12.12.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#06)

Sejam bem-vindos a mais um post sobre livros em que vos digo mais ou menos qual foi o feedback da moça e também o meu para não parecerem aqueles velhotes em frente às revistas a folhear demasiado tempo. Ao ponto d'A Cristina já envolver revistas em plástico, senhores! 

Claro que a idade recomendada dos livros é importante, mas tudo depende do "enquadramento". Este livro achei muito giro para responder a algumas curiosidades da Irene. Ela já me tinha perguntado o que era o cocó e eu expliquei-lhe que era comida antiga, assim pude mostrar o que se passa dentro do nosso corpo. 

Além disso, explica como apanhamos doenças, a importância da fruta, o que é o esqueleto... Não estou a tentar dar-lhe um avanço em Ciências da Natureza para responder oxiemoglobina quando a professora perguntar como se chama à hemoglobina quando transporta oxigénio dos alvéolos pulmonares (vá, venha lá daí a bitch de "ciências" para me mostrar que falhei algures :)). É mesmo para satisfazer a curiosidade dela e também porque gosto muito destas coisas, sim. 

E é um livro que fica, além de mostrar tudo o que disse acima e muito mais de uma forma extremamente criativa. Não é apenas uma indexação de conhecimentos escritos na segunda pessoa do singular. Preocuparam-se mesmo que isto fosse interessante. Ahhh! A nossa parte preferida foi quando vimos o bebé a crescer na barriga da menina até ser um rapaz ou uma rapariga. 

É um bom auxiliar para lhe explicar coisas! Agora diz que quer ter um bebé na barriga, mas daí a ter... espero que ela pelo menos largue as fraldas. Não é sexy no momento, digo eu. Nunca experimentei, um dia experimento, mas talvez use as activity que têm uns desenhos mais femininos e têm menos volume e não fica a parecer que tenho um pipi gordinho (estou a tratar disso - acho eu). 

O livro é giro e vale a pena e fica para todas as restantes perguntas! Menos, talvez, a da: "porque é que a minha mãe está nua de fralda no quarto e a dançar ao som de Fever?". 



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12.11.2016

Foi a nossa primeira vez.

Espero bem que as vossas mentes não tenham ido para badalhoquices. A minha não foi (muahah) Querem saber o que aconteceu? A escola da Irene levou os miúdos ver a peça d'O Gato das Botas. Estava com algum receio porque a peça ainda não era bem para a idade dela e noto (além da educadora também dizer) que ela é sensível. Chora quando choram, fica preocupada, etc. Empática... vejo isto como sendo positivo. Tive algum receio da peça por não a ter visto e pela sinopse ter coisas negativas que não sabia bem como é que elas iriam ser representadas. Seja como for, foi. Foi de carrinha com os amigos, ao teatro com os amigos e ADOROU. 

Disse-nos a educadora que ela só chorou por ter acabado e que queria mais. Tornou-se claro que tínhamos de começar a ir ao teatro juntos. E fomos. Fomos ver (vi no Pumpkin) as peças de teatro e escolhemos O Pinheirinho de Natal

Além de termos adorado conhecer o jardim do Museu Nacional de Teatro e Dança, o texto da peça, a representação foram muito agradáveis. 

Foi uma manhã diferente em que todos nos divertimos e rimos. É para repetir. Parabéns à equipa!! 

























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Estou tão decidida.

Estou. Esta semana continuo a estar. Não gosto de ter decisões a pairarem na minha cabeça. Odeio os "logo se vê" e o "vai correr tudo bem". Prefiro "cortar o mal pela raíz", mesmo que isso implique que mais tarde tenha de admitir perante tudo e todos que mudei de ideias. A diferença? O intervalo. No entretanto, se me decidir (ou se achar que decidi) consigo tomar umas tantas outras decisões que estariam dependentes dessa. 

Neste momento ando inclinada para não ter um segundo filho, tal como escrevi aqui. Digo inclinada mas, aos poucos, estou a acostumar-me à ideia. Porém, quando é o Frederico a dizer que, por ele, também não teria outro, fico triste e até zangada (vocês percebem?). 

É pouco provável que venha a ter. Se vier, logo se vê, mas até lá tenho visto a minha vida como apenas mãe da Irene e parece-me tudo mais resolvido menos confuso para mim, deixando-me mais feliz. Se gostava de estar grávida outra vez? Neste momento só me lembro da parte má. Se gostava de ser mãe de um recém nascido outra vez? Neste momento só me lembro da parte "má". Já devo ter feito as pazes comigo por causa do parto e dos primeiros meses e já não sinto tão urgentemente a necessidade de me mostrar que sou capaz de fazer diferente e melhor. 

Vejo a Irene a ficar cada vez mais mágica e profunda e não me apetece adicionar mais "ruído" (também literalmente que os meus bebés não são como os da outra Joana que parece que choram com algodão na boca). 




Tenho ouvido argumentos parvos (a meu ver) e outros nem tanto para ter um segundo filho mas, para já, nenhum me parece interessar. Especialmente o "é sempre melhor ter um irmão para não ter de lidar com o meu funeral quando acontecer".  

Por esta minha (não) decisão vou emprestar tudo o que era da Irene a uma amiga que está grávida. Além de me desopilar a arrecadação, sempre ajudo uma amiga a não cometer suicídio financeiro por comprarmos milhares de coisas desnecessárias só por as associarmos a maternidade: lá vai ovo e isofix, lá vai carrinho e cadeira, lá vai trocador e cadeira de alimentação, espreguiçadeira, parque, etc... (mãe, as coisas têm um v de volta, caso seja "necessário", não faças essa cara). 



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