1.19.2016

Isto é serviço público!

Quando vou às compras ao supermercado, há sítios que TENHO MESMO DE EVITAR. Ali a zona da Zippy, os livros infantis e a Well's. No carrinho acabam sempre por misturar-se a pescada e um fofo e um casaquinho (que fazem sempre falta... vocês percebem-me?), o pão quente e soro, numa enorme orgia. Se a Isabel for no carrinho então, é possível que o jantar fique logo pronto, cozinhado com os pés (às tantas até sai alguma coisa melhor do que as que eu faço).



Mas até agora tem corrido lindamente ir em família às compras. A Isabel porta-se bem, gosta de ir, ajuda a pôr as compras no carro e depois na passadeira e nos sacos e ainda não está naquela fase das birras. Até gosto. Se tiver descontinhos em cartão então fico toda contente. Desde que engravidei da Isabel que fiquei uma maluquinha por descontos e promoções.

E há uma campanha imperdível a decorrer agora - até dia 7 de fevereiro - a Campanha Especial Bebé, com promoções muito, muito boas. Chuchas, biberons, papas Holle (as primeiras que a Isabel comeu), soro, água do mar, termómetros, cremes, discos de amamentação... a oferta é enorme, nas melhores marcas, e até 25% de desconto em Cartão Continente.




Esta gente pensa em tudo e também decidiram mimar as recém-mamãs, com 30% de desconto em Cartão Continente nos centros de estética, em drenagens e massagens e essas coisinhas que todas nós merecemos!

Há ainda uma ideia brutal que eu desconhecia totalmente e que me vai dar um jeitaço com a bebé número 2, que é a "Lista de Nascimento” para que a família e amigos me possam oferecer os meus produtos preferidos.

E, só para terminar, uma dica mesmo boa, caso tenham filhos que viram pequenos demos nas compras, que adoram limpar o chão e esfregar ranho nas prateleiras, se comprarem online ainda acumulam mais 10% de desconto em cartão.

É consultarem o folheto Especial Bebé, aqui.


Isto para mim é Serviço Público: poupar nas coisas que temos sempre que comprar. Também são das que andam sempre à caça das promoções e de folhetos nas malas? Eu não era nada assim, mas desde que fui mãe, mudei.


*post escrito em parceira com a agência de comunicação

O novo look da Isabel

Já ando, desde a altura em que lhe fiz franja, a pensar dar-lhe um grande corte de cabelo, como aqueles que eu usava quando tinha a idade dela.



(19 de junho de 1988, no dia em que fiz dois anos, o dia do meu baptismo)


E lá fomos nós ao cabeleireiro, todas contentes. Portou-se muito bem (menos na parte de vir embora e vestir o casaco) e saiu de lá sem uns bons centímetros de cabelo. Gosto tanto de a ver assim! Mesmo, mesmo.
Contra: não consigo fazer-lhe totós, que tanto ela me pedia. Paciência, lá para o verão já deve dar outra vez.
Contra: o David ter dito que parece a Beatriz Costa.
Para mim é a minha Belle:



1.18.2016

Como lido com as birras?

Sim, "a procissão ainda vai no adro". 
Sim, "vai piorar". 
Sim, "ainda vou morder a língua".
Sim, "tenho de esperar pelos dois anos. E pelos três."
Sim, "vou ver como elas mordem quando vier a irmã."

Sim, admito que ainda não sei nada. Sei pouco. Que cada criança é uma criança. Que cada um gere as crises familiares à sua maneira, de acordo com o que sabe e acha melhor. Mas, assumindo que não tenho experiência nenhuma com uma criança de dois anos e três anos (só tenho a experiência de uma criança de 22 meses), posso dizer-vos como lido com as birras da Isabel.




Não a ignoro.
Não grito.
Não desato à gargalhada. 
Não fico em pânico.
Não fico envergonhada.
Não lhe bato.
Não a imito, a gozar.
Não a ameaço.
Não faço birra.
Não lhe digo que ela é feia, nem má, nem um terror, nem que está impossível.
Não a ponho de castigo.

Respeito-a. Encaro como uma fase normal. Dura, difícil para nós, mas principalmente para eles. Para mim, fazer birras é bom sinal. É um sinal saudável de que ela tem emoções, vontades e necessidades. Está a desenvolver a sua personalidade e não sabe expressar-se de outra forma. O único entrave às vontades dela está a ser colocado pela mãe ou pelo pai. Mandar-se para o chão, chorar, tentar bater, mandar coisas para o chão está a ser a forma - a única que ela conhece - de expressar o seu desagrado. Não é nada contra mim nem contra o pai. É a frustração a falar mais alto. 

Falo com ela de forma calma.
Ponho-me ao nível dela. 
Às vezes dou-lhe festinhas.
Às vezes isso enerva-a mais e eu paro.
Digo-lhe que vai passar.
Tento abraçá-la.
Não lhe faço a vontade. 
Converso com ela. Explico.
Tento desviar-lhe a atenção para outra coisa.

"Filha, não podemos ficar mais a brincar no parque, está a ficar frio. Se apanhamos frio, ficamos com dói-dói e atchim. Em casa, podemos encher a piscina de bolas! Fazer uma chuva de bolas. Também vai ser divertido."
Passou. Às vezes não explico minuciosamente. Digo que não pode ser, mas tento logo canalizar a atenção dela para outra coisa. 
Não ganho nada em alimentar a frustração dela. Se gritar com ela, estou a deitar achas na fogueira. Se bater, estou a destabilizá-la ainda mais. E o que eu quero? Que a estabilidade volte. Que ela se acalme. 

Há quem diga que não temos de explicar tudo. Que "não é não". Mas, para mim, isso é pouco normalmente. Não quero que me veja como autoritária. Quero conquistá-la. Quero que confie em mim. Geralmente dou-lhe exemplos e modelos, que ela, devagarinho, vai compreendendo. Não queres vestir o casaco? A mãe tem um vestido, o pai também e até podemos vestir um ao cão. Tem de ser. Chora um bocadinho, às vezes não chora, às vezes tenho de forçá-la a vestir-se, mas passa. Acaba por passar.

No outro dia, perante uma birra da Isabel no cabeleireiro, uma mãe disse-me "ui, a minha comigo não faz farinha". A minha faz. Espero que faça pão, até. Não lhe faço as vontades, não volto com a palavra atrás, mas tento ser paciente. Não ganho nada em ser agressiva. Eles são o reflexo do que vêem e do que sentem. Não vamos juntar à árdua tarefa de crescer os nossos stresses. Nós temos o dever, enquanto adultos, de tentar controlar os nossos nervos. Eles não, estão a aprender a gerir tudo.

Sim, muito provavelmente vai piorar. Sim, muito provavelmente vou morder a língua. Sim, vou descontrolar-me algumas vezes, sou humana. Mas, para já, é assim que tem sido. E, até agora, tem resultado com a Isabel.

Coragem!