Já sabem que podem fazer-nos perguntas
aqui que vamos respondendo conforme coiso?
Esta foi a da Catarina, já há uns tempos, mas é assim a vida ;)
Creio que talvez a resposta mais interessante seria a da Joana Paixão Brás, porém, como a Catarina também falou de mim, vou achar-me digna de responder.
A Irene tinha dois pares de avós disponíveis para ficarem com ela, mas visto que, felizmente, tive a possibilidade de estar um ano sem vencimento achei que seria o melhor para todos. Foi um ano muito muito complicado para mim, confesso. Ficar um ano "em casa", focada 24h por dia na miúda...
Imaginem a licença de maternidade prolongada por mais um ano porque foi isso mesmo. Foi tão bom quanto cansativo e gratificante.
A família é muuuito importante, claro, mas a mãe e o pai, nos primeiros meses, ainda mais. Por ter amamentado em exclusivo até aos 6 meses em livre demanda e por acreditar que um bebé não pode ter horas para mamar, a logística de a deixar com alguém era demasiado complexa e, sinceramente, também não me apetecia. Continuo a amamentar, mas já há uns bons meses que não interfere com a rotina diária dela. Se a mãe não estiver, não está.
Agora já come de tudo, já não sofre por não haver maminha em casa e, por isso, foi tudo feito (e ainda está) no ritmo o mais natural possível por ser o ideal a nível de desenvolvimento emocional para ela, dizem.
Voltaria a fazer o mesmo.
Porque sinto que foi difícil por muitas adaptações que tiveram que haver da minha parte a este novo papel de ser mãe e, assim, foi tudo de enfiada. Tudo, claro que não. Muito, pronto.
Consegui conhecê-la melhor e a mim também...
Não quero entrar em pormenores porque sei o quanto tantas mães adorariam ter tido este privilégio e não quero deixar ninguém triste.
Não digo que tudo não corresse bem na mesma porque correria, mas adorei que tivesse sido assim e aproveitei TODOS os dias.
A Irene vai ficar com o pai em casa e com os avós quando ele não puder até fazer 2 anos e meio (Setembro), depois vai para a creche. Parece-me bem.
Um beijinho para todas as mães que podem e querem ficar em casa, para as que querem e não podem e para as que não querem e que vão para o "mundo real" mais cedo ;)
E obrigada, Patrícia, pela pergunta!