12.15.2014

O meu nosso Natal

Lembro-me do Natal em que os meus primos e o meu irmão se fecharam numa sala da minha avó para lutar wrestling, de ir lá dizer que aquilo era parvo porque era tudo ensaiado e de ser corrida praticamente ao pontapé. Fiquei confinada à mesa dos adultos. E o que eu gostava de os ouvir discutir sobre tudo e mais alguma coisa!

Lembro-me do Natal em que dancei com o meu tio Jorge, em que nos rimos muito e fomos felizes, a comer castanhas à lareira, a encher a barriga de bacalhau com magusto e arroz doce da avó Rosel e bolo de bolacha.

Lembro-me do Natal em que fomos para a Serra de Montejunto e ficámos todos numa casinha pequena. O meu pai estava de serviço e assim pudemos estar perto dele. Jogámos Pictionary e eu quis ficar na equipa da minha avó Rosel, a pessoa com mais cultura geral da família. Ganhámos, claro.

Lembro-me do Natal em que recebi uma casa da Barbie, que eu desejei o ano inteiro, toda em tons de cor-de-rosa, com quarto, sala, jardim, uma maravilha! Devia ter uns 9 anos.

Lembro-me do Natal em que recebi uma caixa de After Eight (de dois pisos!) e que dei cabo de 1/3 só nessa noite.

Lembro-me do Natal em que ficámos todos a ver a série Fonseca do Gato Fedorento em DVD, sem conseguir parar de rir.

Lembro-me dos Natais em que íamos, religiosamente, ao cinema no dia 25 à tarde.

Lembro-me de tirar a mesma fotografia todos os anos, ao lado dos meus primos Jorge e Pedro e do meu irmão Frederico, quase sempre a fazer caretas.

Tenho memórias que não se esgotam. O Natal é para mim, a par das férias grandes, a melhor altura do ano. Porque é de memórias da família e da comidinha da avó e da mãe que o meu coração se enche.
Não me lembro de abrir 30 presentes desenfreadamente, sem olhar bem para as caixas. Lembro-me de abrir alguns e devagarinho, para saborear. Lembro-me de os coleccionar depois no quarto, arrumadinhos ao lado uns dos outros, para voltar a ser surpreendida de manhã, quando acordasse. 
Espero passar este espírito à Isabel. De ver muito no pouco (e o meu pouco era muito, em comparação com outras crianças). De reter o que é realmente importante. De perceber o quão importante é ter uma família. E este ano a família tem-na a ela, da forma mais mágica possível.

E para completar esta lamechice que me fez chorar, cá estão as fotos lindas que o David (pai da criança) tirou no fim-de-semana ao meu anjinho:

Luzinhas de estrelas A Loja do Gato Preto (ano passado)
Asas de anjo Mascarilha
Casinha de luzes (é um calendário do advento) Zara Home
Carrossel Tiger
Isabel vestida pela mãezinha dela, que o pai vestiria um fato de treino (cof cof):
Collants com sapatos desenhados da H&M (não são lindos?)
Body de Gola Isabella Babywear (baratinho e tão giro)
Fofo Cosythings (dos saldos anteriores)
Bolero da Cóndor (é para 3 meses e ainda lhe serve, assim é que eu gosto!)

Sesta ou brinquedos?

Por que é que, na minha cabeça, ela tem de ser obrigada a dormir?

Estou a tentar que ela durma desde as 9:40...

No outro dia, um amigo de família perguntou se estava tudo bem e eu disse:

"Sim, mas a miúda não quer dormir!"

Ele, pai de 3 filhos, respondeu :"não quer dormir, não dorme!".

Dá que pensar...

(se ela não ficar a chorar a manhã inteira no parque...)

Os acrobatas do sono

Se eu gostava que o meu bebé ficasse a dormir como o deixei, virado com a cabeça para a cabeceira e tapadinho? Gostava (principalmente para não apanhar frio). Mas não era a mesma coisa.

Com 11 dias, na incubadora. Já prometia...

Isabel (6 semanas) e Lucas (10 semanas)
No sofá da Joana Gama (3 meses)

Na casa dos avós na Madeira (4 meses)
Na cama dele (6 meses)
Na cama dele (8 meses)
Na cama dele (8 meses e meio)
Na cama dele (9 meses e meio)