2.18.2015

Mamãke-over

Sim, sim. O título está infantil e muito pouco bem conseguido para quem queria dar uma de criativa e que consegue misturar as palavras mamã e make-over. Tentei (não muito, mas tentei). 

Estão boas? Hoje foi a minha vez de me armar em fina (não estou habituada a ir ao cabeleireiro e essas coisas, então parece-me sempre um dia esquisito de coisas boas) e, por causa da nossa entrevista de sexta-feira para uma revista (ler sobre isso aqui), fui por-me bonita, para quando as pessoas estiverem a comparar as duas, escolherem-me a mim como a mais linda e não a Joana Paixão Brás.  Sim. Amamo-nos, mas não deixamos de ser bitches umas para a outra. Brincadeira, brincadeira. 

Foi dia de deixar a Irene com o pai de manhã. Não é costume, já não o fazia desde que fui trabalhar em Setembro durante um mês e, confesso, que não fiquei nada nervosa. Claro que o Frederico é a melhor pessoa para tomar conta dela, mas será sempre depois de mim. Eu sou sempre a melhor hehe. 

Parece que correu tudo muito bem, apesar da miúda ter adormecido de cansaço na cadeira da papa. Tão, tão queridos. Além disso enviou-me um vídeo da miúda a dançar enquanto eu estava a ser pintada... derreti-me toda, claro! Bom!!!! Falemos do que fui fazer!! Vi umas imagens no Pinterest e, afinal (porque não percebo nada disto) o que eu queria eram uma californianas. E, para fazer coisa diferente no meu cabelo, só o Renato Luís. Não, não é patrocínio. Arrotei o preço todo na mesma, mas com muito gosto (e pensei que fosse mais caro). 

Comecei a ir ao Renato Luís (salvo seja) porque durante a gravidez queria fazer uma mudança de visual drástica. Queria ficar com aquele aspecto saudável e irritante das famosas. Então, à pita, procurei no Google qualquer coisa como "cabeleireiro dos famosos". Fui dar ao Renato Luís e ao Chill Factory em Oeiras. 

O Renato Luís (tenho de dizer sempre os dois nomes porque perguntei-lhe e é mesmo esse o nome artístico dele) faz as galas dos programas de televisão grandes (à excepção da Casa dos Segredos). Sempre que virem gente que, mesmo que tenha a cara de uma couve lombardo, tenha o cabelo impecável, foi ele. 


Como sabem, estou em casa com a Irene todos os dias e coitadinho do Renato Luís (aí estão os dois nomes), hoje teve de levar comigo, tipo melhor amiga. No final do penteado até levou um abraço que andou de lado. Falar com adultos é bom. De vez em quando. 

Aqui fica o ANTES: 




DURANTE: 


DEPOIS (sem óculos): 



Com óculos e sem casaco ou poncho ou lá o que é (porque faz toda a diferença haha):


Como as bloggers fazem e sempre quis fazer: 

Cabelo: Renato Luís
Óculos: Ray-Ban do Alegro de Alfragide 
(mereço porque andei 2 anos com uns da Ale Hop)
Camisola enorme: Zara 
Carro: Honda rasquinho (é a vida e já vou com muita sorte)

Não come, não come...

Tirando os dias em que não lhe apetecia mamar e em que fazia uma fita enorme, a Isabel sempre comeu bem. Tirando os dias de birra ou de sono, sempre gostou de papa, de sopa, de iogurtes naturais, de pão. Odiou a primeira vez em que tocou em bróculos. Às vezes cerra a boca à terceira colherada e temos de fazer um espetáculo de circo para que ela coma mais. Mas é raro, muito raro.

No outro dia não quis comer. Nem uma colher de sopa. Deixei arrefecer, nada. Fui aquecer de novo, nada. Fruta, nem vê-la. Ok, vai de leite. Nada. Achei estranho, muito estranho. Estaria apaixonada?... Durante a noite, não quis leite. Começámos a ficar apreensivos. Na manhã seguinte, nada, nem papa, que ela adora, quis. Mau Maria, tu queres ver que está a chocar alguma? Dei-lhe muita água e fiz um esforço racional para não me preocupar.

Ainda bem. À noite já quis picar comida (damos-lhe comida aos bocadinhos no tabuleiro). Bebeu três biberões de leite durante a noite. No dia seguinte já quis a sopa e o segundo. À noite, devorou árvorezinhas, que é como quem diz bróculos. Nunca mais tinha experimentado dar-lhe e correu tão bem. Comeu massinhas e frango. O chão também comeu. Depois, dei-lhe sopa a achar que não ia comer nada e comeu tudo. Ainda tive de ir buscar mais. Já não quis a fruta, tudo bem.

Resumo da história: é normal eles às vezes não terem fome. É normal não terem apetite, tal como nós. Quantas vezes não nos apetece comer? Sei que a Joana Gama não sabe o que isso é, mas é normal. 

Como é convosco? Também stressam com as faltas de apetite deles?



2.17.2015

Não me larga da mão (e ainda bem)

A Isabel só quer colo. Já adormecia sozinha com 4, 5 meses, bastava deitá-la na cama, depois da história, da maminha e dos beijinhos e ela adormecia, agarrada ao Zezé. Agora já não posso com as costas, com os braços, tenho de andar pelo menos 30 minutos em pé de um lado para o outro para ela adormecer. Se me sento no cadeirão, reclama. As sestas correm muito melhor. Estarmos as duas no cadeirão, juntinhas, é mais do que suficiente para ela adormecer.

Pus-me a pensar se estaria a habituar mal a minha filha e a pensar na "regressão" dela, a partir do momento em que teve uma otite, com sete meses. Como negar colinho à nossa filha doente? Como negar colinho ao nosso ser mais precioso, se ele nos pede? Lá vem a história das manhas, do deixar chorar e de os ensinar a dormir sozinhos. Não sei se compro.

Lembrei-me, a propósito, de numa aula de psicologia do 12º ano se falar da experiência com os macaquinhos de Harlow. Os macacos bebés tinham à disposição duas mães artificiais: uma de arame, com leite, e outra também de arame, mas forrada com tecido fofinho. Eles passavam horas a fio agarrados à mãe felpuda. O conforto e o contacto físico é tão ou mais importante que a própria alimentação. 

Não sei se me irei arrepender, quando a Isabel tiver 45 anos e ainda quiser adormecer ao colo. Mas o que é certo é que o meu instinto me diz para fazer assim: para a embalar, enchê-la de beijos e do conforto do meu peito, quentinho, onde bate um coração, cada vez maior.

* imagem weheartit.com