11.07.2015

Longe da vista, perto do coração

Esta expressão deve ter sido inventada por uma mãe. Ou por um pai. Quando estamos longe do ar que se respira, da força que bombeia o sangue pelo nosso corpo, do sorriso que nos alimenta a alma... parece que o amor pelos nossos filhos ainda se entranha mais no nosso coração. Ainda cresce mais. Como se isso fosse possível. A garganta fica seca, os olhos enchem-se de água salgada com mais facilidade e o coração bate mais acelerado. A palavra saudade tem poucas letras para um sentimento tão grande.

Não tenho sido uma mãe presente. Não nas últimas semanas. Deitei a minha filha uma única vez numa semana. Fui sempre espreitá-la ao quarto, em pezinhos de lã, mas desejosa, ao mesmo tempo, que me sentisse. Que soubesse que eu estava ali e que podia dormir profundamente. Que a mãe já ali estava, pronta a afastar os lobos dos sonhos. Chamou por mim todas as noites e eu, ao contrário do habitual, levantei-me prontamente e com um misto de felicidade por termos aquele encontro nocturno. Senti-la nos meus braços. Ver um sorriso - ou imaginá-lo - depois de balbuciar a palavra "mamã" e de se entregar ao calor do meu abraço. Senti-la a respirar fundo, com as festas que lhe fazia no cabelo e nas costas. Vê-la voltar a adormecer, descansada, ao chegar ao porto de abrigo. Ela tem sentido a minha falta. E eu a dela. Tanta, tanta, que me caem lágrimas ao escrever estas palavras.

É assim a vida. São assim os dias que correm e que escapam, como areia, por entre os dedos. Não foi sempre assim, não há-de ser sempre assim. A normalidade vai ser reposta.

Hoje, pai e filha rumaram a Évora. Já que eu ia estar a trabalhar, foram visitar os avós. Cheguei agora a casa e estou sentada no sofá, com o portátil no colo. Encomendei uma Pizza. Vou passar a noite sozinha, mas pedi-lhes que voltassem logo de manhãzinha. Vou aproveitar para descansar, dormir a noite toda, repôr energias e amanhã, amanhã será o dia mais feliz das nossas vidas. Vou fazer por isso. Todos os dias deviam ser os dias mais felizes das nossas vidas, alguns não o são, apesar dos nossos filhos merecerem. 

Hoje o meu coração é da minha filha, mas está também com todos os pais que, pelos mais variados motivos, estão longe dos filhos. Nem consigo imaginar as saudades que para aí vão e tão mais dolorosas que as minhas. Estamos juntos.

Às cavalitas do avô, que levou a neta, pela primeira vez, ao Cromeleque dos Almendres (devia estar felicíssimo!)

Coisa mais fofa da sua mãe <3


Batatinha da mãe.
* Obrigada David, por teres teres tirado estas fotos tão bonitas da nossa filha. Senti que estava aí, perto dela. Perto de vocês.

Como se limpa esta trampa?

Confesso que sempre me meteu alguma espécie estes bonecos com um buraquinho para o banho dos miúdos. Não obstante, a Irene tem vários. 



De quando em vez, sempre que me lembrava, espremia-os bem para sair a água toda mas, no outro dia, quando espremi começaram a sair coisas que não estava à espera... sujidade com textura, digamos assim.

Na prática não são estes bonecos um acumular de nojices? Como podemos tratar deles? Ou é por isso que são baratos? Para irmos trocando todos os meses? Blergh!

Eu, quando era pequenina, tinha uns bonecos que tinham vindo num bolo de aniversário (entre outros). Lembro-me da Branca de Neve. E ela não tinha buraco nenhum (que se visse... heheh). 

Quem ler este post é um ovo podre

Mesmo com este título abriram?! 

Então mas e com este dia maravilhoso perdem tempo a vir ler o "a mãe é que sabe"? Vão mas é engolir vitamina D, passeiem muito, namorem, beijem, comam um gelado ou castanhas assadas - ou cozidas ou como gostarem mais -, dêem puns e gargalhadas, curtam este dia abençoado e... pisguem-se daqui!


Vou fazer o mesmo. Pisgar-me daqui. No meu caso, tenho de ir dar o corpo ao manifesto (reportagens para a Sic). Logo à noite estou de volta!

Mais mães que estejam a trabalhar hoje e com uma neura daquelas? Rrrrrrrrrrrr