Era expectável. Tenho conhecidas cujos filhos não se batem, mas cá em casa acontece, de forma bastante regular até, mesmo elas não tendo como imitar esse comportamento dos pais (não lhes batemos).
Na altura fez-me bem ler este texto do blogue Parentalidade com Apego para perceber até as razões fisiológicas para o ato de bater. Adorei a questão da "tampa" no cérebro, o modelo cérebro-mão e de relembrar (como eu adorava as aulas de psicologia do 12º ano!) o córtex e o sistema límbico. A questão do desenvolvimento dos sentimentos mistos é super, super interessante.
"Só a partir dos cinco anos de idade é que córtex cerebral começa a desenvolver-se o suficiente para que a criança comece a ser capaz de sentir estas duas coisas opostas e aparentemente contraditórias ao mesmo tempo: detesto-te neste momento mas sei que gosto muito de ti e não te quero magoar. Então tudo que precisamos de fazer é dar-lhes tempo para chegarem até aqui", pode ler-se.
Portanto, as duas pegam-se - principalmente em momentos em que têm de partilhar - e eu tento explicar-lhes que não se faz e que as mãos são boas para desenhar, para fazer festinhas, para bater palmas, etc, etc. É fácil? Nada fácil. Mas faz parte. O importante é não reagir por impulso e dar uma lamparina a cada uma. Às vezes apetece? Apetece, não vou negar! Só que é uma forma preguiçosa de responder e eu acredito na disciplina positiva! Ensinar que não se bate a bater? Ensinar que o mais forte pode bater no mais fraco? Não, zero sentido, não posso concordar.
O que fazer? Esperar que ambas superem esta fase, com respeito por elas.
A seguir a este episódio deram festinhas uma à outra e andaram de carro de mãos dadas. Beijam-se e batem uma na outra? São irmãs.
Saias, camisola e body de golinha - Catavento
Colcha - Snug me