1.03.2017

A Luísa tem um andador

Na altura da Isabel andei indecisa se lhe comprava ou não um andador. Ela não era muito de espreguiçadeira e às vezes queria tê-la entretida enquanto tinha de dar um jeitinho à casa, fazer o jantar ou tomar um banho. A pediatra disse que, como em quase tudo, usado com moderação não lhe faria mal, sempre com a casa preparada para tal, os cuidados devidos, e estando sempre de olho. Acabei por não comprar na altura. 

Desta vez, a Luísa tem um e adora! Não pretendo que aprenda a andar ali, longe disso. Encaro-o como uma voltinha no carrossel, uma forma de se divertir um bocadinho, enquanto faço um xixi, enquanto faço a cama ou enquanto lhe preparo o almoço (que, já agora, é feito de pedaços de comida cozinhados: brócolos, batata doce, cenoura... aderimos ao Baby Led Weaning, depois conto-vos melhor a experiência). Há dias em que faz parte da faxina comigo na mochila (Boba 4G ou Ergobaby), há bocadinhos em que fica no parque, há momentos na cadeira da papa, outros no tapete sentada, a rebolar e a arrastar-se - vamos variando ao máximo.

Ela gosta muito de dar saltinhos (este modelo, o Kamino, tem uma posição com molas) e meter a música a tocar e foi essencialmente isso que me seduziu. Gostei também do facto de ser possível retirar o assento, quando estiverem na fase dos primeiros passos, e de serem eles a andar e a empurrar o andador (tem umas pegas para isso). Achei-o estável, base sólida e larga e tem umas almofadas antiderrapantes e um redutor de velocidade, que trava quando se aproxima de escadas (que é o maior medo das mães quando pensam em andarilhos). De resto, os cuidados que tivemos a nível de segurança são os mesmos de quando começam a andar: ver tudo o que possa estar ao alcance deles, destralhar a casa, ver se há fichas e cabos no chão etc, etc.






Podem ler também:
Obrigada 2016, foste um bom ano
Este ano quero...


:::::::::::::::
Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.

1.02.2017

Este ano quero...

  • fazer listas para ter um controlo maior dos afazeres, das refeições, dos textos do blogue
  • reaprender a comer, dar o exemplo, dizer adeus aos refrigerantes e abolir o açúcar cá de casa (apenas em dia de festa, num jantar especial, etc)
  • começar a correr e a fazer desporto regularmente
  • tirar uma hora ou duas do dia para mim, deixando a Luísa ao cuidado de uma babysitter ou numa creche em part-time, quando fizer um ano
  • tirar um workshop de parentalidade consciente e mindfulness e ler o livro da Mikaela Ovén Educar com Mindfulness
  • substituir ao máximo o tablet e a televisão por jogos, livros e brincadeira livre
  • arranjar-me mais um bocadinho e voltar a ser vaidosa q.b
  • namorar mais

Assim de repente, é isto. E vocês?

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


Podem ler também: Obrigada 2016, foste um bom ano

:::::::::::::::
Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.

1.01.2017

O Japão fica para depois

Durante meses fizemos planos, acertámos datas, riscámos o calendário vezes sem conta, esperámos e desesperámos. Quando percebemos que já não era uma missão feliz pelo desgaste que estava a causar, sentámo-nos os dois frente a frente num jantar no centro de Lisboa e decidimos deixar a natureza seguir o seu rumo. Confiar no destino. Sorrimos muito depois de tomada a decisão, deixámos de carregar o peso da pressão nas nossas costas. Ajustámos os planos para o que nos faz mais felizes, acertámos datas, informámo-nos de preços, decidimos levantar voo. Algumas semanas depois combinámos marcar a tão esperada ida a dois nesse mesmo dia. Mas nunca chegámos a comprar os bilhetes.

No meio de análises de rotina, sem qualquer preparação, numa sala cheia de gente, abri o envelope e fiquei meio desorientada. Confirmei com o enfermeiro que estava de passagem e a resposta que tive “Não está grávida, está gravidíssima” levou-me a pegar no telefone e a dizer-te sem rodeios “Já não vais ao Japão”.


A vida acontece enquanto não damos por ela. E agora já temos o nosso guia turístico cheio de informação, conselhos de amigos que já partiram por este caminho, planos traçados, à semelhança de qualquer viagem que já fizemos. Prestes a levantar voo, vamos aprendendo a cultura, a língua de quem vai chegar a nós dentro de meses, o roteiro do nosso destino quase definido. Só não sabemos bem para onde vamos, quais serão as escalas que vamos fazer, o quanto levamos e vamos trazer na nossa bagagem, as memórias que vamos guardar desta que será, sem dúvida, a viagem mais aventureira da nossa vida. Desta vez já fazemos check in para três, reservamos noites em branco, sabemos o jet lag que nos espera. Desta vez levamos menos coisas na mochila e mais espaço disponível para voltarmos com o coração mais cheio. Cheio deste amor que dizem ser o maior de todos.

A viagem da nossa vida vai começar, estamos na pista de lançamento e vamos cada vez mais depressa, não sabemos muito bem onde vamos aterrar, mas temos a certeza absoluta de que desta vez não voltamos iguais. Voltamos mais cheios de amor.

Joana Diogo

A Joana escreve no O que vem à rede é peixe
Sigam-na no Facebook e no Instagram <3