4.26.2015

A minha vida mudou hoje.

Começa hoje uma nova vida. Não, não engravidei de novo. Hoje começámos a alimentar-nos bem. A partir de hoje vamos ter mais cuidado connosco.
Ontem foi dia de ir às compras e de fazer uma despensa cheia de variedade e de encher o frigorífico de fruta, iogurtes naturais (qualquer dia compro vegetais), água de coco, leite vegetal, vegetais. Chega de comida processada a toda a hora.



Vou tentar não ser demasiado obstinada, nem uma ditadora da alimentação, mas quero começar a fazer algo por nós. 

Ontem à noite a nossa ceia já foi um iogurte natural, morangos, meia banana da madeira, granola, pepitas de cacau e pólen de abelha.


Uma maravilha! Sim, não torçam o nariz, é possível fazer snacks saudáveis e muito saborosos.

Hoje o meu pequeno almoço já incluiu um macaccino, uma bebida super energética, feita com cacau em pó, maca (e não maçã) e leite de côco. Adorei!


Comprei coisas como bulgur, sementes de papoila, sementes de linhaça e de sésamo, arroz integral, aveia e até tofu. Um sem-número de coisas que eu já tinha experimentado em restaurantes vegetarianos ou no Brio, mas que nunca me tinha dado ao trabalho de fazer. Na creche da Isabel já me tinham dito que ela tinha adorado tofu e eu pensei: "tantas mães a queixarem-se da alimentação dos filhos na creche e eu tenho a sorte dela ter uma ementa fantástica e estou a falhar em casa!".

Por isso, vamos a mais um desafio na minha vida, a juntar a este, que estou a cumprir, apesar de quase não me conseguir mexer (ai, ai, ai!)



Tinha cá em casa este caderno de receitas lindo a ganhar pó e já estou a passar receitas do blogue Na Cadeira da Papa, com ideias óptimas para refeições saudáveis e bolachas que substituam as Maria, sem açúcar, sem ovos...




Sigo também o Dias com Mafalda, que tem sobremesas de babar, sem açúcar e sem glúten, refeições simples e bonitas.

O instagram da Isabel Silva, homónima da minha filha, também é visitado todos os dias, porque a Belinha, além de arrasar na pista de dança e de ter um corpaço incrível, também tem uma alimentação à séria.

Mais alguém desse lado que já esteja a tentar ser saudável?

4.25.2015

As vezes sinto que não fui feita para isto.

Não é um título enganador como outros que ponho para chamar a vossa atenção. Já há alguns dias que sinto isto à hora das refeições. Já tinhamos tido uma fase semelhante que também me custou ultrapassar, mas agora estamos noutra. Sinceramente, não tenho muita paciência para lhe dar de comer quando as coisas não estão a correr bem. Não me refiro ao facto dela não querer, isso já consegui falar com a Joana em mim e consegui atenuar ao máximo essas influências culturais de  obrigar a comer quando não quer. Ufa. Ficamos as duas muito mais felizes. 

Agora, o problema - que não é problema nenhum, devia ser só motivo de orgulho - é que ela quer começar a comer sozinha. Percebo que prefira muito mais comer com as mãos em registo BLW, mas preferia que fosse aceitando umas colheres também. E que atirasse menos comida para o chão. 

Obviamente que sou eu quem está errada, estou a dar o meu melhor para lidar bem com isto. Não quero que ela se aperceba que a mãe fica enervada sempre que ela suja o chão, sempre que atira a colher porque sei que não o faz por ser mal educada. É parte do processo, mas que custa, custa. 

Está grande a minha filha. Já quer ser ela a segurar na colher, a comer com as mãos, a tirar da taça (ou malga como se diz na terra da minha família materna). Estou desejosa que esta fase passe. 

E não percebo bem porquê porque limpar não custa assim tanto, mas fico enervada e ela acaba por não comer tão bem quanto queria. 

Grrrrr. Isto é um treino para coisas que me poderiam tirar mais do sério depois. É assim que estou a ver as coisas. 

Dizer baixinho e repetidamente: "estou a crescer com ela, estou a crescer com ela, estou a crescer com ela". 

Podem parar?!

Podem parar de perguntar como está a minha filha, se depois nem ouvem a resposta?
Podem parar de perguntar se está boa, se não querem saber?
Estão à espera que a resposta seja só e apenas "sim, obrigada" ou "sim, óptima", não é? Se disser "não", lixo-vos a vida porque vão ter de fingir que se preocupam e fazer aquelas declarações clichê: "nos primeiros anos, já se sabe", "apanham tudo", "tadinha, outra vez?", "é da maneira que ganha já os anticorpos todos".

Quem não quer saber realmente da minha filha, não tem de me perguntar por ela. E podem aproximar-se de mim, não tenham medo, que eu não vou começar a desbobinar coisas sobre ela, das quais não querem saber. Já aprendi. Não se fala dos filhos, a não ser que perguntem. Não há paciência para mães e pais babados que vivem a maternidade como a melhor experiência da vida deles, para os quais tudo é novo, que dormem muito mal e precisam de desabafar, que estão felizes e querem partilhar isso com todos. Não há paciência para pessoas felizes. 


Lição aprendida.