12.08.2017

Pedido de desculpas à mãe que nos convidou para o aniversário da filha

Há cerca de um mês e meio, talvez, recebemos um convite para o aniversário de uma coleguinha da creche da Luísa. Achei engraçado, pensei que era muito simpático, levei o convite para casa e... Nunca mais me lembrei dele.
Nem dele, nem na data, nem de responder.
Eu ficaria zangada ou triste se as pessoas não se dignassem a responder ao meu convite para um aniversário. Com um não ou com um sim, o mínimo é haver uma mensagem, uma chamada, algo a agradecer. Parece-me óbvio que a boa educação assim o dite. Boa educação ou só um bocadinho de sensibilidade.

No entanto, eu não as tive. Nunca mais me ocorreu. Isso não faz de mim má pessoa, faz de mim uma pessoa que falha. Eu não sei se não teria ficado fula com alguém que não se desse ao trabalho de sequer responder, mas a verdade é que, nesta vida corrida e tão cheia de tudo, às vezes podemos esquecer-nos. Não invalida que saibamos pedir desculpa.

E vocês? Como reagiriam?



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12.07.2017

Carta de um pai para a filha

"Lembro-me de ti…
Lembro os nossos momentos em frente ao espelho quando te enrolava metodicamente o cabelo, o teu olhar vaidoso quando te dizia que nunca tinha visto ninguém tão bonito;
Lembro quanto te vesti o macacão colorido comprado na zara, pedi para rodares e tu rodopiaste;
Lembro as nossas boleias, surfadas atabalhoadamente nas ondas da Cabana do Pescador;
Lembro quando te aconchega à noite;
Lembro as horas infindáveis e os passeios no quarto quanto te socorria as cólicas nocturnas, deitava-te sobre o meu braço, tão pequena que eras;
Lembro-me do teu choro;
Lembro-me das tuas gargalhadas, do teu olhar feliz;
Lembro-me quando dançavas, trémula ao início, com aquele olhar do tipo… sou linda?;
Lembro-me quando cantavas, quando todos os meus sentidos se guardavam para ti;
Lembro-me de chorar e de rir com as tuas conquistas;
Lembro os teus beijos, os teus abraços e quando dizias gosto muito de ti;
Lembro quando deitavas a cabeça no meu colo, e o quanto isso me apaziguava;
Lembro-me de pensar que iria sempre lembrar todos os nossos momentos juntos;
Lembra-me para nunca esquecer o que é tão bom lembrar!"

Pai.


Obrigada, pai. 
Lembrar-te-ei para nunca esqueceres o que é bom lembrar. Lembrar-te-ei para que me contes sempre todas as histórias e todas as emoções. E para que as vivamos sempre, mais uma vez.

Agora, já com filhas, sei - sei na pele, nos olhos, no corpo todo - do que te queres lembrar. Para sempre. E vejo-me nelas, há 30 anos, no teu colo. É como voltar a ele. Voltar a nós. 

Só comprei roupa para ela!

Há várias coisas que "me vão acontecendo" ao longo da vida que, se me contassem há uns anos, ter-me-ia rido tanto, mas tanto que me ficaria a doer o meu uni-abdominal. Se me dissessem há 6 anos que me iria casar e ser mãe, nem imaginam a gargalhada. Provavelmente até teria feito stand-up sobre isso e teria feito um espectáculo de duas ou três horas (as if I could). 

Outra era que tinha recebido um cartão-presente para gastar na C&A, uma loja que tem imensa roupa gira para mim e para a Irene (com acessórios incluídos - coisas que parecem nunca "ser demais") e ter gasto tudo nela. Entrei na loja, fisguei logo uma camisola para mim (uma branca com pêlo que imaginei logo com um baton vermelho e tal e tal) mas, de resto, tive vontade de comprar tudo o que vi na secção dela. E ela também.

Fui com ela. Quero envolvê-la na escolha das roupas. Já vos contei que, por mim, é a Irene quem escolhe a roupa dela (para evitar birras, selecciono três opções e, a partir daí, é ela quem escolhe o que vestir - para mim faz-me mais sentido assim e ela fica vaidosa) e ver tanta coisa da Minnie, do Mickey, do Frozen (ela não viu o filme, mas como tem amigas com roupas de lá, associa), dos Minions, da Patrulha Pata, dos Carrros, Homem Aranha (a Irene adora o spider man, não sei porquê)... deu-nos imensa pica para comprarmos roupa juntas. Isto, claro, intercalado com a Irene andar a brincar às escondidas entre os cabides e de alguns mini ataques de pânico da minha parte. 

Para mim, as regras para a roupa dela são: serem confortáveis, adaptadas à estação (não à de Santa Apolónia... - ai que boa piada que esta foi) e que ela goste. 


 

 
Estas foram algumas das nossas escolhas. Inicialmente tive vontade de ir sozinha, para ver as roupas com calma para ser um "momento meu", mas depois achei que é divertido ela estar envolvida na escolha da roupa dela porque, no futuro, é isso que vai acontecer. E, se ela participar já no processo de decisão, ser-lhe-á tudo mais natural e provavelmente não andará como a mãe aos 31 anos a batalhar sobre "que estilo é o meu". Ela vai saber. 

 
Neste caso é simples. Na C&A é tudo acessível e, por isso, aquela coisa extra a caminho da caixa também pode ir e estamos a comprar roupa necessária mas, também, coisas que a fazem feliz todos os dias de manhã quando calha ser "aquela peça que ela escolheu". Escolheu as calças pretas por serem quentinhas e parecerem neve, escolheu o vestido da Hello Kitty porque a Sara (educadora que tem uma viola com uma Hello Kitty) vai gostar, escolheu a camisola azul porque tem as lantejolas reversíveis e tem a Hello Kitty ou um pinguim. 

 
Às vezes, por ser a Irene a escolher o que veste e combina, quando a levo à escola, tenho um bocadinho de inveja pelas amiguinhas delas estarem tão bonitas, com conjuntos lindíssimos, betinhos, cores pastel, prontas para irem a "qualquer lado" mas, para mim, esta vaidade dela compensa. Mesmo quando vai com calças com estrelas, casaco com flores e camisola às riscas. 

Para já, é assim que estamos.

Vocês envolvem-nos nas vossas compras ou preferem ter o vosso "momento de compras" sozinhas, como se fosse um momento spa? 


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