11.07.2015

Quem ler este post é um ovo podre

Mesmo com este título abriram?! 

Então mas e com este dia maravilhoso perdem tempo a vir ler o "a mãe é que sabe"? Vão mas é engolir vitamina D, passeiem muito, namorem, beijem, comam um gelado ou castanhas assadas - ou cozidas ou como gostarem mais -, dêem puns e gargalhadas, curtam este dia abençoado e... pisguem-se daqui!


Vou fazer o mesmo. Pisgar-me daqui. No meu caso, tenho de ir dar o corpo ao manifesto (reportagens para a Sic). Logo à noite estou de volta!

Mais mães que estejam a trabalhar hoje e com uma neura daquelas? Rrrrrrrrrrrr

11.06.2015

Quero que sejas boa aluna, mas...

Tenho esta mania de te escrever coisas importantes, como se não fosse cá estar para tas dizer. Que disparate! Mas a verdade é que enquanto escrevo, os meus desejos florescem ainda com mais vigor dentro de mim. Fico ainda mais apaixonada. Sinto as coisas ainda mais.

Tenho pensado muito nisto. Naquilo que eu quero que tu sejas na escola e na vida. Feliz, um cliché. Quero que sejas tu mesma, outro cliché, que soa a reality show. O que tu vais ser já está em construção e isso tem tanto de bonito como de assustador. Quero puxar por ti, desafiar-te, mas dar-te espaço e tempo.

Quero que sejas boa aluna.

Para mim isso não equivale a ter cincos, nem “Satisfaz Plenamente” (estou tão desactualizada que nem sei se ainda são estas as notas que vêm a vermelho nas fichas de avaliação).

Equivale a seres curiosa, astuta, a não teres medo de perguntar, nem de falhar, a seres boa colega, a saberes partilhar o que de melhor tens com os outros e a guardar em ti o que os outros têm para te ensinar. Exigente, mas q.b. 

Eu sempre fui boa aluna, adorava a escola, mas acho que, infelizmente, era demasiado obcecada com os resultados. Chorava quando não tinha 5. Ou 19. Cheguei a chorar por não ter tido 20, é verdade. Queria ser melhor. Apesar de ter em casa pais exigentes e dedicados a nós, nunca, nunca senti que partisse deles esta cobrança para com os resultados, pelo contrário. Eu é que sempre pus a fasquia demasiado alta e ficava frustrada, em vez de ficar tranquila por ter dado o meu melhor. De resto, acho que aproveitei a vida: corri, fiz amigos, namorei, viajei com a escola, envolvi-me em projectos, fiz desporto, teatro, cantei, aprendi guitarra. Faltou-me ser menos dura comigo. Ainda estou a aprender a controlar essa exigência desmedida, a saber relativizar. A sentir a consciência tranquila, quando me esforço, quando me dou, quando me entrego. O resto é o resto. E a vida não é o resto. É a soma das coisas importantes, dos afectos, dos sorrisos, das conquistas, pequenas ou grandes,


Quero que sejas simples dentro da tua complexidade. Que sejas leve. Que não faças uma tempestade num copo de água. Que vejas o lado bom das coisas. Feliz. Desejo que o consigas ser, minha filha, meu tudo.

Já dá para jogar às escondidas!

Finalmente!!


Não que tenha tido uma filha só para jogar às escondidas com ela, mas quase. Agora é quando sei que tenho mesmo jeito para crianças. Lembro-me perfeitamente desta idade do meu irmão e de todas as nossas brincadeiras. Sou daquelas mães mais palhaças que fica com o rabo de fora do pijama da Barbie (sim, tenho um haha) a esconder-se atrás da mesa de apoio da sala, ou entre o sofá e a janela.

A Irene já percebeu o conceito de ter que esperar lá fora até a mãe perguntar "onde está a mamã?" e depois ter que entrar e procurar. Parvamente (ehehe) procura sempre no último sítio onde me escondi como se a mãe não coubesse em mais lado algum. Mas lá vai ela com os seu pezinhos a fazerem aquele barulho dos anti-derrapantes no chão e eu vou ouvindo (umas vezes mais escondida que outras). Encontra-me e diz "mamã!!!". Depois vai a correr lá para fora outra vez. E, claro, já sabem como é, não se cansa. 

Esta é uma das brincadeiras que só me surgiu por andar mais sôfrega para aproveitar o tempo que passamos juntas agora que voltei a trabalhar. Na volta, até já dava para brincar há uns meses. 

Seja como for, fica aqui a ideia para quem ainda não tenha experimentado e... digo-vos já: não sei quem se diverte mais. Se eu, ela ou o pai por me ver a mim a rebolar de um lado para o outro com o rabo de fora e a miúda toda contente por me encontrar. 


Nota: Claro que já tentei que fosse ela a esconder-se, mas não resultou. Para isso ainda é cedo. Vou esperar que ingresse no Técnico ou assim.