5.08.2018

Iguais no coração.

O primeiro teste
O primeiro enjoo
As batidas do coração
A barriga que não está lá mas queremos que esteja
Os outros não vêem mas nós sabemos
Pisamos algodão doce
O sono doentio
A primeira eco a sério
O nosso coração também bate
A troca de olhares
As análises
O alívio
A partilha
O choro, as gargalhadas, a emoção
As semanas
As primeiras roupas
Menino
Menina
Não quero saber
As primeiras dicas
Livros blogues grupos do Facebook
A barriga
As borboletas
Os pontapés
A balança
A fome
O nome
Os nomes
O teste do cotonete
A mistela de sabor a laranja
Ou a limão
Horrível
Os esquecimentos
As ecos e as análises
Os cursos
As respirações
As listas
As expectativas
O dia
Os nervos
A felicidade
A espera
As dores
O parto
Normal
Cesariana
Com epidural
Sem epidural
De cabeça
De rabo
Vida
O choro
A felicidade
Pele com pele
Primeira roupinha
O cheiro
A mama
O biberão
A encubadora
A espera
A pressa
O tempo
O que dorme
O que chora
O que mama
O que bebe no biberão
O da sala do lado
O da cama ao lado
E o outro
A primeira fralda
O primeiro banho
Um andar torto
Já pronta para outra
Um pai que vai dar banho
O banho da mãe
A força
A noite em claro
Os receios
A confiança
A magia
A porta de casa
Sair dois, entrar três
O início de tudo

De todas as formas
De todas as maneiras
Iguais no coração.




5.07.2018

Foi isto que me fez apaixonar pela minha filha.

É difícil para muita gente começar a ser mãe. Para quem talvez não tivesse esse sonho como eu (a Joana Paixão Brás, sim), os desafios facilmente passaram a problemas e os problemas passaram a desesperos e os desesperos mais cansaço e noites sem dormir a solidão e tristeza. 

Os sorrisos, ouvi-la gargalhar, vê-la a fazer novas conquistas de desenvolvimento davam-me uma especial alegria, claro. Ouvi-la a acordar, já de manhã, perceber que a noite tinha passado e que ela estava bem e que até sorria apesar de parecer que nenhuma das duas tinha dormido, também me deixava calma e quase pronta para que tudo começasse outra vez. Todos os dias. Durante um ano e meio em casa com ela (bem sei que é uma sorte e que foi um risco tentar tê-la), a começar todos os dias.

Mas não havia nada melhor. Nada melhor do que o banho. A hora do banho, saber que a ia ver a brincar, que a ia ver com o cabelo molhado e com os olhos tão grandes, o interesse dela pela água, os seus pés a aparecerem acima do nível da água, o cheiro de cabelo lavado... Vê-la enrolada na toalha, relaxada, mas ainda tão pequenina para caber naquelas meias-toalhas... E... espalhar-lhe o creme. Esborrachá-la. Apalpá-la toda. Fingir que sou massagista e fazer com que sentisse cada dedo dos pés, das mãos, as coxas, a barriga das pernas, os ombrinhos de franguinho, o pescoço... 

Foram os banhos que me deixaram ver o quanto estava apaixonada por ela. 


Continua a ter um impacto enorme em mim vê-la despida e com o cabelo molhado. Fica com a cara da “Irene bebé” e, depois, com o corpo vejo que é uma mini-mulher. Uma miúda que vai conquistar o mundo. 

Da minha parte, com tentativa e erro, vou encontrando a melhor maneira de a "servir", dando-lhe a estrutura e orientação que precisa (e a que consigo dar), mas também cuidando dela. 

Se vocês sentirem ou se virem que a pele dos vossos filhos não está 100% bem, nada como tirarem as vossas dúvidas e seguirem os conselhos do Guia dos Pais




Desde cedo que fui à dermatologista com ela e, por isso, tenho vindo a aplicar algumas coisas que considero importantes nos banhos para tentar controlar aquilo a que se chama de "pele atópica": 


- A Irene até pode ficar a marinar algum tempo no banho, em "banho de imersão" (com pouca água não só para "poupar", mas também para não ficar stressada caso não esteja a olhar por uns segundos), mas não uso produtos que façam espuma, principalmente em alturas de crise. 



Prefiro que a água esteja morna e que vá adicionando mais um pouco a meio do banho para "ir aquecendo" que ter a água quente para começar. Também tenho uma pele muito sensível e sei que o resultado de tomar um banho "quentinho" são comichões ao longo do dia. 

- Uso a toalha não esfregando mas "dando beijinhos na pele". A moça não precisa de uma exfoliação, antes pelo contrário, é bom manter-lhe a hidratação da pele. 

- Depois de bem seca e de estar toda bem despidinha (a Irene, só para que continuemos sintonizadas, ahah), proponho-lhe uma massagem como nos spas (já cheguei a por musiquinha e tudo de passarinhos). Ao lhe por o creme, além de estar a fazer um favor a mim própria por eu lhe poder tocar e ela ficar relaxadinha, ela está a ter o momentão do dia, caramba! Que privilégio. E ainda fica um bocadinho a secar depois. Calma, mães, a Irene, não aguenta isto todos os dias. Faço duas vezes por semana e idealmente uma delas ao domingo para começar a semana "em condições". 



Tenho experimentado vários produtos, tanto em mim como nela, por ambas termos pele atópica. Ainda para mais, sendo blogger, vou tendo oportunidade de estar a par dos últimos lançamentos de cada marca. Sou, desde há algum tempo, uma das "caras" da gama Lipikar da La Roche-Posay (vejam o vídeo que fiz que além de estar toda tesudona - ahah - está muito giro) por ser também o que uso lá em casa. Confio na marca e vejo os resultados e agora actualizaram a fórmula: LIPIKAR AP+

Sou também uma sucker por packaging e branding e gosto quando está tudo certinho e direitinho. Processem-me :) 




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5.04.2018

O melhor de ser Mãe.

Vá, isto vai dentro do esforço que disse que ia fazer para tentar ser mais positiva (aqui, quando disse que a comentadora tinha razão). Isso treina-se, sabiam?

1- O parto já foi!


Eish! Nada melhor do que isto, não me lixem. "As crianças são o melhor do mundo" (para quem ainda não tenha experimentado estourar 500 euros no Ikea, às vezes até percebo de onde essa afirmação possa vir), mas o melhor mesmo do mundo é já termos passado por aquele evento que nos faz fritar a cabeça durante quase 9 meses e que imaginamos sair de lá com o pipi em strogonoff. No meu caso saí mesmo, mas já está com um ar mais apresentável. Depois mostro. 

2 - "Quando fores mãe vais perceber!"

Não queridona, já sou Mãe! Já entrei para o clubinho, por isso acabou a treta do "quando fores grande". Finalmente, acho que é com isso que se acaba essa conversa. Já sou mãe, já tenho moral para dizer imensa coisa e parecer que sei tudo. Sim, até a nossa mãe já pode parar de dizer "ah, quando tiveres a tua filha vais perceber". Já percebi, mãe. Obrigada. E... desculpa qualquer coisinha. 

3 - Desculpinha intocável para tudo. 

"Adora ir ao almoço do avô da Beatriz que me deu colo durante 5 minutos quando eu estive aqueles dois meses no infantário do Cartaxo, mas a miúda está doente. É. Fruta da época, pois. Anda para aí uma virose, sim". O único inconveniente disto é que depois convém não fazer stories na Praia das Maças durante dois ou três dias para dar aquela credibilidade. 

4 meses de Irene.


4 - Nivelam-nos por baixo.

Ah! Que maravilha o "estás bem para Mãe!". Não poderia ter pedido nada mais do que isto. Chegar ao trabalho com uma basezinha bem espalhada, um bom decote de barco (ou à veleiro ou qualquer designação beta que não serei eu a autora indicada deste blog para falar do assunto) e um anti-olheiras. Parece que passam a estar surpreendidos só por termos tomado um banhinho. Nivelem-me por baixo que eu gosto. Aliás, o melhor amigo das mães? Um baton vermelho básico. Mete-se e "credo, Joana, hoje papava-te bué, man!" - trabalho num local de gente jovem (acho que mesmo assim ninguém me disse isso, o que é uma pena porque é sempre bom ouvir... no geral é bom poder ouvir, mas estava a falar mais especificamente deste género de comentários...). 

5 - Licença de maternidade. 

Ok, sejamos honestas. É uma tristeza o tempo a que temos direito de ficar com eles. E em muito sítios até sentimos que nem da licença podemos "bem" usufruir porque sabemos que quando voltarmos nos vão "ser retirados privilégios" ou o que for, mas.... Num trabalho que seja rotineiro ou do qual já estejamos a bufar... é cool desaparecer. O trabalho em casa com o bebé é ainda mais duro, mas pelo menos não temos de aturar aquela colega que faz questão de atender os telefonemas pessoais no open-space. Depois é triste voltar e perceber que não fizemos falta, mas vou parar de falar de mim. E dos meus telefonemas pessoais em open-space. 

Um ano de Irene. 


6 - Pressãozinha social da trampa. 

Há por aí muita fêmea sem saber onde se encaixar por serem mulheres adultas e ainda não terem procriado. Como a maternidade da muito dinheiro a muita gente (bem, a mim incluída, tirando a parte do muito, ahah) é uma coisa que é incentivada, além de que as desgraçadas e os desgraçados gostam de motivar outros para se meterem no buraco. Que melhor do que ter um casal amigo que esteja mais desgraçado que nós para nos fazer sentir melhor? Hmm. Aconselho vivamente.  

7 - Maturidade acrescida para a empresa. 

Sei lá se isto é verdade, mas gosto de fantasiar que o facto de ter parido me veste um blazer imaginário todos os dias. Ah! Ela é adulta, já foi mãe, já pode ser escolhida para uma coisa de maior responsabilidade, afinal de contas tem uma miúda de quem toma conta e saiu-lhe do pipi. Continuo à espera e a miúda já tem 4 anos. 

8 - Ter filhos. 

Também é fixe. 

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