2.06.2016

Ai Carnaval, Carnaval...

Duas coisas que podiam desaparecer para sempre: a guerra no mundo e o carnaval. 

Vá, estou a brincar. Tenho de dizer isto ou ainda levo com um trio eléctrico em cima um dia destes.

Não sou foliona (é assim que se diz?, nem sei), não aprecio especialmente estes dias, não acho graça nenhuma a ver gente semi-nua a apanhar com chuva e frio (acho descabido) e na última vez que me mascarei devia estar com os copos porque não é mesmo a minha praia. Foi há uns 3 anos. Tentei convencer-me de que ia ser giro e que eu estava a ser uma careta. Consegui convencer o David a acompanhar-me e nem foi em troca de favores sexuais. Não sei o que lhe deu para ir na conversa (nós quando queremos conseguimos mesmo dar-lhes a volta, não é?)
Fui ao baile de Charlot e ele de Schwarzenegger ou Exterminador. Casal mais lindo. O Charlot aos beijos ao Exterminador. How sad?




Já não me mascarava há uns bons 16 anos. Quando era miúda gostava. Os meus pais não tinham dinheiro para andar a comprar máscaras todos os anos (não eram acessíveis, como são agora, e lá em casa não havia grande jeito para manualidades) e, por isso, mascarámo-nos umas 4 vezes do mesmo: eu de índia e o meu irmão de cowboy. Depois houve um ano em que trocámos. Sei que houve um ano em que me mascarei de nazarena ou de peixeira, não me lembro, e já mais crescida de cigana (era a maior fã de uma novela chamada Explode Coração, com o Igor, a Bianca...). Gostava dos balões de água (cheguei a mandar alguns do 6º andar...) e de andarmos todos a fugir uns dos outros.

O mais estranho desta minha antipatia para com o carnaval é o facto de adorar teatro. De já ter feito (teatro amador) e de adorar "mascarar-me" nessas situações. Levava aquilo mesmo a sério (uma vez fiz de velha e adorei o texto. Emocionei-me muito a fazer de mãe que perdia o filho na guerra e lembro-me bem do que tinha vestido). Mas carnaval... naaa. Só no Brasil, com umas caipirinhas e muito calor (já tive essa sorte e adorei, adorei). Não gosto de ser a tuga que monospreza as nossas "tradições", mas não consigo encaixar o carnaval, como ele é vivido por cá, nas minhas preferências.

Agora que tenho uma filha, vá, vou esforçar-me. Ainda não foi este ano. Este ano, foi com um vestido de princesa que saiu numa revista, três números acima do dela - mas eu dei um jeito de prender - e só me dei ao trabalho de lhe comprar uma coroa e uma varinha na H&M. 

Ficou feliz? Ficou. Isso é que interessa. Não quero ser a mãe chata que lhe corta o barato. Não custa nada esforçarmo-nos um bocadinho. Qualquer dia, até me mascaro eu!

2.05.2016

Queremos muito que vocês gostem!

Como algumas de vocês já devem saber: fomos convidadas para escrever um livro (e logo nos primeiros meses de existência - quando se tem potencial é assim, muahah). Ainda por cima por uma das minhas editoras preferidas (a sério que sempre foi, mas já explico porquê): a Marcador. Não sou pessoa de ler muito mas adoro livros (parece estúpido e é um bocadinho). Adoro o toque, o aspecto, o formato, os desenhos, o tipo de letra, a separação de uma linha para a outra, o relevo da capa, o cheiro... 

Compro imensos livros, sempre comprei. Sim, acho que tenho um problema mas, também, é só mais um. 

Adorámos a reunião e estamos a preparar tudo o melhor possível para que vocês gostem porque é muito esse o objectivo. 

Sala de Reuniões da Marcador

Que coisas não nos podemos esquecer de incluir no livro?

Quais os textos que mais gostaram até hoje?

Gostavam que incluíssemos comentários vossos aos textos?

Acham que devíamos incluir as fotografias que acompanham os posts?

Vão comprar o livro? Ahah Se calhar, esta é a pergunta mais importante, devia ter começado por aí.

Estamos muito entusiasmadas com o livro, apesar de não ser fácil reunir dois anos de tanto texto que para aqui vai, sendo que somos tão espectaculares (ah ah).

2.04.2016

Não ando a conseguir!!!

Agora sim. Estou grávida. Tenho muito, muito, muito sono. Ainda não tinha tido este sintoma, nesta gravidez. Mas é que tenho mesmo muito sono.

Tanto ao ponto de: 

- já ter adormecido a conduzir. Sim, tão grave quanto isso. Ia sozinha no carro, dei uma cabeçada, e nesse momento percebi que tinha de me deitar mais cedo nesse dia. Adormeci, já de pijama e dentes lavados, com a Isabel às 20h30. Dormi 12 horas nessa noite. E fiz sesta no dia seguinte. Era sábado.

- ter adormecido TODOS os dias desta semana a adormecê-la. Mas sem poder. Tinha muito trabalho ainda para fazer. Hoje, por exemplo. Acordei agora. E estou furiosa. Mesmo, mesmo chateada. Tudo o que eu ainda ia fazer hoje, fica em águas de bacalhau. E tinha mesmo, mesmo de lhe ter dado avanço. Ninguém morre, está tudo vivo, mas fico a sentir-me a pessoa mais incompetente à face da terra. 

- acordar, depois de 9 horas de sono, cheia de sono. Dantes, um banho resolvia. Agora nem isso. A minha obstetra liberou até dois cafés por dia, mas eu precisava de um balde para conseguir sobreviver.


Posto isto, das duas uma:

ou me adapto a este novo ciclo de necessidades e me transformo na pessoa mais produtiva ao cimo da terra, conseguindo tratar de tudo e produzir logo de manhã cedo. 

Ou tenho de contratar alguém que me acorde com chapadas na cara (ontem o David tentou acordar-me, depois de lhe ter pedido para o fazer, caso eu adormecesse, e eu virei bicho, como se ele fosse a pior pessoa à face da terra e acusei-o de estar a acordar a miúda - não me lembro de nada, estava ferrada).


Soluções, há? Estou mesmo com uma camada de nervos em cima. Já passa.