11.23.2016

Escrever para não esquecer

Às vezes tenho medo de me esquecer. Já percebi, pela minha experiência de dois anos e tal da Isabel, que a maternidade teve momentos em que meti a quinta e acelerei e teve outros em que, apesar de termos ido em terceira, não me consigo lembrar com a nitidez com que gostaria. Digo muitas vezes, em conversa com o David, que devíamos apontar. Coisas pequenas, frases mal ditas, expressões divertidas, momentos ternurentos, palavras inventadas. Coisas como "ontem, ao adormecer a Luísa ao colo com shhhhh ela veio atrás de mim a adormecer o macaco com shhhhhh." Ou "eu sabo tudo, mãe." Ou "o mata de moscas". Ou, ainda esta semana: "mana, parece mesmo uma bola. E é!". Ou quando no carro, depois do pai lhe perguntar como se chamava o bebé dela, ter respondido "É o Silva!". Coisas nossas, pequeninas, sem interesse suficiente para as vir escarrapachar aqui no blogue. Não quero esquecer-me delas. Apesar de saber que este sentimento avassalador de descoberta, de amor, de paixão desmedida não se apagará, já não me lembro do cheiro exacto da Isabel quando era bebé e valem-me os vídeos para que me recorde do som baixinho da voz (que delicada era ela a chorar!). Os dois anos são uma fase que tem tanto de desafiante como de apaixonante e sinto que ela cresce de dia para dia. E com ela os medos do lobo mau (que pesadelo terrível que teve no outro dia, coitadinha), e com ela as frases tão bem construídas, e com ela uma paixão pela irmã que se sente a quilómetros. Uma satisfação gigante ao fazê-la rir. 

Escrever para não esquecer, é o que tenho de fazer. Aqui ou num caderninho.

Fotografia do evento da Igor

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Querem vir cá a casa este domingo?

É já domingo o Mercadito de Natal aqui na minha terra! Quero desafiar-vos a virem até cá. 

Eis o que proponho:

-  vão dar um pulinho até às Portas do Sol com os miúdos, ver a paisagem da Lezíria

- vão comer uma bela de uma carninha ou uns petiscos, já que temos restaurantes maravilhosos em Santarém (o Di Gusto, o Taberna Ó Balcão, o Tascá, o Dois Petiscos...)

- vão fazer umas comprinhas, fazer workshops e ver a animação do Mercadito de Natal de Mamãs, Bebés & Companhia (para saberem mais é aqui), na Casa do Campino. A entrada é apenas 1€ e reverte a favor da Liga Portuguesa contra o cancro.

- compram pampilhos (salivei só de escrever a palavra)

- vêm cá a casa tomar um chá.
(pronto, esta última se calhar é a brincar. Bebem o que vos apetecer. eheh)



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11.22.2016

Tenho uma bebé que não chora

Claro que chora. Se não chorasse até deveria ser mau sinal. Mas a verdade é que, passado o segundo mês de vida - em que a miúda teve dias em que chorava de manhã à noite sem que eu a conseguisse acalmar de forma alguma-, a Luísa praticamente não chora. Passam-se dias inteiros em que não a ouço chorar. Isto prende-se por duas razões, essencialmente:

- ela é uma bebé calma, tem uma paciência de santa para a irmã e dá-nos, por enquanto, uma enorme margem de manobra com horários, rotinas, etc

- não lhe dou grandes motivos para chorar. A ver se me consigo explicar bem. Consigo, desta vez, ter disponibilidade mental e física para estar perto dela e satisfazer as necessidades básicas sem que ela tenha que chegar a chorar. Consigo, desta vez, descortinar rapidamente se tem fome/sono ou que se se está a fartar de estar na cadeira, no chão ou no colo, pela forma como se expressa, pela ladaínha dela e pelos movimentos corporais. Quando não tenho a certeza, tento a mama, só depois avanço para outras frentes. Quando vejo que mamou bem mas está chateada, ou se mexer nos olhos, nas orelhas ou no cabelo, já sei que é sono. Sempre que posso, não a deixo chorar. Já sei que não morre se tiver de chorar um bocadinho, mas acho que o dia corre muito melhor se não for preciso deixá-la chegar ao ponto de chorar baba e ranho. 

Agora, há algo que me escapa completamente ao controlo e é aí que a ouço chorar como gente grande: quando viajamos de carro. Ui! Não estão bem a ver. Se está com sono e não adormece nos primeiros minutos, entra numa espiral em que parece que lhe estamos a arrancar os dedinhos. Ali sim, é lágrimas, gemidos, respirações fundas, ganha fôlego e recomeça. Chega a aguentar sessões de choro continuas de meia hora, se não houver estações de serviço onde possamos parar. É terrível! Mas, por mais que lhe dê brinquedos, ponha músicas ou fale com ela, não dá. Esperneia até que a tiremos de lá. Ainda bem que as viagens que faço com ela diariamente são curtinhas! 
Outra coisa em que começou agora a choramingar: com estranhos. Às vezes assusta-se tanto, mas tanto!... Bem, afinal até tenho uma bebé que chora.

Fotografia no evento da Igor
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