2.27.2017

Síndrome do ninho vazio. Já?

As mães têm um bocadinho de esquizofrenia. Ora estão desejosas de ter umas horas para si, sem terem de fazer todos os dias jantares e dar banhos, sair da rotina, ora, quando esse momento chega, ficam com uma espécie de síndrome do ninho vazio (que se aplica, claro, quando os filhos saem de casa para irem viver noutras, para estudar, trabalhar, casar, viver com o(a) namorado(a), sendo um sofrimento relacionado com a perda do papel da função de pai/mãe). 

Eu tenho este síndrome em doses pequeninas quando a minha filha de dois anos passa dois dias com os avós, tias e primas. Tenho saudades, pronto. Sinto a casa vazia, fico a pensar "se a Isabel estivesse aqui, não podia fazer este jantar", imagino-a a dançar na cozinha e a esmigalhar a irmã com beijos ou com umas bordoadas que às vezes lhe escapam das mãos, para de seguida pedir desculpa. Toda essa dinâmica já faz parte dos meus dias. Aposto que até a Luísa, com 9 meses, sente falta da irmã. Com esta mesma idade, estava eu e o David a caminho de Praga para 3 dias sem a Isabel e agora eu não me imagino a fazer o mesmo. Na verdade, gostámos imenso da cidade, mas ao fim de um dia já andávamos loucos cheios de saudades da miúda. Por isso, aquela coisa do "faz-nos bem tirar um tempo para nós" nem sempre se aplica e não se aplica definitivamente a todas as famílias. Cada uma terá o seu timing para dar esse passo.

Mas continuo a defender que lhe faz bem a ela. Que é bom criar estes laços com as primas, com os avós, brincar no campo, fazer bolos, ir à piscina, ir ver os animais, ter experiências diferentes com outras pessoas, para ir aprendendo, devagarinho, a ter de lidar com o facto de nem sempre estarmos por perto, criando outras defesas e alargando o leque de vínculos com outros adultos. Ainda não consegui deixá-la uma semana, mas assim dois, três dias, já consigo. E vem feliz. Cheia de coisas para contar. Vem mais crescida. E eu fico com o coração (ainda mais) a transbordar e pronta a matar todas as saudades.

A Isabel chega hoje. E eu mal posso esperar.


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A Mãe não veste Prada - #02

Aproveitámos um raro momento de calma no fim-de-semana e fomos à varanda de casa dos sogros, em Évora, tirar umas fotografias. 

Faz de conta que até foi o David quem sugeriu "minha Rainha, e que tal se imortalizássemos essa tua beleza inimitável numas fotografias que eu adoraria tirar? Perco-me em cada curva desse teu corpo e nesse sorris...". Não, não é convincente. 

Faz de conta que ele me respondeu com um "Até me arrepiei todo! Era mesmo isso que eu estava a pensar fazer, Joana, querida, bem melhor do que ver a minha série preferida". 

Esqueçam. Foi (é, quase sempre) arrancado a ferros, ao fim de dois ou três disparos já está a dizer que está bom (conhecem o género?), mas depois até gosta de ver o resultado final! Eu cá gosto de ser fotografada. :)

<3 Moço d'ouro este mê David. 
[psssssssit elogiem-no muito para ver se o hóme começa a fazer disto um hobby, pá ;)]


Olha que sítio confortável para me sentar! Metade do rabo fica a pender para o lado de fora e até podia ser que se quisesse suicidar, que eu agradecia, mas diz que só vai com o restante.









Estou a fechar tanto os olhinhos que mais um bocadinho e adormecia.
O hóme a dar-lhe com as fotos artísticas. Gostei.
Toda contente porque esta saia ficou por 8 euros numa loja a que não ia há anos (mas que a que gostei muito de voltar)

Acho que esta é a minha fotografia preferida.

Adoro aquele detalhe da blusa (e casa tão bem com as ramagens no padrão do casaco)

A saia tem uma cor giríssima mas pouco convencional, é um salmão-dourado lindo <3

A fingir que não quero mais ser fotografada.

Saia e casaco - Promod (saldos)
Top - Promod (nova colecção)
Ténis - Zara


Vejam aqui o look da semana passada:
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2.26.2017

Como assim "fraldas, não!"?

Sabem quando nos enervamos quando estamos num momento em que queremos que a criatura se acalme e há sempre alguém que nem se lembra que são horas de ir dormir e acha que aquele é o momento adequado para fazer corridas ou lhe dar uma prenda? 

Esse alguém fui eu na sexta-feira. Parecemos todas prós e infalíveis a quem costumamos "sugerir coisas" mas depois, sem ninguém saber (no meu caso agora toda a gente fica a saber - menos o meu marido que ele não lê o blog, diz ele) cometemos esses erros também?

Na sexta-feira, com a Irene extremamente cansada do Carnaval da escola (onde não houve lugar para sesta e, portanto, fui buscá-la drasticamente mais cedo), mostrei-lhe que lhe tinha comprado três pares de cuecas giras. Era só isso. Queria só ter as cuecas para quando fosse apropriado para ela experimentar. Não foi para pressionar, não foi para negociar, não foi mesmo. Eu dir-vos-ia. Ao Frederico talvez não, mas a vocês diria. 

Cheia de sono saiu-lhe algo como uma birra enorme para vestir as cuecas e aí pus as mãos à cabeça: "toda a gente diz que é um processo que quando se começa, não se pode voltar atrás", "é inverno e quando ela fizer xixi pelas pernas abaixo vai ser mais complicado", "ela odeia a sanita", "ela só faz cocó na fralda nunca aceita sanita", ... 

Depois pensei: "ela quer, Joana!". Péssimo timing, claro, mas assim foi. Desde sexta-feira que a Irene a par de estar novamente com uma virose qualquer (deitei-a agora com uns 38º) está a experimentar o que é ter o pipi menos almofadado. Estou toda contente por agora ela ter aquilo mais ao ar. Sempre me meteu um pouco de impressão o possível micro-clima das fraldas. Blergh.

Imagem We Heart It


Como tem um alergia qualquer à sanita, pus o penico (o Frederico e a minha sogra odeiam "penico" e dizem "bacio", vocês também?) na sala e sugeri que ela se despisse sozinha para fazer xixi quando quisesse para eu não estar sempre a martirizá-la para fazer xixi. Ficando, claro, calmamente em pânico por ela poder estar a segurar o xixi por algum motivo e ficar com uma infecção urinária. É uma maravilha a minha cabeça, não é? 

Correu bem a primeira e a segunda. A terceira nem por isso, mas sem ralhetes. "Não faz mal" - dizia ela. 

Não, filha. Não faz. Claro que não faz. A nossa vizinha tem é de ter o fato do Marshall de volta sem xixi, mas a mãe trata disso (sorry, Ana <3).

Dorme com fralda à noite, dorme com fralda à tarde. E agora estou para ver com vai ser na escola com tantas distracções. Segui o timing dela (com uma oferta inesperada de roupa interior à mistura, é verdade). Vamos ver como corre. 

Fala-se muito dos bitaites da malta em relação à amamentação e ao desmame, mas olhem que com as fraldas é a mesma coisa. A miúda faz 3 anos em breve e desde o primeiro ano que sinto pressão de todos os lados apesar da minha crença ser "ninguém vai de fraldas para a faculdade" (a não ser se calhar aquelas universidades geriátricas, aí acho que há quem vá e agradece-se). 

Agora... se adoro vê-la de cuecas? E aqueles rabinhos de quem já se acha pessoa? 

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