1.28.2015

Dúvidas na Gravidez (#02) - Coto umbilical com álcool?

Ui! Coto! O raio do coto!

Lembro-me perfeitamente da Irene ter vindo com a mola no tal coto umbilical. A mola que parecia daquelas herméticas que se compram no Ikea para fechar pacotes de bolachas ou sacos de congelação. 

O Frederico (mê marido) estava sempre doido que aquilo caísse porque dizia que a miúda ficava "horrivel assim", "parecia extraterrestre" e tinha sempre medo de a magoar. 

Nota: Aquela pele está morta. Não magoamos coisa alguma. A não ser que pressionemos a mola contra a barriga, isso deve doer. Se fizermos isso na nossa barriga com uma mola de roupa, também é normal que doa (não na minha, nem devo sentir de tão flácida que está). 

Temos é de tratar muito bem da higiene do coto por causa do pedaço de pele que está vivo e que estará na parte anterior à mola. 



Coto umbilical com álcool?

Durante muitos anos (ainda estamos num momento de viragem) a teoria foi a de limpar com algodão ou uma compressa esterilizada o coto umbilical com álcool, para evitar possíveis infecções e para queimar a pele, de maneira a que caia mais depressa. Não era um álcool qualquer, é álcool a 70% que pode ser comprado tanto nas farmácias como na secção deste tipo de coisas no hipermercado.

Agora, a teoria é outra. Diz-se que o álcool é muito agressivo e desnecessário. O ideal será lavar o coto umbilical (a parte anterior à mola) no banho (ou com as compressas, se for um banho à gato), tal como o resto do bebé, sendo o mais importante assegurar que fica muito bem seco, para não criar fungaria e coisas do género por causa da humidade. E pronto. Nada mais. Naturalmente cairá o coto umbilical.

Foi o que fiz e gostei. Com o meu irmão mais velho, fizemos com álcool e esta experiência parece-me muito mais natural e agradável. Se fosse o nosso coto umbilical com esta idade, o que preferíamos fazer? Também me parece.

É normal que nas maternidades ainda aconselhem o uso do álcool porque as actualizações do pessoal não são assim tão frequentes em relação às novas recomendações/directivas. 

Resposta aqui da campeã: Comigo correu muito bem só lavar no banho e secar muito bem. Não precisei do álcool e preferi assim. 

Conversa de mães (#03)

Então e do que falam as mães entre si? Das melhores escolas e do método Waldorf? Da importância da alimentação? Da homeopatia? Da educação positiva?

Não. Disto:
Se depois disto ainda nos quiserem continuar a seguir, gabo-vos a paciência.

1.27.2015

Quando ela for grande...

A Joana Gama lançou-me o desafio em modo de provocação aqui. Não quero que a Isabel use fofos até aos 18 anos, mas pelo menos até aos 15 vai ter de ser, temos pena... E claro, meias até ao joelho, carneiras, gola de meio metro e laçarote XXL na cabeça.
Um dos maiores desejos para a minha filha é que descubra que se recebe muito mais quando se dá.
Quero que a minha filha goste de ver chover lá fora e que queira chapinhar nas poças, com umas galochas amarelas. 
Que goste de rapar as taças com os restos de massa dos bolos até ficar com o nariz cheio de chocolate e que me ajude a fazer bolachas de gengibre. 
Que dance comigo, faça rodas e abane o bumbum ao som de músicas pirosas e que goste de cantar no carro enquanto viajamos os três. 
No fundo quero que a minha filha experimente, veja o mundo, saiba como cheira uma bugavilía e não tenha medo de apanhar uma lagartixa, mesmo que o rabo dela se separe do corpo.

Quero que a Isabel goste de se ver ao espelho e que não tenha complexos, como a mãe dela teve. 
Quero que seja decidida, mas que saiba voltar atrás e fazer de novo sempre que for preciso. 
Que não se sinta fracassada quando perde, mas que saiba erguer-se. 
Gostava que a minha filhe fosse ambiciosa e que a sua maior ambição não fosse nem ser rica nem famosa, mas sim ser uma: uma pessoa na sua individualidade, com voz crítica, criativa, diferente.

Espero que ela tenha sempre sonhos por cumprir, não para ser eternamente insatisfeita, mas para sentir que há muito mundo por descobrir e que pode ser tudo o que quiser. 
Que não seja uma totó mas que não tenha vergonha de o parecer, que saiba brincar e não se leve demasiado a sério. 
Que não perca nunca aquela gargalhada, que é o melhor som que eu já ouvi na vida.

E vocês, o que é que querem que eles sejam quando forem grandes?