11.11.2019

Namorado aos 5 anos?

Hoje fui chamada à casinha (até gosto do nome, apesar da piroseira) para me ser comunicado que minha filha teria iniciado a sua primeira relação amorosa. Não só que tinha acontecido como que tinha sido ela a tomar iniciativa. 

Achei amoroso, claro. Especialmente porque sempre tive cuidado de não empolar o lado romântico na Irene. As crianças devem ser crianças e sinto que não se deve espevitar o "já tens namorado?" e a questão do casamento e família. Já chegam as imposições da sociedade - umas mais silenciosas que as outras - e haverá sempre tempo para lidar com elas. No entanto, ela convive com os amigos, há de ver desenhos animados em que tal acontece e, por isso, "limito-me" a oferecer o contraditório. Falando da importância da amizade, tentado explicar o que é o amor e como devemos tratar os outros e sermos tratadas. 

O namorado "emprestado" da minha filha - porque "não damos beijinhos, mãe, por causa dos micróbios" - ofereceu-lhe hoje umas cartas Pokémon e ela tem o desenho de retribuir com uma carta de amor que escreveu sozinha - com tantos erros, que amor - para ele: "Crido XXXX, cria faser esta carta namorado". E amanhã lá vai ela entregar-lhe. 


Giro que quando ela lhe pediu em namoro, ele primeiro disse que ia pensar e só depois voltou com a resposta afirmativa. Disse que passaram o almoço todo a chamar-se namorado um ao outro. 

Claro que me ri, claro que dei a devida importância que isto tem para ela. Dei o meu melhor para não empolar, mas para pegar na situação e explicar-lhe mais algumas coisas, nomeadamente que, se o namoro um dia acabar, que é importante e possível que os dois fiquem amigos tal como a mãe e o pai ficaram. 

"Ou namorados para sempre como os avós", disse ela. 

O pai, ao telefone, quando ela lhe quis contar depois também frisou que ela deve ser sempre tratada com carinho e respeito e ela disse que já sabia. Além de lhe ter perguntado se o rapaz não teria a idade do pai só para ficar descansado, ahah. 

Pelo que, venha o que vier, seja lá o que for, a Irene sabe que antes do namoro vem a amizade e que durante o namoro e depois também. E que, tanto na amizade como no amor, o carinho e o respeito são o mais importante. 

Apetece-me ir coscuvilhar com os pais do rapaz, mas ainda me acham casamenteira, ahah. 



Já repararam que saiu um novo episódio do nosso podcast? Desta vez falamos do que é preciso fazerem para terem um blog de sucesso (grande moral, bem sabemos!). Está disponível no Spotify, SoundCloud, Achor FM e iTunes, ok? ;)



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Se calhar fomos longe demais...

É possível porque nos pusemos a dizer o que seria necessário para ter um blog de sucesso. E, por isto, quer dizer que tivemos de comparar o que fazemos com outras pessoas. Nada contra, mas há práticas com as quais não nos identificamos e também temos as nossas opiniões. 

Para vocês que estejam a pensar em ser bloggers ou algo do género, pode ser que seja interessante pensarem nestas coisas.




Já subscreveram os nossos podcasts nas nossas redes? ;) Deviam! Falamos de tudo menos de maternidade (só para desenjoar).


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11.10.2019

5 anos!

5 anos disto. 
5 anos e picos de uma amizade que deu nisto. 
5 anos em que, tu, Joana Gama, tiveste de levar com a montanha russa que eu sou, ora lá em cima e motivada, ora frustrada, desanimada e a sentir-me paralisada. 
5 anos em que tu, Joana Gama, nem sempre escreveste coisas com as quais eu concordava, mas era isso que nos distinguia e que sempre deu força a este blogue: a tua paixão e garra.
5 anos a rir-me muito com os teus textos e a reflectir e a aprender com quase todos. 
5 anos de desabafos, de disparates, de fotos de cara lavada e até de pijama. 
Sem ter medo do que os outros pudessem pensar.
A partilhar casos, histórias de outros, dores de várias mães.
A responder a e-mails de leitoras que procuravam palavras amigas e de compreensão quando mais ninguém à sua volta parecia tê-las.
A fazer rir, a descomplicar, a partilhar coisas tão íntimas que faziam com que quem estava do outro lado se sentisse normal. 
Copo menstrual, sexo pós-parto, divórcio, guarda, partos, cansaço, psicoterapia, sonhos e desilusões.
Mudança de vida.
Reações inesperadas, desabafos e partilhas que faziam com que 
sentíssemos que o que fazíamos aqui até era especial.
Um convite para escrever um livro, para idas à TV, para entrevistas, para embaixadoras de projectos e até de marcas.
Nãos, bastantes nãos, quando não consumíamos nem confiávamos em algum produto. Alguns sins que faziam sentido que nos pagavam para que pudéssemos ter tempo para escrever sobre tudo o resto. Mais que justo.
Projectos que desenvolvemos por nós, começados por ti, e nos quais sempre confiei e aos quais
me entreguei.
Dicas de viagens, restaurantes ou de consumo, mas principalmente dos valores em que acreditamos, de livros, museus, espectáculos, atividades, disciplina positiva e aquilo que uma escola deveria ser.
Textos, vídeos e depois podcast, para falarmos de tudo o que tem a ver com a maternidade e tudo o que não tem. Tudo o que somos e tudo em que pensamos.
Já errámos, já fomos intempestivas ou dissemos disparates, já nos arrependemos, já mudámos de opinião e mantivemos tantas outras. 
Mas, sobretudo, já ficámos felizes por algo que parecia tão pequenino ter chegado ao coração de tanta gente (e se só ao de uma pessoa que fosse não teria sido em vão).

Quantas vezes já chorámos com comentários muito desagradáveis? (fui só eu?)
Quantas vezes já soltámos uma gargalhada? 
(e um pum? - é retórico, não respondas Joana Gama, pleaseeee LOL)
Quantas nos orgulhámos do que andamos aqui a fazer?

Já te disse que me orgulho muito de nós? E que sinto que te tenho de agradecer muito, mesmo muito?

Obrigada, Joaninha. Companheira de blogue, mas também de vida.











Obrigada a todos os que connosco já embarcaram nesta aventura:
 à Marta, que aqui estava há 5 anos; 
à Sara-a-Dias, que nos desenhou logo de início;
- à Joana, à Inês e à Susana, que nos têm vindo a fotografar e a acompanhar todas as nossas fases; 
- à Maria que nos deixou este cantinho também muito bonito; 
- a todas as pessoas que estão nas agências, marcas, editoras, revistas, programas que um dia viram algo especial em nós e decidiram dar-nos voz e apostar em nós.

Mas principalmente a todos os que nos seguem há 5 anos (alguém ainda? ahah), mas também a quem chegou mais recentemente. 
A quem nos ajuda a crescer, quem nos abraça e quem nos questiona. 
Quem quer o melhor para nós e para as nossas filhotas (não em conjunto, embora às vezes pareça). 
Tem sido bom, muito bom!

São 5 anos, caraças!