5.11.2015

A culpa foi do hospital.

E acredito mesmo nisso. Tudo bem que não sou médica nem enfermeira (se houver profissionais da saúde por aí, por favor, elucidem-me com factos e com bons argumentos, até porque gostava muito de acreditar que não se cometem crimes deste género em Portugal, que eu é que estou a ser estúpida). 

Gostava muito que tentassem ler o meu texto ignorando o facto de ser uma daquelas "fundamentalistas da amamentação", como as outras mamãs nos rotulam. Não tenho problemas com esse rótulo. 

Adiante. 



O meu parto foi complicado, blá blá, suspeitou-se que eu tivesse apanhado uma infecção e a Irene também e, então, a Irene teve de passar a segunda noite sem mim no hospital. Acho que isso quer dizer ficar numa sala ali ao lado. Tiveram de lhe controlar a febre, acho eu, fazer análises várias vezes e, por isso, ficou longe de mim. 

Quando voltou, veio uma enfermeira com ela ao colo e com uma garrafa de leite artificial a dizer: "Já viu? Ela bebe sozinha!" - parecia que a miúda estava a agarrar a garrafa sozinha.  

Confesso que, na altura, não era tão informada como agora e tinha as minhas mamas em sangue porque a enfermeira que a pôs a mamar em mim depois do parto, infelizmente não ajudou a Irene a fazer uma boa pega e, não tendo eu sensibilidade por estar toda drogada, ela esteve uma hora a mamar ao lado do mamilo, mas na aureola. Vi a Irene a beber o biberão, não gostei, mas pensei: "é só enquanto as minhas mamas estão assim, já volto a tentar". 

E tentei. Tentei durante o dia inteiro. Queria muito dar de mamar. Muito. Apesar dos meus mamilos, na altura, não parecerem grande espingarda para isso. Não queria desistir. Sempre que ela chorava, convenciam-me (os profissionais) de que era fome e lá lhe espetávamos mais um mini-biberão já preparado de leite artificial. 

Continuei a tentar. As enfermeiras também tentavam ajudar-me, mas "sempre de passagem". Nunca ninguém ficou ali comigo, a tentar perceber por que é que eu estava a chorar, por que é que eu estava a sentir-me falhada, a melhorar a pega...  Uma delas até pôs "um doce" (uns dias depois vim a perceber que podia ser Aero-Om - bitch please... tinha um dia de vida!) no meu mamilo para ver se a Irene agarrava melhor.

Saí do hospital muito triste com isto da mama. Só tinha colostro e fizeram-me crer que o que eu tinha para a minha bebé não era suficiente, que já me devia ter descido o leite. Tinham passado dois dias. Do que li, além dos bebés não precisarem mais do que o colostro nos primeiros dias, também não têm estômago para muito mais. E dar mais, faz-lhes mal. Alarga-lhes o estômago, entre muitas outras coisas. 

Viemos, com a simpatia das enfermeiras, apetrechados de umas 4 garrafinhas ou 5 daquelas do hospital (ainda me lembro da marca, claro, espertos os tipos da Nestlé) e depois comprámos uma lata na farmácia. 

A Irene andou a leite artificial durante os primeiros dias de vida. 

Não morreu, não. Mas ficou alérgica à proteína do leite de vaca. 

Está mais do que provado que um contacto tão precoce com leite artificial pode provocar esta reacção do organismo. O hospital onde tive a Irene não era "amigo do bebé", não tinha os devidos apoios para a amamentação (deviam ser todos os hospitais "amigos do bebé ou não"?) e, então, lá distribuíam aquelas garrafinhas de leite que, na altura, pareciam mágicas. 

Assim que me desceu o leite, passei a amamentar a Irene em exclusivo até aos 6 meses. Custou-me muito. Um dia falo sobre isso. Tivemos de ultrapassar, em família, muitos desafios e com muita perseverança. Muita mesmo. Conseguimos e é a minha coisa preferida de sempre, dar maminha.

Aos 6 meses, eu ia trabalhar e as papas que fazíamos com o meu leite ficavam demasiado líquidas para o meu marido (que ia ficar com ela) lhe dar. Ficava enervado e eu não queria que o momento deles fosse assim, não iria ficar descansada. Pensei: "também, se for uma papa com leite artificial, não há de morrer por causa disso". 

Passado uma semana ou duas, teve uma reacção enorme de alergia ao leite artificial da papa, vieram cá, de ambulância, observá-la e tivemos de ir para o hospital para ela apanhar uma injecção de adrenalina. 

Desde aí, só leite da mamã e muito cuidado para não comer nada com leite. Nada. Nem as bolachas Maria da Isabel da Joana Paixão Bras, o que me ia escapando. Ainda para mais, quantas mais vezes se contacta com o que provoca a alergia, pior o ataque. 

Tive também de deixar de consumir tudo que fosse de leite ou contivesse leite e derivados. Sabendo que não lhe iria fazer bem, não tive outra hipótese.



Para confirmar que era alérgica à proteína do leite de vaca (APLV), tivemos de fazer análises ao sangue da Irene. Foi a pior coisa da nossa vida. Tiveram de picá-la mais de 15 vezes em cada braço. Não conseguiam encontrar uma veia com sangue suficiente e, assim, o sangue também coagulava mais rápido. Chorei. Chorei. Chorámos. Chorou. Parou de chorar como medida de protecção do cérebro por causa do nível de stress (cortisol). E foi aí que os mandei à merda: "não mexem mais, não quero saber". Já tinham o suficiente para a análise à alergia, era o que interessava (escrevi sobre isso aqui). 

Uma alergologista, colega da nossa pediatra, disse que não podíamos averiguar se ela ainda é APLV ou não, dando-lhe leite sem antes fazer análises ao sangue. Fora de questão. Fora de questão.

Fomos pedir uma segunda opinião e hoje fomos fazer testes de alergia cutâneos (aqueles das mini picadinhas com gotas) e... que descanso. Se foi o melhor dia das nossas vidas? Não. Muito demorado. Estivemos no hospital desde as 9h30 até ao 12h30 sempre a dar gotinhas de leite para ver como reagia. 


(sim, era para mostrar a tatuagem :))




E, pelos vistos, agora está boa!

Temos de ir introduzindo as coisas com cuidado e vamos começar com iogurtes (ainda tenho de investigar se são uma mais valia ou não). 

Isto tudo seria desnecessário se o hospital não cometesse este género de crimes. Sabiam que, no Brasil, dar leite artificial aos bebés no hospital é crime? Foi o que me disse uma obstetra. Se houver aí gente do Brasil que me ajude a esclarecer melhor isto.

Fica o aviso para as mamãs to be. Escolham hospitais "amigos dos bebés" ou informem-se o máximo que puderem sobre amamentação antes ou orientem já uma estratégia de apoio caso seja necessário. 

Há ajuda na Linha SOS Amamentação e em vários grupos no Facebook sobre amamentação. Procurem por Conselheiras de Amamentação (CAM). 

Não quero que passem o mesmo com os vossos bebés que eu passei. Podia ter sido pior? Podia. Podia nem sequer ter sido? Epá, podia. 

A culpa também foi minha que devia ter-me informado, mas continuo a achar que isto não deveria acontecer em lado algum, muito menos num hospital. 

Pelo menos que me informassem dos riscos, tal como fazem quando há operações ou recomendam medicamentos esquisitos. 

É isto. 

29 comentários:

  1. Acho gravíssimo darem leite artificial sem antes a mãe ser consultada. Tenho muita pena que numa altura tão fulcral e frágil tenha sido precisamente a ajuda hospitalar a falhar. No meu caso, que tive no hospital HGO, fazem de tudo para que a amamentação seja bem conseguida. Se consegui foi por ter saído de lá com essa confiança. Um beijinho

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  2. Para bem a tua sanidade mental achei que tinha mesmo que responder :)

    Sou enfermeira (não sei tudo sobre o mundo dos bebés mas acho que consigo elucidar umas coisas)

    Em princípio levaram-na para a neonatologia, é para onde os bebés costumam ir quando tem problemas/complicações que não se conseguem resolver tão bem na obstetrícia.
    Costumam dar leite artificial única e exclusivamente quando a mãe não tem leite (deveriam ter pedido para tirar leite para dar à Irene).
    A enfermeira que a deixou a mamar deveria lá ter ficado para garantir que estava tudo a correr bem. Era o que eu fazia, se fosse preciso ficava meia hora com as mães só para garantir que corria tudo bem e ficavam descansadas. Porque as mães acham sempre que o problema é delas, que é o leite que é fraco, que não gostam das mamas. Nada disso, é tudo perfeito! Na verdade os miúdos são uns patetas e não querem procurar o mamilo. Por isso é que mesmo que se dê leite artificial nunca deve ser num biberão, porque se eles não davam com o mamilo antes, depois de terem uma tetina toda fácil de agarrar não vão querer procurar a mama...
    Os primeiros tempos não são fáceis e todas as mães deveriam ter uma enfermeira que as apoiasse, mas nem todas têm esse tempo, infelizmente, e outras não querem ter o trabalho...
    Os bebés não comem mais que a fome que têm. Se não houver mamada/extracção de leite para estimular a mama é verdade que vai produzindo menos leite e aí pode ser dado um suplemento só para complementar. Mas nunca deve ser a primeira hipótese e nunca se deve desistir de uma mamada enquanto o bebé não fizer uma pega em condições! Ou até ficar visivelmente irritado, porque apesar de eles serem patetas para procurar e abrir a boca também não os queremos irritados :)

    Se o leite artificial cria intolerância, isso já não sei... mas à Irene claramente não fez bem :/

    Espero ter elucidado em algumas coisas :)
    E se não, perguntem à vontade que posso tentar ajudar!

    Para as mamãs a amamentar lembrem-se que são fantásticas! E que os vossos/as meninos/as é que são patetas preguiçosos! :D

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  3. Quando parimos estamos completamente vulneráveis e nos hospitais fazem tudo o que querem sem nos darem cavaco de nada.. Eu sei que para os profissionais é só mais um parto, mas bolas! Estamos ali com o coração nas mãos, a querer garantir que os nossos filhos nascem bem e saudáveis, custa assim tanto não nos tratarem como meras incubadoras??? Além de amigos dos bebês os hospitais deveriam ser amigos da mães!!! Numa próxima acho que vou mesmo arranjar uma doula!

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  4. Como te entendo! A minha filha também teve que ficar separada de mim por risco de infecção, e o médico prescreveu leite artificial. Eu tive que "lutar contra" os profissionais do hospital de modo a poder dar-lhe do meu leite (de noite e de dia), e mesmo assim às vezes chegava lá à hora marcada para amamentar e já estavam a dar biberão (e nessa altura a bebé não reclamava com fome, pelo menos num período tão curto). Esse hospital supostamente está a tentar ter a certificação de "hospital amigo dos bebés", tal como informaram exaustivamente nas aulas de preparação para o parto. Depois percebi que isso era treta. Chamaram-me fundamentalista e também disseram que o colostro não era suficiente (isso depois do parto, claro, porque antes a informação foi bem diferente).
    E que bom que a Irene já está bem!!
    Beijinhos
    Patrícia Oliveira

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  5. Ana Barbosa9:51 da tarde

    Eu tive a minha bebé na Maternidade Alfredo da Costa e tenho a dizer o melhor possível de todas as enfermeiras com que lidei no serviço de obstetrícia! São absolutamente fantásticas! Dedicadas, atenciosas, pacientes... Ajudaram-me imenso e só lhes tenho a agradecer!

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  6. Olá Joana!

    Eu não sou nenhuma expert, mas sou mãe de uma bebé de 10 meses nascida em Londres.
    Aqui, se o bebé não consegue, por alguma razão, pegar na maminha da mãe, elas tiram o leite com a bomba e alimentam (ou nós alimentamos) o bebé.
    Só depois de várias tentativas e depois de te ajudarem ao máximo é que passam para a fórmula, ou leita artificial, como lhe chamaste.
    Eu tive a sorte de a minha bebé pegar logo, aliás, uma grande sorte. Porque puseram a cria em cima de mim, depois de uma cesariana e de mil complicações das quais nem vale a pena falar, e pumbas: desenrasca-te porque agora ela é tua!
    Anyway, passamos 7 dias no hospital, portanto tive imenso tempo para ver as outras mães (imensas) passarem pelo processo da amamentação. Sim, acho que podiam ter tentado tirar-te o leite e tentar 30 mil vezes dar o teu leite à Irene antes de passarem para a fórmula.

    Outra coisa, mas isto parte da preferência em nutrição de cada pessoa: sou completamente contra o leite de vaca!
    Em primeiro lugar porque me faz mal e passo o dia inteirinho na casa de banho, depois porque está cheio de hormonas e coisas que o corpo humano não necessita.
    A Amélia come bolachas que têm leite, mas não come iogurtes ou papas feitas com leite de vaca. Ela bebe fórmula e todas as papás são feitas com isso, mas tencionamos não adicionar o leite de vaca no futuro. Nós também não o bebemos, além disso há variadíssimas formas de os bebés terem o cálcio e nutrientes necessários que, supostamente, o leite de vaca lhes dá. (vegetais, por exemplo)

    Fico contente que a Irene esteja melhor e que tenham, finalmente, ultrapassado essa fase :)


    Beijinhos,
    Daniella

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    1. O leite não tem hormonas, é proibidissimo na Europa! O leite é controladissimo na Europa, o produto da prateleira do supermercado que mais controlo do mercado.
      Só 40% da população tem a enzima lactase, daí tanta gente se sentir mal com o leite.
      Mas o argumento das hormonas é falso!! Pelo menos na Europa, as regras nos outros continentes são diferentes.
      Inês Siborro

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  7. Do Garcia de Orta em Almada, só tenho coisas boas a dizer. Ajudaram muito, tb amamentei em exclusivo ate aos 6m e ainda dou mama (tem quase 20m). Mas sou sincera, antes de parir dizia q n ia amamentar (cabeça de parva c 21 anos :p) mas assim q ela nasceu , achei q era a coisa natural a fazer, e tenho continuado. Tenho tentado fazer um desmame pseudo natural, espero parar até aos 24 apenas por cansaço, muuuito, porque adoro dar-lhe maminhas e ver o quao satisfeita fica... Hoje perguntaram-me, qd ela estava a mamar "ainda tiras daí alguma coisa???" . Apertei o mamilo e saiu um enorme esguicho e pronto, acho q ja n me chateiam mais c perguntas parvas lol. Força! Boobies for the win!!!

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    1. Vê este video joana, vais adorar https://m.youtube.com/watch?v=SZ3QO-7h4YA . Acho que nós podíamos ser bffs de tao parecidas q somos nisto da maternidade x'D revejo-me em TODOS os teus posts, tal e qual. Obrigada por me fazeres sentir q nao estou sozinha!!!

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  8. Não sei se terá alguma ligação.

    Eu fiz cesariana, só tive o meu filho por uns segundos nos braços, fui para o recobro não sei precisar o tempo que estive mas pelo menos 2 horas estive, sempre a olharem para o raio do oxigénio que diziam que estava baixo e eu a respirar bem, depois enfiaram o oxigénio até chegar ao que eles queriam, a porcaria das pernas continuavam adormecidas, comecei a mexer uma a outra nada e eu a pensar já me foderam :D lá fui embora finalmente ter uma conversa séria pela 1ª vez com o meu filho :D ele bebeu 1º leite artificial pelo copo e foi o pai (que raiva devia ser a mãe isto é só inveja ihihihi) depois lá pegou a mamar mas eu nunca consegui dar de mamar deitada de lado, eu estava mal assim, sentada estava mal, raios, a 1ª noite ele chorava porque eu ainda não tinha conseguido ter a posição certa para não ter dores e lé levaram o meu pequeno já sabes para o quê a partir desse momento lá me levantava sabe deus como ia sentar-me na cama depois passava para a cadeira e ele lá mamava embora demorava imenso tempo foi sempre assim era capaz de demorar um hora depois foi diminuindo, isto tudo para dizer que não ficou alérgico e eu com altos e baixos consegui dar de mamar até aos 6 meses em exclusivo e o marido sempre a chatear que o puto estava com fome e bla bla bla e mamou até a vaca ir de férias (13 meses).

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  9. Antes de mais... Ainda bem que a Irene ficou melhor!
    Tal como já referiram ali em cima acho uma tremenda falta de respeito espetarem essas formulas mágicas nos bebés sem antes informarem uma mãe dos pros e contras e melhor sem antes perguntar à mãe se concordam com a atitude.
    Também acho uma tremenda falta de bom senso por parte de profissionais de saude não nos apoiarem a 250% em todas as questões que é trazer o nosso rebento ao Mundo principalmente na amamentação que dizem ser tão complexo... O engraçado nesta cena toda é que enquanto estás grávida eles espetam-te com panfuletos com as mensagens do género "o leite materno é o melhor" mas ajudar na questão que é bom: nada! Dá muito trabalho e não lhes pagam para isso.

    Anyway, o meu grande dia está a chegar e penso muito nessa questão da amamentação. Quero muito amamentar e sei que é um processo demorado e complexo mas quero muito. Não pretendo desistir tão facilmente apenas se existir um facto maior para isso... E, espero, sinceramente não me deixar levar pelas emoções e que no momento que precise de ajuda seja capaz de falar e que se não gostar de alguma atitude por parte deles de fazer queixa e de lhes dizer...

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  10. Acho incrível a liberdade que os hospitais sentem em tomar decisões para os bebés sem informar ou ter o consentimento dos pais. Isso aqui nos EUA é ilegal e se não houver conhecimento ou consentimento dos pais, o hospital é processado - por isso os médicos terem que pagar balúrdios em seguro contra processos, o que ajuda o aumento dos custos de saúde, etc, etc, mas isso é outra história...
    Anyways, Joana, lamento imenso a dificuldade que lhe puseram com a questão da amamentação e a falta de apoio que teve do hospital. :( Isso não deveria ser permitido até pq nos primeiros anos de vida do bebé os melhores nutrientes que irá receber será sempre, sempre, sempre do leite materno. Graças a Deus a Irene está a melhorar da alergia! Força aí mamã e não desanime quanto à amamentação da próxima criança. ;) Um abraço!
    PS: Li algures por aí uma referência à Rinchoa/Rio de Mouro? Quer ver que éramos vizinhas e não sabíamos?!

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  11. Uma pessoa com o primeiro filho vai completamente às escuras para a amamentacao, por mais que leia e vá a cursos, não sabemos o bebé que nos vai calhar, o pessoal do hospital, se vamos ter dores ou mamilos gretados. Como este assunto me diz alguma coisa, vim dar o meu testemunho.

    Todas as minhas amigas que tiveram os bebés em hospitais privados passaram pelo mesmo: a determinada altura, por qualquer razão, geralmente "para a mãe descansar" levam os bebés um bocadinho e lá vai leite artificial. No meu caso, tive o João Maria no Hospital de Santa Maria, hospital amigo dos bebés e nem por um segundo ele esteve longe de mim. Apesar de tudo ele só mamou cerca de 1h30 depois de nascer (de cesariana). Como ele fazia boa pega as enfermeiras nunca estiveram muito tempo ao pé de mim. Iam lá, perguntavam quantos cocós e chochos tinha feito, viam-no a mamar, tudo ok. O pior foi depois. Ele perdeu 450g nas primeiras 3 semanas, mais que os 12% máximos. Tudo porque ninguém me disse que os bebés mamam as vezes que querem, o tempo que querem. Ora o meu demorava séculos a mamar...adormecia montes de vezes. Dormia horas seguidas...o pessoal do centro de saúde queria que mamasse 15/20 min de cada lado maximo, a pediatra igual. Eu dava de mamar a olhar para o relógio. Uma perfeita idiotice. Aprendi isso depois, graças a um grupo do FB. Às 3 semanas de vida tive de lhe começar a dar suplemento, mas nunca desisti de dar mama. Insisti sempre é graças a isso consegui reduzir quase a nada o suplemento. A juntar a tudo isto, a pressão familiar. Na minha família quase ninguém deu de mamar mais que 1-2 meses. Então "aquilo" era algo estranho, demorado e os bebés não são uns pequenos leitões como nós éramos antigamente. Então o menino, coitadinho, devia andar sempre com fome. Não foi fácil manter a posição, mas eu sou mais teimosa e levei a minha avante. Ainda sim só consegui que mamasse até aos 6 meses. Comecei a trabalhar aos 4 meses dele e todos os dias tirava leite na hora de almoço, para as papas, que sim, ficam ralissimas... Mas não queria desistir de algo que me deu tanto trabalho a conquistar. Num próximo filho vou logo ter com uma CAM e tentar ser bem sucedida desde o dia 1. Apesar de ter seguro, irei certamente optar pelo mesmo hospital, do qual só tenho a dizer bem.

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  12. Amamentação, a minha grande dor de cabeça. A Maria nasceu no hospital da luz em Lisboa e só posso dizer bem das enfermeiras que apanhei, insistiram bastante para que a Maria pegasse na mama, ela não estava a conseguir deram-me um bico de silicone e aí ela agarrou. Perderam imenso tempo a explicar todas as massagens que eu devia fazer para estimular o leite e antes de ir para casa repetiram todo o processo. Infelizmente nunca consegui que a Maria apenas mamasse do meu leite e foi sempre alimentada a LM e Lá mas sempre primeiro o LM. A pediatra dela também foi uma grande ajuda pois nunca me deixou desistir de amamentar. Infelizmente é mais fácil darem o LA do que perder o tempo que tiver de ser para que fiquemos esclarecidas.
    Como em todas as profissões há bons e maus profissionais.

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  13. A minha a primeira mamada foi com leite artificial eu ainda estava a recuperar e foi o pai que deu! Nas mamadas seguintes mamou normalmente. Sempre mamou super bem e a minha subida de leite correu bem...sei que tive sorte! Mas acho que foi porque levei a amamentação na desportiva e sempre com o pensamento que caso as coisas não estivessem a correr bem passava logo para leite artificial! Não foi preciso mamou até aos 8 meses. Lúcia Salvador

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  14. Para mim o mais inacreditável é terem dado LÁ sem te pedir autorização. Não há direito!

    Eu felizmente só tenho boas memórias dos primeiros momentos e da primeira vez (e todas!) que amamentei. A minha filha nasceu (de cesariana) e passado 10 minutos já estava em cima de mim a mamar e passou o tempo todo do recobro (+- 2horas) a mamar junto a mim. Só tenho a dizer bem das enfermeiras da Cuf Descobertas, que sempre tiveram presentes e atentas, que viam se a pega estava a ser bem feita, e em momento algum falaram sequer em LA. A verdade é que nunca tive dores a amamentar, nunca. Foi sempre um momento tão bom... E hoje, com quase 9 meses continua a mamar, e continua a ser o nosso momento. <3
    Comigo foram as pessoas que conheço (família, amigos, conhecidos) é que mandaram "bocas", tudo porque eu sempre dei de mamar quando ela queria, a hora que ela queria, quantas vezes fosse preciso, e por isso houve alturas (picos de crescimento) que passava o dia a dar de mamar. E então?
    Ainda antes de ontem a minha sogra virou-se para mim e disse "ela ainda mama? Não está na altura de deixar?" E eu não me consegui controlar e tive de lhe responder. Enfim.

    Beijinhos.

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  15. Gabo a tua coragem e persistência!
    Eu tive a felicidade de ser acompanhada num hospital amigo do bebé. Gente incansável e durante dois dias não saiu uma pinga das minhas mamas. Durante essas horríveis 48 horas a menina mamava em seco e depois bebia leite de um copo. Claro que grande parte era entornado e a menina chorava com fome. Nunca me senti tão inútil e incompetente. Quando já tinha os mamilos em ferida e as enfermeiras insistiam para meter a menina no peito, eu só chorava de dores e profunda tristeza. "É o bebé que tem de fazer o trabalho" . E fazia, minha rica filha.
    Na manhã da alta, quando equipa de enfermagem se preparava para me munir de informação e ferramentas para rumar a casa e alimentar o meu bebé com leite artificial, pingou qualquer coisa!
    E quanta alegria no meu coração! Devo-o ao hospital de Leiria no entanto, não sou fundamentalista. Amamentei enquanto foi bom para a minha filha e para mim. Durou pouco mais de 6 meses e introduzi alimentos depois da consulta dos 4 meses quando o médico me disse que é normal o bebé acordar de 2 em 2 horas e que íamos manter a amamentação em exclusivo pelo menos até aos 6 meses. Sai do consultório e entrei na farmácia para comprar a primeira papa.
    Durante o dia eu não me importava e dava-lhe mama sempre que ela pedia mas... As noites eram surreais. Às vezes eu nem sabia o que estava a fazer. Comecei com a papa, 15 dias depois a fruta e com 5 meses ela já só mamava de manhã e à noite. No dia de santo António resolveu brincar com as mamas e não bebeu leite nenhum. Nesse dia fumei um cigarro ao final da tarde para encerrar de vez o assunto. Foi o maior desafio, a mais gratificante conquista e um período inesquecível. Acredito que foi tão bom para mim como foi para ela.

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  16. Bom, antes de mais PARABENS por insistires em dar a Maminha! Acho de louvar, tal como tu sou uma ferrenha "fundamentalista da amamentacao" :-)
    Mas em relacao a alergia ao leite, nao lhe des tanto valor. Se nos adultos temos uma certa predesposicao com a idade em a ter, os bebes ainda mais. Nao quer necessariamente dizer que tenha sido do leite.
    Tal como te disse na primeira vez que falaste da alergia ao Leite da Irene, o Manuel tambem a teve, e passou. Hoje bebe leite porque tem sede (ainda ontem quando chegamos a casa do parque foi "Mama, tenho sede, posso beber leitinho?")
    E o Manuel tambem nunca esteve exposto a formula. Em Frankfurt o processo e tal como a Daniella explicou. O Manuel nasceu com ictericia, e uma vez que os valores nao melhoravam tiraram-me leite 2 vezes para lhe dar mais leitinho e ajudar o processo.
    Depois disso eu parecia uma vaquinha, tinha leite para alimentar um bairro inteiro, por isso tambem nao foi necessario.
    A primeira vez que foi exposto ao leite de vaca ja tinha ano e meio... Por isso ves ;-)
    A nossa pediatra disse para nao me preocupar que era normal, apenas fazer o teste em casa como te falei... Retirar os produtos lacteos e passado um tempo voltar a introduzir aos poucos... :-)
    Provavelmente nao vais ler isto, mas queria deixar uma palavra de conforto e dizer-te para descontraires... Esta tudo bem e aos poucos vais ver que ela vai ficar um verdadeiro copinho de leite ;-)
    Nao vale a pena "chorar sobre o leite derramado". Passou e ela esta bem! Agora para o proximo, ja sabes como funciona ;-)
    Beijinhoos!

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  17. Joana, este texto não é de uma "fundamentalista da mama". Simplesmente mostras a revolta de terem feito as coisas à tua revelia, quando o teu desejo era amamentar. Defendeste o teu ponto de vista, o que em nada tem a ver com fundamentalismo. Destes posts, sem ofensas às outras opões, gosto de ler. E fica o teu alerta, para que as mães possam escolher livremente o que pretendem para o ser bebé. :)
    Um beijinho.

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  18. Olá Joanas! Gosto de vos ler e hoje comento pela primeira vez.

    Considero que tive uma boa preparação para o parto e que isso me deu confiança e coragem para enfrentar as maravilhas da maternidade. No curso, incentivaram a amamentação, apesar de respeitarem quem não o pretendia fazer. Talvez por isso, não aprofundaram tanto quanto seria desejável os mistérios da amamentação, mas isso eu só percebi depois.

    A Rita nasceu de cesariana e mamou logo de seguida de forma correcta e natural. Eu fiquei orgulhosa de mim e da minha filha. No entanto, na segunda noite, não sei se por ter muito sono, percebi que ela não estava a mamar bem. Expliquei isso à enfermeira que não me largou até perceber o que se estava a passar. Depois de inúmeras tentativas, eu exausta, já com as maminhas a doerem e a bebé sem se alimentar, decidimos dar-lhe um pouco de leite artificial num copinho. Ela bebeu tudinho e adormeceu tranquilamente. Quando acordou para a maminha seguinte, mamou correctamente e nunca mais se esqueceu de como o fazer.

    Mas o estrago estava feito, as minhas maminhas estavam feridas e dar de mamar era doloroso. Aguentei estoicamente como aguentam todas as mulheres que arranjam forças onde nem imaginavam que tinham e depois de ganhar "calo" e de 2 embalagens de purelan, dar de mamar passou a ser um momento muito giro.

    Fiz questão de agradecer à enfermeira Telma e temos uma foto dela no album da Rita. O hospital era de facto amigo da amamentação e penso que só assim faz sentido e para mim funcionou perfeitamente. No entanto, como aprendi no curso de preparação para o parto, também é preciso respeitar outras decisões.

    Beijinho e que nunca vos faltem as ideias para o blogue.
    Ana Raquel (playmoblog.blogs.sapo.pt - se quiserem contar algumas histórias à Irene e à Isabel)

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  19. De facto, é tão verdade tudo isso... Tive a minha filha na MAC e senti que fez realmente toda a diferença. Como tu, queria muito amamentar, mas a força das enfermeiras e todo o apoio e orientação são cruciais nessa tão frágil fase que nós, mães, passamos... Toda a equipa de enfermeiras da MAC é 5 estrelas, o meu muito obrigada a todas elas, porque se não fossem elas a orientarem-me, não sei como faria...

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  20. embora lhe dê toda a razão, a verdade é que muitas (mas mesmo muitas) mães não estão para se chatear com a mama. sim, porque é preciso dedicação e empenho, que nem sempre é fácil! há imensas mães que pedem elas o leite e ainda ficam aborrecidas se o serviço não é tipo buffet! e andam as enfermeiras a insistir com o copinho (no meu hospital não dão com tetina), para metade das mães não estar para se chatear e querer é despachar a coisa. já agora, se quiser ser a enfemeira a dar, ainda melhor.

    obviamente as pessoas não são todas iguais... e quando se está num serviço sobrecarregado, cansado, às vezes acaba por ser complicado compreender em que lado cada pessoa se enquandra!

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  21. Boa tarde Joana,

    Vi este post (vou acompanhando e adoro ler) e não consigo ser indiferente e expressar a minha "opinião".
    Faz hoje precisamente 17meses que tive a minha filha Maria Rita. Ainda é a minha única filha e se tiver mais algum não sei se vou amamentar! Calma! Sou completamente a favor da amamentação desde que não seja penoso para uma mãe!
    A minha experiência com a MR não foi o quanto ao quanto a melhor... Então começando do inicio, tive a minha filha na MAC e correu tudo bem dentro da normalidade de um parto normal. Apesar de estar de directa e exausta, foi o dia mais feliz da minha vida! Ao 3º dia já em casa começo a ter a subida de leite, que por ser muito forte e ter muito leite resolvi colocar a bomba para extrair o que a pequena não mamava. Tudo bem! Entretanto fui ao Centro de Saude (Teste do pezinho e afins) e como me viram com o peito cheio disseram que tinha que esvaziar, ao que respondi que ia tirar em casa depois com a bomba. Meu deus o que fui dizer! Caiu tudo em cima de mim, duas médicas mais 3 enfermeiras...e eu com uma vontade enorme de chorar! Que maldade estava eu mãe a fazer?! "A bomba é isto e aquilo, faz mal, estimula mais...e camandro! Não ponha a bomba, faça antes manual, com massagens e panos quentes e no banho faça-o! Sem bomba!"

    Bom...sai de lá a pensar que realmente não estava a fazer nada bem as coisas! Fui os dias seguintes a espremer o raio das mamas e desculpem a expressão, parecia uma "vaca na ordenha"! Mas nunca conseguia esvaziar como na bomba...
    Resultado 1: em poucos dias fiquei com dores de mãos e braços, começaram a formas caroços nos quais tentava massajar e não desapareciam, as dores intensificaram, ganhei mastite e por fim abcesso!
    Resultado 2: Operação - Lancetar da mama
    Estes foram os piores momentos da minha vida, estava tão bem por ter uma filha linda e no entanto estava internada no hostipal a levar anestesia geral, nunca na minha vida passei por tal experiência! Senti imensa impotência e frustração, tive que parar de amamentar ao 18º dia de vida da MR! Dei a última mamada a cair em lágrimas! Chorei por dias! Toda eu formatada para ter este laço com ela durante vários meses e nem um consegui! Que mãe fui eu?! Uma não capaz?!

    Foram 3 meses intensos de emoção! Família e amigos foram o meu apoio... Até que finalmente estava bem! Sem ter que voltar ao hospital... a gozar em plenitude aquilo que devia ter gozado desde o inicio! Marcas algumas, físicas também! Por isso deixo o meu relato a todas as mães, nunca fiquem só por uma opinião, ter a máxima informação sobre o tema dará mais abertura para tudo se resolva! Cada caso é um caso, e a minha experiência vale o que vale, eu sei...

    Ainda hoje é um tema sensível, querendo gritar do fundo do meu ser como a Elsa do Frozen "já passooouu! já passooouuu!" :)
    Obrigada Joana pela tua partilha!
    Um grande beijo,
    Isabel Gonçalves

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  22. A principal causa apontada para a a alergia ao leite de vaca, neste momento (porque estas coisas mudam demasiado rápido) é exactamente ser introduzido o leite artificial (o 1º ou 1ºs biberões na maternidade) e depois ser retirado durante um longo período de tempo (quando se inicia a amamentação). Quando as crianças voltam a estar expostas às proteínas do leite de vaca o organismo combate-as e provoca reações alérgicas. Foi o que nos aconteceu, apesar de no hospital me terem ajudado a amamentar o meu filho chorava e aconcelhavam a dar o suplemento, eu só queria o melhor para ele fosse o que fosse. Desde que saimos do hospital amamentei quase 6 meses sem qualquer tipo de suplemento ou papa estava tudo perfeito, até ao dia em que introduzimos o leite artificial. Hoje está quase a fazer dois anos e fui ontem comprar pela primeira vez a caneta de adrenalina :(. Fico muito feliz que a Irene esteja bem, é uma aflição constante pensar no que um pequeno contagio pode fazer, é impensável fazer qualquer tipo de refeição fora, fico na esperança que esse dia também chegue para nós!

    Aproveito para vos falar da Alimenta, a associação portuguesa sem fins lucrativos para alérgicos e intolerantes!
    Ah e adoro o blog, continuem :)

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  23. É muito raro comentar, mas também passei por uma situação similar. Ainda que o alergologista não tenha dado 100% de certezas que a culpa foi do 1º biberão que bebeu na maternidade. Apenas falou que poderia ter sido já que no nosso caso não há qualquer historial de alergias de qualquer tipo.Ele só bebeu um biberão na maternidade, apartir daí até aos 4 meses foi sempre mama, só quando comecei a trabalhar achei por bem se calhar introduzir também o leite artificial já que poderia não conseguir ter suficiente. Mas logo nesse primeiro biberão a coisa não correu nada bem, e portanto a partir daí até aos 6 meses segui com mama apenas (tirava todos os dias há hora de almoço e congelava para conseguir ter sempre suficiente em qq situação) e depois disso para além da mama era sempre o leite especial. Até aos 2 anos nunca tocou em nada com leite artificial sem ser o especial para ele ou o meu até aos 11 meses (mas eu enquanto amamentei nunca deixei de beber leite nem derivados) e também mesmo na introdução de certos alimentos que poderiam ser potencialmente mais alergicos foi atrasado a sua introdução. Aos 2 anos finalmente deixou de ser alérgico à proteína do leite.

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  24. Fui mãe em Agosto de 2015, tive o meu bebe no hospital privado em Lisboa. Sempre soube que queria amamentar, li muito e pesquisei muito antes de ele nascer. Tinha casos de sucesso de amigas e outras que nem tanto,mouco muita coisa, mas fiquei-me pelas histórias positivas. Amamentar não tem de ser um fardo e não tem de ser aquelas histórias horríveis que nos contam... Depois de ler este post, como é possível nos tempos que correm um hospital revelar tais práticas? Estou incrédula, leite artificial, aero-om, não ajudar na pega... Enfim. Assim que cheguei ao recobro uma enfermeira ajudou a posicionar o bebê no peito, sempre verificaram se eu tinha colostro e nunca me disseram que era insuficiente (Ah sim, tive uma OB caquética que foi ao quarto e me disse que teria de sair com suplemento...fiz orelhas moucas e foi o melhor que fiz)! Hoje ainda amamento (o meu bebe tem 9m e ficou em exclusivo até aos 6m), mas ainda hoje sinto que o normal é dar latas e papas aos miúdos,qd deveria ser o contrário. Amamentar deveria ser natural e todos os dias oiço comentários! Há que mudar mentalidades a este respeito.
    Ana Graça

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  25. Pode indicar p.f. qual foi o hospital pela qual passou por isso?

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  26. Revi-me tanto nesta situação!!
    O meu filho, hoje com quase 4 anos (faz em Novembro) teve de ir para a Neonatologia, depois de um parto complicado, com extracção a ventosas e de ter engolido imensos líquidos... enfim!
    Eu fiquei longe dele... sempre que me deixavam, estava lá enfiada, mas a verdade é que a grande maioria do leite q bebeu na maternidade foi artificial.
    Eu parecia uma maluquinha a tirar 5ml de colostro de 30 em 30 minutos, no cantinho da amamentação!
    Saiu com 3 dias, a mamar na mama e desde aí até aos quase 5 meses não tocou mais em LA.

    Aos 9 meses e com a entrada na creche descobrimos-lhe a APLV (que felizmente já se transformou apenas numa reinite alérgica).
    A alergologista dele também é da opinião que foi "culpa" do suplemento.

    Desta vez, fui mãe há 3 meses, fartei-me de avisar que não havia suplemento para ninguém. Já não tenho leite há quase 1 mês, mas sempre fui contra as vozinhas que me diziam q ela não pegava bem, que não estava no percentil certo....

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  27. Joana, espero que leia esta resposta. Vim repescar este post porque o meu bebé de 2 meses que nunca chegou perto de LA, está só com maminha é APLV... Eu a pensar que o nosso leitinho os protegia de tudo! Se a Irene desenvolveu a alergia, pode não ter sido do LA. Entretanto ela já tolera o PLV? Beijinho grande, Isabel

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