4.06.2018

Já sei por que é que ela dormiu a noite toda!

Quero partilhar convosco esta conclusão parva. Ela dormiu a noite toda para descansarmos e nos prepararmos para o PIOR!!! A Luísa tem terrores nocturnos, achamos nós. A bebé passa-se! Esperneia, irritada, não quer mãe, nem pai, nem cama, nem colo, nem mimos, nem abanos, nem nada! É desesperante, parece que tem o diabo no corpo. Achamos que a Isabel também teve e talvez a memória tenda a desvalorizar e a parecer menos perturbadores, talvez agora tenhamos o receio extra de que acorde a irmã, talvez agora andemos ainda mais cansados e nos custe ainda mais, não sei, mas os gritos são tão fortes que às vezes até me apetece chorar com ela. Estivemos a tentar perceber o que pode estar a causar estes momentos angustiantes e não houve assim nenhuma mudança significativa na vida que consigamos detectar nos últimos tempos. Não é caso de médico por enquanto, estamos cheios de esperança que seja uma fase passageira. Mas o que é certo é que tem acontecido TODOS-OS-DIAS e é muito mesmo muito cansativo.

Vamos lá ver como corre neste fim-de-semana, que vamos passear até Grândola (vamos finalmente conhecer a Terra do Sempre, que já está na minha lista há que tempos). A rezar para que não tenha mais episódios destes. Os vossos têm / tiveram? Não há muito a fazer, certo? Estar ao lado, sem acordar e pronto... (claro rever as rotinas, ver se há algo que a ande a apoquentar...). Boa sorte se também sofrem com isto e se também devem muitas horas à caminha. <3



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4.05.2018

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#08)

A pedidos de várias famílias (na verdade foi só uma leitora que nos enviou um e-mail - obrigada, leitora), aqui está de volta "Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe". Sou fã de livros infantis, é um (guilty) pleasure e como não há grande tempo para ver televisão cá em casa, acabam por ter uma atenção especial. 

Hoje, quando começámos a brincar com este só me apetecia partilhar convosco. Ofereceram à Irene imensos livros - não soubemos quem deu o quê por a maioria das prendas só ter sido aberta em casa - e este era um deles. 



Vejam que querideza. 


Tentem abstrair-se do facto de ser um Zoo e de isso não ser porreiro para os animais (isto sou eu já a semicerrar os olhos com os comentários das mães sensíveis a este tipo de questões - e com razão!). 






É um livro com figuras destacáveis, muito fáceis de montar (é suposto serem eles, mas para a Irene ainda não dá) e... cria um mundo de fantasia, com ilustrações amorosas. Além disso, todas as figuras têm os seus nomes o que parece mesmo que estamos a recriar uma história com a "Mãe e o Manel" ou... os outros que já não me lembro mas que a miúda decorou. 



Fica a sugestão. E obrigada a quem quer que tenha tido esta ideia fabulosa... Gostou muito! 

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4.04.2018

Ela rejeita-me.

Tantas vezes que ouvi isto. Tantas vezes que vi isto. Desde que ela nasceu que a nossa relação não foi simples. Ou eu estava à procura de sinais de que as coisas não estivessem a correr bem por não me achar merecedora de tanto ou efectivamente passámos por dificuldades juntas. 

Desde ela só chorar quando estava no meu colo e no do pai ficar calma (que é normal também pelo pai não ter leite e, por isso, ela não ter que pedir), desde a não conseguir adormecê-la e ser sempre um choro despegado, desde a rejeitar a mama durante o dia e só mamar a dormir (ali por volta dos 3 meses), desde a não gostar muito de andar ao colo comigo, a não tolerar muito bem o marsúpio, a não comer sopa comigo, etc. 

Talvez porque achei que não devia ser mãe e tinha metido na cabeça que não ia ser. A nossa cabeça consome-nos de variadas maneiras. Tanto pode acrescentar como retirar e a minha tem um prazer mórbido de retirar, talvez para depois, pelo menos, ter o conforto de me dizer: "eu já sabia". Assim parece que as coisas doem menos. 

Hoje em dia a história é a mesma, mas conto-a de maneira diferente. A Irene, seja por que razão for não gosta do meu cheiro. O meu cheiro natural, parece-me, não lhe agrada (ahah isto assim isolado, parece ser o post mais estúpido de sempre). Tenha eu lavado os dentes ou não (comer picanha e depois ir cantar músicas para a caminha dela talvez não seja porreiro), ela diz-me sempre que não gosta. 


Podia chorar muito com isto, podia ser mais uma coisa para me martirizar, mas não tem sido. Comecei a contar uma história diferente em que eu não seria o problema, mas em que a realidade é como é porque sim. Uma frase que tenho ouvido muito e que cada vez me diz mais é "Está tudo certo!".  O que tenho contado a mim própria sobre isto, sendo que prezo a minha higiene e, por isso, não será por não estar "limpa" (pá, estou a reler o post e só me rio) é que, por ser uma pessoa algo ansiosa, o meu cheiro, o meu suor terá componentes diferentes do suor de uma pessoa que apenas se tenha cansado. É um cheiro de "perigo". Lembro-me de o sentir quando a Irene passava o dia todo sem mamar. Eu andava num pânico constante e o meu cheiro, ao final do dia, o meu suor, era completamente diferente. Agora deve sê-lo na mesma (apesar de andar muito mais calma, continuo a ter os meus desafios) e, por não ser tão evidente, não o sinto. 

A Irene quer dormir (gosta de dormir, tenho sorte e acho que também ajuda não usar a cama como punição de alguma coisa, mas como um momento de miminho) e a mãe, deitada a seu lado, cheira-lhe a "perigo", a "medo", a "ter que fugir". A brincar, a brincar (ou não, ahah) somos animais e os nossos corpos também têm a sua forma de comunicar e o meu comunicar-lhe-á o contrário das festinhas no cabelo. 

Seja isto tudo uma fantasia ou não, fico contente por não ouvir no "não gosto do teu cheiro" um "não és boa mãe", mas sim apenas "não gosto do teu cheiro". 

É preciso ter o sono em dia para conseguir fazer estes raciocínios. E sei que muitas de vocês não têm, por isso quis partilhar convosco para ver se vos dava um empurrãozinho só a mudar o ângulo das coisas. 

Nem acredito que escrevi na internet algo que dê a entender que cheiro mal... enfim! 

Tomem uma fotografia minha em que estou muito bonita para ver se compenso (ignorem o facto de terem tido que me cortar a testa para parecer da espécie humana e também de parecer que tenho dois cotos em vez dos braços completos): 



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