5.06.2016

Há 8 anos eu era assim (podem gozar)

Foi a minha primeira sessão fotográfica quando entrei para a Mega. O lenço não fazia parte da minha indumentária, claramente. Foi um "Ah! Isto fica tão bem!". Não, não fica. Acho que estou bem melhor agora.

Ganhamos imenso quando nos tornamos mulheres, não é? 

Não sei o que fazer às mãos. 

Sim, é aquela fase estúpida passado um mês ou dois de fazer franja.

Alguém deu um pum.

Alguém tem um torcicolo.
Aqui entre nós: estava a odiar sem fotografada.
Pareço toda extrovertida e não sei quê, mas só queria mesmo sufocar-me. 

Olhem para mim a chegar (ao mesmo sítio das outras 35542 fotos)

Parece que vou passar por baixo de um andaime baixinho.

Estou a sentir as minhas coxas pela primeira vez.

Ai que tenho a boca cheia de aparelho.

Parecia que tinha comido um pão de Deus de enfiada.


Para onde foi o coelho? 

Algemada para ir para o manicómio.

5.05.2016

Comprei a minha filha com uma bolacha.

Não faz sentido compensar os miúdos com comida. A comida não deve ser encarada como um prémio. São pediatras e especialistas a dizê-lo e basta pensarmos um bocadinho e veremos que é um raciocínio lógico. 

Mas... hoje foi o que me saiu. Não estou com facilidade em pôr-lhe a pomada da conjuntivite. Arranjei maneira dela participar na coisa: lavamos as duas as mãos, ela abre os pacotinhos das compressas esterilizadas, eu retiro a compressa, ela põe o soro na compressa e limpamos o olho. Repetimos várias vezes. Depois de limpo, ponho a pomada (já tem conjuntivite nos dois olhos) e ela deixa por, sem grande alarido. O problema vem depois: quer coçar os olhos e retirar o creme. Hoje o que me saiu foi "se não mexeres nos olhinhos a mãe dá- te uma bolacha". E ela parou e disse "boooooaaaaa!". E lá se andou a controlar até lhe dar a bolacha. Até parece um reforço positivo e algo sem mal nenhum, mas fiquei a pensar nisso. A Isabel teve fases péssimas para comer - não sei se se lembram dos meus desabafos - e, que me lembre, nunca lhe fiz este tipo de "chantagem", chamemos-lhe assim. Dar um carácter de punição ou de prémio à comida pode levar a que eles desenvolvam uma relação com a comida pouco saudável no futuro. A comida é comida, fonte de nutrientes, para eles "crescerem", ficarem "fortes" e é, cá em casa, um momento de união, de família, de brincadeiras (também já foi de choro, birras e muito, muito stress, até eu ter começado a desdramatizar). 

Não gostei da minha estratégia e só resultou - óbvio - até ter comido a bolacha. Depois lá se esqueceu do nosso "pacto" e mexeu nos olhos como quem amassa pão. 

Que estratégias usam/usavam vocês para que eles - com dois anos e picos - não tenham tanta tentação de lá ir meter a mão? Obrigada!

5.04.2016

Quando nos ligam da creche...

Quem tem filhos na creche ou na escola já deve ter passado por isto.

Há aqueles segundos entre ver escrito "creche" no visor (ou o nome que lhe tiverem atribuído) e o ato de atender em que o coração não sai disparado da boca por pouco. 
Depois os 6 segundos em que se demora a receber a notícia parecem dois minutos. Normalmente há um "está tudo bem, mãe, não se preocupe, mas..." O "mas" mata-nos um bocadinho. 

Desta vez (assim como das outras, felizmente) não foi nada de grave. Mas há o "mas" e nós nunca sabemos. O coração acelera sempre, sempre. 

Conjuntivite. Ufa. Menos mal.

Também sofrem com as chamadas da escola ou sou demasiado piegas (hipótese mais que provável! Hehe) ?