1.29.2020

O divórcio não estraga o "amor" às crianças.

Foi esta a mensagem que consegui reter no outro dia enquanto a Irene e eu conversámos sobre um dos vários namorados que ela tem. Não é por isso que ando a ler um livro sobre poliamor, no entanto. Não vou a esse extremo de pesquisa para compreender e apoiar a minha filha - ainda. 

Disse que tinha sido ela a pedir, que ele tinha pedido para pensar e que aceitou e que passaram o almoço todo a chamarem-se de namorado um ao outro. Também disse que eram namorados "emprestados" porque não se beijam na boca por causa dos micróbios (that's my girl, a fugir do herpes desde pequenina). 

No entanto, sem querer reforçar o romantismo da coisa - tem apenas 5 anos e acho importante que viva o amor da amizade antes de haver aquela pressão desmesurada para encontrar par romântico e começar nessas lides  - achei importante deixar claro que se um dia o namoro acabar (deve acabar em breve por causa de umas cartas Pokémon), que podem continuar a ser amigos como a mãe e como o pai. 



Sabem o que ela respondeu? 

"Sim, mas também podemos namorar para sempre como os avós". 

Da mesma forma que vamos buscar referências maternas ou paternas quando temos pais menos presentes ou mesmo ausentes, julgo que a cabeça das crianças também estará feita para se auto-equilibrar e ir buscar o que precisem para acreditar. Temos é que lhes dar espaço para fazerem as suas próprias trajectórias e dar-lhes cenários diferentes para estarem informadas e poderem oscilar entre vários parâmetros. 

O amor dos pais da Irene não foi para sempre, mas o dos avós é. E ela sabe disso. 

Um dos vários motivos pelos quais não me arrependo de me ter divorciado é que não proporcionei à Irene um modelo de relação conjugal sem afectividade e sem um ritmo ideal de coisas boas. Prefiro que, assim, veja e conheça uma mãe mais feliz e um pai também, ainda que não estejam juntos. 

Quanto ao amor? Vai surgindo na vida de um e de outro. E ela vai senti-lo sempre que houver.



1.28.2020

Também têm uma cena com números par?




A Joana Paixão Brás e eu temos alguns problemas e, pelos vistos, alguns são em comum. Nomeadamente este de nos termos enervado com o facto dos podcasts terem servido um intervalo no número 9 que é ímpar. Inadmissível. Não sabemos se repararam ou não, mas estivémos algo inactivas durante um mês ou dois, mas nada que não se tenha já resolvido. As comadres já falaram, já lancharam  (até já foram sair à noite) e a explicação está dada aqui em baixo:


Também há nos Apple Podcasts, mas estou a ser naba e não consigo por aqui o link, está bem? De qualquer das formas é procurar por "a Mãe é que sabe" e pronto!
Para quem não conheça o nosso podcast, a ideia é falarmos de tudo menos de maternidade - para desenjoar. O que têm achado? 

Camas montessorianas? Sim!

Se eu soubesse!

Foi a frase que mais disse quando "descobri" a pólvora. Aliás, foi a Joana Gama que descobriu e eu copiei. Não sei o que era pior: se a Isabel dormir mal, se eu ter de estar debruçada em cima da cama de grades ou ao lado a dar a mão por entre as grades até ficar com o braço todo dormente para ela adormecer. Ou, pior, depois de a adormecer ao colo, ter de fazer aqueles difíceis 90 graus para a pousar, de-va-ga-ri-nho, shiuuuuuuuu, e... ela acordar.
Todo um drama. Quem sabe do que eu falo, sabe.

Com um ano e picos, pusemos um colchão no chão e a nossa vida mudou. Pusemos um estrado com uns buraquinhos e pumbas, colchão. A nossa disponibilidade mental e paciência para as noites aumentou a olhos vistos. Depois disso, e já em Santarém, optámos por uma estrutura em forma de casinha, mais pela graça e para que que não estivesse em contacto com o chão (fica a uns dois cms acima, para evitar humidade e fungos). Provavelmente já todas ouviram falar em camas e quartos montessorianos: resumidamente, a ideia é estimular a autonomia, com brinquedos à disposição deles, livros, se possível, um espelho também, roupa e afins.

Por termos uma experiência tão boa com as camas no chão (que mantenho no quarto das miúdas até hoje), resolvemos, em parceria com a Carpintaria JPP, oferecer uma à nossa vencedora do A Mãe É Que Sabe Ajudar, a Paula, e ao Francisco.

Vejam-me só esta fofura, que grande está o Francisco <3

Esta cama é de pinho maciço, com barrotes de 5,5 cm por 5,5cm, pintada em esmalte acrílico.
Na Carpintaria JPP (podem seguir também aqui no instagram). fazem qualquer trabalho em madeira, desde restauros, aplicação de chão e portas e, claro, mobiliário estilo montessori (ou noutros) com entrega ao domicílio e montagem, além de todo o acompanhamento e feedback dos projectos. Contactem-nos caso precisem, que a Paula ficou satisfeita :)

O A Mãe É Que Sabe Ajudar é o nosso projeto do coração que queremos replicar este ano. Vejam tudo o que oferecemos e, mais do que isso, o mote que quisemos lançar para que as mães se ajudem mais umas às outras! Carreguem na imagem para saberem mais sobre este nosso bebé:



As marcas que se queiram associar contactem-nos através do email amaeequesabeblog@gmail.com
Obrigada!