXPECTATIVAS E PERFECCIONISMO

A motivação extra (gostamos sempre de escrever aqui, mas nem sempre conseguimos) tem altos e baixos. Quando tem altos, sou louca e penso: "vamos alimentar mais o canal de youtube", "vamos criar um programa de televisão", "vamos lançar mais um livro". Quando tem baixos, penso "não tenho nada que falar... olha, já sei, vou escrever sobre esta minha preocupação ou como funciona a minha cabeça no que toca ao blog". Eheheh. 

- VONTADE DE ACABAR COM TUDO

Ui, meninas. Se soubessem a quantidade de vezes, quando tenho a cabeça mais cheia que penso "epá, mas vou estar a chatear-me com uma coisa que fui "eu" quem criou? Acaba-se já com isto e não tenho mais que pensar no assunto, que chatice! E atenção que 99% da pressão é só criada por mim mesma. 


Associado a tudo isto existe também GRATIDÃO e VAIDADE. Temos a sorte (e trabalho) de, em 3 anos, termos um blog em que sentimos que vocês nos conhecem e que se relacionam connosco. Adoramos receber as vossas mensagens e comentários em que dizem que vos ajudamos a repensar nalguma coisa ou, melhor ainda, que não se sentem tão sozinhas e anormais. Acreditem que nem sempre é fácil mas... que tem valido sempre a pena. 


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2.07.2018

Um pequeno almoço que ela gosta.

Tive esta ideia no outro dia. Tenho andado a perguntar sempre à Irene o que lhe apetece para o pequeno-almoço mas eu, por exemplo, tenho sempre muita dificuldade em saber o que me apetece ou não. Geralmente só me apetece Chocapics, mas não é isso que vou comer (ai, agora tenho de ir comprar). 

Preocupo-me com a forma como ela começa o dia. Quero que ela tenha energia para brincar e que seja saudável mas ainda não estou muito educada e sistematizada relativamente a soluções. E, ainda por cima, coisas que ela queira comer. 

Inventei a história do "pequeno-almoço em tacinhas". Em cada tacinha ponho qualquer coisa que, em princípio ela irá gostar: bagas goji, ovo mexido, papas de aveia, tostinhas integrais com um pouco de queijo fundido ou fiambre de perú, pedacinhos de fruta. Cada coisa na sua taça. Come o que lhe apetecer de cada coisa e, o que não lhe apetecer, a mãe aspira. 

Ela tem gostado disso. De chegar à mesa e de ter tantas coisas para poder escolher. Quando acaba uma taça, puxa outra para ela e hoje puxou a minha que tinha leite de amêndoa e granola com frutos vermelhos (já mole porque deixei o pacote aberto, mas enfim, isto foi só para cortar o tom super blogger de comida) e comeu-a toda. 

Tem funcionado para nós e tenho gostado de fazer, mas confesso que sempre andei muito perdida nos pequenos-almoços dela. Era mais fácil quando só mamava e zunga!

O que tomam os vossos e que idade têm? 

A foto não é minha, claro, nem do nosso pequeno-almoço, mas não me importava que fosse, é desta fotógrafa.

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2.06.2018

E quando a Irene é empurrada na escola?

Não vejo a agressão como rótulo de "boa ou má pessoa". Tenho vindo a tentar construir um raciocínio diferente de que a agressão e a violência são formas primárias e animais de manifestação de sentimentos. E, nas crianças, além de terem a imaturidade que justifica muitos comportamentos, também poderá ser sinal de que algo não está bem. 

A Irene - que é a minha filha (e custou quando aconteceu) - já teve momentos em que foi ela a agressora e eu conheço-a. Por isso, se "até a Irene" poderá ter dessas fases/momentos, os outros miúdos também e não é por serem tiranos ou por terem pais que isto ou aquilo, embora seja essa a primeira (e compreensível) reacção. 

Preocupa-me, porém, não poder controlar tudo e protegê-la de tudo (sei que não seria positivo também, mas de certeza que vocês compreendem esta vontade). E, por isso, não lhe dizendo "quando te baterem, chega-lhes também" e não querendo a imaginar a minha filha a ser "mal tratada" por um colega a nível físico e ela lhes responder verbalmente (como andava eu a ensinar) com "não me faças isso, estás a magoar-me", surgiu aqui outra opção para já.

A minha bff, a Susana, assistiu a uma das nossas conversas em que tentei contextualizar a agressão de uma colega da Irene como estando a amiga com "o menino zangado na cabeça" - aconselho o Divertidamente/Inside Out. E a Susana decidiu partilhar uma solução que descobriu quando era pequena, dizia "Xau, Beijinhos". 

Nunca tinha visto isto como solução: o mero afastamento. Claro que me refiro a estes episódios mais característicos da idade da Irene. 

Infelizmente tenho vindo a tomar conhecimento de outras formas de maus-tratos em escola pelos colegas que me deixam muito preocupada e afilita por não conhecer ferramentas que permitam ajudar a travar o comportamento e a resolver o melhor possível a situação. 

Porém, neste momento a solução parece-me muito interessante e acho que passa a mensagem certa à Irene. Vamos vendo, com o tempo, como responder a cada fase sendo que, no entretanto, se trabalha a empatia e a confiança - o melhor que sei, valendo isso o que vale. 

Quero educá-la a pensar no contexto o máximo possível para que não cresça a pensar que as pessoas se dividem assim. Todos nós somos tudo em momentos diferentes. 

Mas claro, que no meio desta aparente calma, preferia que a minha filha não desse nem levasse tareia... 

O que fazem vocês? 

Fotografia: Yellow Savages  Jumpsuits: Little Jack Baby Clothes


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