A Irene e eu, neste momento, estamos no Algarve a passar férias com a minha mãe, meu padrasto e meu irmão. Fizemos isto o ano passado, já que foi o primeiro Verão desde o divórcio e seria mais fácil conciliar tudo. Parece que está a tornar-se numa tradição, ir de férias uma semana no Verão.
Uma semana em que a família está junta mais do que meramente à hora de almoço ou ao lanche. Em que se distribuem novas dinâmicas para umas coisas e em que se reavivam outras. Com todas as perfeições e imperfeições que todas as famílias têm, não deixa de ser comovente ouvirem-se (para mim) as ligações familiares. Ver a Irene a chamar ao meu irmão de tio, ao meu padrasto de Avô (não com muita frequência) e à minha mãe de avó.
A nossa família não é daquelas que se vêem com frequência. Vemo-nos quando dá ao fim-de-semana, sendo que é fim-de-semana sim, fim-de-semana não e se não houver festas de aniversário ou fins-de-semana fora, o que for.
Lá por isso não quer dizer que seja pior. São dinâmicas. É o que funciona e, nestas férias, poderão ser reavaliadas as mesmas. Uma oportunidade para rever e reviver. Experimentar ligações diferentes. Conversar com o irmão Pedro sem estarmos todos juntos, aproveitar e saber o que tem feito o João ou como é que a mãe tem estado.
Assim há tempo. Estamos uma semana no Algarve. Acho que também é fundamental para mim descobrir ser mãe enquanto sou filha, coexistindo as duas Joanas e o mesmo para a neta, filha sobrinha, Irene.
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