Como algumas de vocês poderão saber... o pai da Irene e eu divorciamo-nos. As coisas correram da forma mais tranquila possível e ambos ficamos muito mais felizes com esta decisão. Sendo que aqui não é "ambos os dois", mas "ambos os três".
Podem ler aqui tudo o que já escrevi sobre o divórcio no blog.
No outro dia, dois anos depois (acho que sim), a Irene perguntou ao pai quando a veio buscar cá a casa por que não punha o carro na garagem e voltou-se a explicar.
E cada vez mais quer ver a família junta e propõe isso mesmo. Hoje, quando a deixei de manhã, implorou para que a fosse buscar e que os avós também e que fossemos todos jantar.
Damo-nos todos muito bem. Neste caso, a "família" eram os avós maternos, eu e quem está comigo e também o pai.
Porém, o pai acha que devemos só estar em conjunto (com ele incluído) nos momentos especiais, para não transmitir a mensagem "errada". Claro que sabendo que o pai não está confortável com a situação (por não achar adequado), não vou insistir e não se fala disso, mas... na minha opinião, não concordo.
Acho que ela sabe que o pai e a mãe não estão juntos, que não são namorados (é o que lhe dizemos "o pai e a mãe são muito amigos, mas não são namorados") e o irmos jantar ou almoçar juntos, sendo que até eu irei acompanhada, ela perceberá o lugar de cada um e que todos juntos funcionamos como uma família.
Mas claro que é delicado e há que respeitar. São formas diferentes de ver e de fazer as coisas.
Nunca pensei que, divorciando-me um dia (que nem nunca pensei ser mãe, nem casar) que seria destes ex-casais que não se importaria de aparecer em conjunto nestas situações. Sempre achei que era confuso e desnecessário. Não sinto isso agora. Acho que estou em paz e quero que a Irene sinta que tudo se junta em torno dela, naturalmente.
Conhecem situações semelhantes? Como fazem vocês?
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ResponderEliminarSou apenas uma bitaiteira mas compreendo a posicao do seu ex-marido. Acima de tudo porque os miudos ficam sempre com esperanca que os pais voltem a ficar juntos pelo que muitos momentos juntos pode dar essa falsa esperanca
ResponderEliminarConcordo com o pai da Irene. Eles vão sempre, sempre ter o desejo, mesmo que não manifesto, de voltar a ter os pais juntos. Ainda bem que a relação entre vocês, pais, é boa (como no meu caso), mas este é mesmo um tema sensível em que não podemos deixar margem para dúvidas. Além de que pode não ser muito confortável para as outras pessoas, as novas relações.
ResponderEliminarNão conheço situações assim. Mas sempre pensei que algum dia as coisas não corressem bem e decidíssemos nos separar, que era importante continuar se fosse a vontade da criança a fazer coisas a três. Os natais, continuar a unir as duas famílias, e mesmo algumas saídas que lhe marcassem na memória, mesmo que essas saídas fossem a 5 a mãe o pai, padrasto e a madrasta e ela. Mas dizem que eu vivo um mundo cor de rosa.
ResponderEliminarOlá Joana. Eu vou dar a minha opinião enquanto a "boadrasta" :) Adoro a filha do meu namorado e sei que ela me adora também, apesar de ter 3 anos sempre que faz um call com o pai pede para me chamar e quer dizer Olá. É uma situação que não me deixa muito confortável porque de facto a mãe está do outro lado também e já percebi que não a deixa confortável também. Por isso, imaginar almoçar todos em conjunto não me soa nada bem. Não somos amigas e não vamos ser, por isso acho uma situação um bocado desconfortável. Não sei como se sente o seu novo namorado, mas no meu caso agradeço esse hipótese nunca ter sequer estado em cima da mesa :) Beijos, Cat
ResponderEliminarVocês são muito amigos? Pelo que dás a entender não!
ResponderEliminarNão lhe mintas, explica-lhe que são os pais dela e que se dão bem por ela, mas só isso...
Enquanto filha de pais divorciados sempre gostei de ter as coisas bem separadas: pais juntos em datas especiais, mais do que isso não - mas também nunca tive essa vontade que a Irene está a demonstrar agora.
Não tenho conhecimentos para afirmar isto, mas acho que essa aproximação pode estar a criar ilusões e expectativas à Irene, não te esqueças que ela é apenas uma criança, com toda a inocência que deve ter!
Bem, opiniões e experiências à parte, não lhe mintas!
Compreendo ambos os 3! :)
ResponderEliminarSendo a Irene tão pequenina julgo (lá está, é a MINHA opinião) que é preferível não haver essas "misturas" de famílias. Um dia, quando tudo estiver (MUITO BEM) arrumado pela Irene, poderão acontecer. Adivinho que nessa altura ela já não achará importante, nem quererá por não lhe fazer sentido (ou fazer, nunca se sabe). Todos os miúdos, principalmente os mais pequeninos acalentam a hipótese dos pais voltarem a estar juntos, daí eu achar que só muitos anos mais tarde o devam fazer. Eu fui só agora confrontada com isso, num jantar de aniversário, mas o meu filho tem 16 anos. E ainda assim, eu ficaria muito mais feliz se fosse só quando ele casasse, ou quando houvesse netos...no entanto ele pediu e acabei por aceitar, mas porque ele já é mais crescido.
Bjs
Olá Joana, por aqui também já divorciada e com filhos e com um novo relacionamento. Também me dou muito bem com o meu ex e pai dos meus filhos, e ao inicio do pós-divórcio faziamos o que dizes das misturas (íamos eu, ele e os miudos jantar fora por exemplo). No entanto ao fim de um tempo começámos a ver q criava ilusoes nos miudos, eles perguntavam quando é q o pai voltaria a viver la em casa. etc, passámos entao a achar melhor para eles criarmos uma separaçao de espaços , ou estão com o pai, ou estao com a mãe, entretanto como eu iniciei um novo relacionamento isso ainda se acentou mais. No entanto no aniversario dos meus filhos estamos os dois (pai e mãe), bem como em alguns eventos desportivos deles. Mas não tenhas ilusões que os miudos fantasiam muito com os pais voltarem a estar juntos, por isso acho importante manter as coisas bem claras. Um dos meus filhos tem 10 anos, pais divorciados desde os 3, e com 10 anos um belo dia (sem nunca ter falado disso antes) perguntou se o pai nao podia voltar a viver la em casa.. Portanto na minha opiniao acho que por agora voces devem se manter separados ou seja a Irene estar so com o pai e so com a mae, e so estar com os 2 em ocasioes raras e especiais como o aniversario.
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