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2.28.2021

Nem acredito que já vão ter um cartão de débito!


Prestes a fazerem 7 anos, as miúdas vão ter o primeiro cartão de débito. Mas já lá vamos.

A Irene ainda não entende muito bem o conceito de dinheiro. Que não é por se ir mais vezes ao Multibanco que nasce mais dinheiro na conta da mãe. E também, o que me tem dado algum jeito, ainda não percebeu (também não lhe expliquei) que as notas valem mais do que as moedas (ahah). 

Está na altura do próximo passo. A Irene tem de aprender a lidar com dinheiro, apesar de não estar preocupada. Ela é daquelas crianças que guarda os doces durante imenso tempo para não os gastar, tenho fé que isso também aconteça com as poupanças. 

Sei que a tenho ajudado o máximo possível a gerir a frustração de não podermos gastar dinheiro à toa e a derradeira prova é, obviamente, ir ao supermercado. Antes de entrarmos, deixo a regra clara: "Irene, só vamos comprar uma coisa" ou "Irene, hoje não vamos comprar nada além do necessário". Depois, ao percorrermos os corredores, a Irene vai pedindo e tentando ver o que pinga, mas nunca além do que já tínhamos acordado inicialmente. Numa das vezes, disse-me "Mãe, vou ter que ir respirar fundo para o outro corredor, porque me sinto muito frustrada e se ficar aqui vou dizer coisas más das quais me vou arrepender". Fiquei... empática com ela, claro que não é fácil para ninguém - quanto mais para uma menina de quase 7 anos, ainda assim fiquei toda vaidosa e percebi que, para a ajudar, tenho de lhe ensinar melhor o valor do dinheiro e usá-lo como incentivo à sua crescente independência. Só para que tenham uma ideia, sempre que fazemos posts em que comunicamos produto, parte do dinheiro vai para a conta poupança da Irene. É o mínimo. E acho justo (e ela também) :)





Já não me lembro ao certo da primeira vez em que falei de dinheiro com a Isabel, mas lembro-me perfeitamente de me dizer que ia escolher uma profissão em que ganhasse muito dinheiro para dar a quem não tinha. Agora já faz contas, já percebe mais ou menos o conceito de poupança e já tem vontade de gerir o dinheiro que vai recebendo dos avós. Na semana passada, foi comprar uma planta com o seu mealheiro, mas preferiu não comprar um gelado para, no Dia do Pai, lhe dar um presente. E, no outro dia, expliquei-lhe que plafond teríamos para comprar material escolar e estivemos as duas num site a comparar preços e a decidir que coisas ficariam para o mês que vem e quais poderíamos comprar agora. 

Acho super importante irem ganhando estas noções básicas de gestão de dinheiro, para poderem fazer as melhores escolhas pela vida fora. Agora, quando fizer 7 anos (Meu Deus! como assim, 7 anos?), vou passar a gerir com ela a conta do seu Revolut Junior


Eu já tinha conta Revolut desde que comecei a viajar mais para o estrangeiro, mas agora uso para milhentas coisas e estendi o plano à primogénita. Primeiro, porque na app conseguimos definir orçamentos para compras especiais, o que pode ser uma motivação extra para poupar. Depois, porque posso ter acesso e controlo sobre a conta dela e receber alertas dos movimentos (e bloqueá-lo e desbloqueá-lo quando quiser ou definir um limite de gastos). A Isabel não tem telemóvel, nem vai ter nos tempos mais próximos, mas pode usar o cartão e ver o saldo e os movimentos no meu smartphone. A aplicação é toda colorida e desenhada para eles aprenderem e andarem todos motivados nas suas poupanças. Uma das coisas de que mais gostei na app (se tiverem plano pago) é que conseguem definir o objetivo “prenda do pai” ou “ténis do Benfica” (buuuu, eu sei, mas ela é fanática) e ela vai vendo quanto já amealhou para cada uma das coisas dos presentes que recebe dos avós ou da mesada. Vejam aqui todos os tipos de tarifário, além do gratuito.


Quero acreditar que aprender desde cedo a poupar e a gerir o seu dinheiro a vai ajudar tornar-se uma adulta financeiramente consciente. Explorem AQUI o site.

E vocês? Como abordam este tema com os vossos filhos? Já pensaram quando vão dar este passo?




*post escrito em parceria com a marca


8.24.2017

Maternidade Low-Cost.

Coisas que, três anos depois, não teria comprado e teria poupado imenso dinheiro: 

- Brinquedos de plástico

São datados, são irritantes e não ficam bem em lado algum. Prefiro comprar ou instrumentos musicais (tem muitos) ou brinquedos de madeira de maior duração e cuja utilidade vai mudando consoante o desenvolvimento dela. 

- Peluches

Para quê tantos? A maior parte não fui eu a comprar, mas já reparei que eles escolhem um ou dois e os outros são só "malta". 



- Pratos infantis

Que parvoíce, como é que caímos nesta? Who cares o tipo de prato? Além de que eles, ao comerem nos nossos pratos até ganham uma noção de consciência e responsabilidade diferente (claro que não lhes daríamos os pratos tão cedo para as mãos, só quando estivessem preparados).

- Milhares de copos de plástico assim e assado. 

A bebés que bebem de um copo, sem mariquices. Será que não dá para passar de um para o outro ou usando as palhinhas, simplesmente? Desconfio que um próximo não terá acesso a 88 maneiras de beber água por garrafas diferentes. 



- 48 talheres

Sejamos honestos, pomos a loiça a lavar ou lavamos a loiça com alguma frequência. Não precisamos de ter talhares como se deixassemos de ter água em casa durante semanas. 

- Esterilizador de biberões

No meu caso praticamente não usei biberões, mas também reparei que a fase de esterilização passa rápido e que não é necessário um mono lá em casa. 

- Demasiada roupa

Fazendo as contas à quantidade de vezes por semana que se lava e passa roupa, só precisamos de x número de conjuntos que, se alternarmos, darão um dobro. A Irene tem roupa demais para cada estação, mas vai deixar de ter, muahah. 

- Chuchas

Apesar da Irene não ter usado chuchas, chegou a uma altura que tenha 342. E, que saiba, eles têm uma ou duas que gostam (se não tiverem tantas alternativas devem conformar-se mais facilmente, digo) 



- Muitos sapatos

Apostar nos neutros e para estilos variados! A Irene precisa de um par de ténis, umas botas, uns sapatos mais betos, umas sandálias e uns chinelos. Porque é que parece ter tantos sapatos como eu (mesmo sabendo que o pé dela cresce e vai tudo a abrir não tarda!). 

- Berço

Nunca teria comprado o berço, teria passado imediatamente para o colchão no chão no quarto dela. Sem berços para não me enervar. É uma mini-jaula tanto para nós como para eles. E quando temos que os por no berço depois de duas horas a embalar? Não havendo berço.... mais fácil ;)

- Trocador

Se se planear bema  mobília, qualquer cómoda poderá fazer de trocador com algo fofinho para por o bebé por cima. Simples. 



- Mala do bebé

Compramos uma mala maravilhosa para arrumar tudo em todo o lado mas, na verdade, qualquer mochila serviria para o mesmo. Criativamente até poderíamos ter criado compartimentos com saquinhos, caixas o que for. 

- Cadeira de alimentação XPTO

Que parvoíce. Nem vos digo quanto custou a nossa cadeira de alimentação, quando as do Ikea servem perfeitamente... e custam 1/1000000 dos euros além de lhes termos menos amor e deles poderem brincar à vontade com menos avisos. 

- Livros de Puericultura

Andei a ler porcarias imenso tempo e a comprar demasiados livros muito cocós até chegar aos melhores. Podia ter tido uma mãe amiga que me soubesse guiar, mas não tive. Tempo e dinheiro perdido. 



a Mãe é que sabe Instagram


7.05.2017

Não tenho dinheiro.

O dinheiro não estica, é verdade. A vida não está fácil, também é verdade, mas dei por mim a aperceber-me que gastava muito do meu dinheiro em "trampa". Aqueles momentos em que achamos que tudo na loja do Tigre (coff.. coff..) é muito barato e acabamos por comprar um piaçaba, um tampão com motivos infantis e meio candeeiro de plástico a 50 euros.

Reparo que assento muito da minha vontade de me sentir bem em comprar "coisinhas". Seja mandar vir umas camisolas da Zara sem precisar ou de comprar uma vela na Zara Home (calma, não estão a pagar o post - mas deviam) ou comprar uma agenda nova de 50 euros (aconteceu). 

Isto sou eu. Provavelmente a esconder um buço por fazer porque "não tenho dinheiro". 


Em vez disso, estou a privar-me de, talvez: 

- ter poupanças - seria interessante poder ter um "pé de meia" para não me arrepiar sempre que me lembro que é mês de pagar o condomínio 

- ter menos merd* cá por casa - a quantidade de porcaria que tenho por aqui, brinquedos perfeitamente desnecessários para a Irene e mini porcarias sem utilidade. Não quero nada um corta ovos, que parvoíce! Corto o ovo com uma faca, para quê tanta mariquice?

- viajar nas férias - poder pegar em mim e na Irene (e, se calhar na Susana) e irmos a Londres, Paris, Espanha... Fazer coisas "em grande" que me preencham mais do que apenas comprar e "enfiar na gaveta" (sei que esta expressão também tem algo que ver com cuecas e rabo, mas decidi manter). 

- comprar cortinados - ando sempre a dizer que não tenho dinheiro, que é caro e, se calhar, com tanta trampa, já tinha os cortinados e até uma pessoa para mos abrir e fechar quando fosse preciso. 

- ir à manicure e pedicure e não sei quê - "não tenho dinheiro para isto", se calhar até tenho! Ando é a gastar em coisas que me façam sentir menos bem tipo um pedacinho de relva artificial dentro de um vaso de plástico que está aqui a enfeitar-me a secretária e que os meus gatos adoram roçar o esfíncter nela - já valeu a pena por eles. 

Sei que não vou conseguir abdicar de tudo, mas vou "deixar-me de merdas" e tentar aproveitar o que já cá há em casa. Se me organizar melhor no armário, provavelmente até tenho mais roupa para usar em vez de andar a comprar mais "básicos" a 3 euros por serem baratos. 

Vá. 

#adeixarmedemerdas

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