Acho que descobri o Santo Graal.
Percebi que um dos motivos pelo qual estar com a Irene me estava a azucrinar tanto - além de não conseguir ter tempo para mim - era não me "entregar" ao que estava a acontecer.
É um bocadinho aquele dizer do "Se não os consegues vencer, junta-te a eles". Melhor do que estar sempre a ser interrompida e a perder demasiado tempo na internet, é a diversão que podemos retirar daquilo que nos está a ser proposto, estando presentes.
Isto também traz a necessidade aguda de termos que dizer que não estamos disponíveis quando não estamos. E, li algures, uma coisa que podemos pôr em prática é haver "a hora da mãe ou a hora da brincadeira sozinha". Se virem bem, estamos a treinar skills importantíssimas também para eles (dependendo da idade, vá) e combinar-se que, nessa "hora", ter-se-á de respeitar o espaço de cada uma.
Tive uma professora na faculdade que instituiu uma hora de silêncio nos dias de fim-de-semana e, apesar de no início ser mais complicado, passaram todos a gozar muito esse momento. É impensável conseguir fazer isso com a Irene neste momento, sem lhe espetar um iPad pela goela abaixo, claro, mas poderá ser algo a pôr em prática daqui a um ano ou dois, vá.
Bom, já antes escrevi aqui sobre coisas que me apercebi que devia começar a fazer na minha vida para ser mais feliz, podem encontrá-las aqui. E isto é praticamente um sublinhado do que já escrevi, mas notei mesmo uma diferença gigante hoje e não queria deixar de partilhar convosco:
DESLIGUEM AS NOTIFICAÇÕES DO VOSSO WHATSAPP/REDES SOCIAIS DURANTE O DIA.
Já chegam as nossas próprias interrupções com os pensamentos a mil, a casa para tratar, o almoço para fazer. Não haverá nada de urgente no Whatsapp ou nas Redes Sociais. Controlemos nós quando é que deixamos que os outros "nos interrompam". E vão ver (eu vi hoje) a diferença que faz. Faz imensa, imensa.
Querem experimentar e depois dizem algo?