8.29.2015

Sem a minha filha.

Vou estar dois dias e meio sem a minha filha. Depois da pneumonia, em dezembro do ano passado, nunca mais dormi uma noite sem ela. Antes de ficar doente, tinha ido com o pai dela 3 dias (dois dias e meio, para ser mais precisa) a Praga e ficou com a avó Tatá. O primeiro dia foi pacífico, namorámos muito, soube-me bem estar a dois, sem preocupações de horários. Mas à noite já me estava a faltar qualquer coisa. Qualquer coisa não. Estava a faltar-me tudo. No segundo dia, o FaceTime ajudou-nos a matar saudades. Ao jantar já estávamos loucos de saudades. Ao terceiro dia já só falávamos dela. O tempo todo. Já contávamos as horas para a ver. Dizíamos que dois dias é o máximo que um coração aguenta sem a nossa pirralha. Quando a vi, chorei muito. Estava com febre há umas horas. Aninhou-se no meu colo e a respiração estava muito estranha. Senti-me a pior mãe do mundo. Culpei-me por tudo. Fomos ao hospital e por lá ficámos não sei quantos dias. Depois tentei pensar de forma racional. Mesmo que tivesse ficado cá, também só iria com ela ao hospital depois de ter febre. Vim a tempo. 
Mas o coração nunca conseguiu dizer isso. 

Amanhã à tarde vou em trabalho para os Açores. Volto na 3a, já depois dela estar a dormir. Fiquei feliz com esta oportunidade, claro. Mas já estou a morrer de saudades da minha piolha. E o meu coração já está muito acelerado. Vai correr tudo bem. Vai correr tudo bem. O pai, que é mãe, vai dar-te todo o colinho do mundo, filha. A mãe já volta.

8.28.2015

Diario das Férias (#03)

Sinceramente, depois de ter estado de joelhos no chão durante meia hora para adormecer a miúda num daqueles berços chatíssimos do Ikea, já nem me lembro bem do dia que passou. Não entendo a vantagem de ter berços com o colchão no chão, como é que vocês lidam com isso? Não entendo. A não ser que meçam 10 cm, mas aí têm de me explicar como têm o umbigo num sítio diferente dos joelhos. 

Bom, foi um dia bom (ainda não me lembrei, dêem-me um bocadinho que já lá chego). Hoje esteve a manhã bem-disposta dum lado para o outro, sempre a fazer rir toda a gente. Consegui pô-la a dormir a sesta e readormecê-la. Dormiu umas 3 horas e tal. Foi óptimo para almoçarmos com calma, para falarmos com calma. Apanhei sol como se tivesse 15 anos. Usei aquele aclarador de cabelo da L'´Óreal (e funciona, apesar de me assustar de ter de por aquilo com luvas) e estive ao sol que nem uma pitorra desesperada para esconder mini banhas. Só que sem ser pitorra. E sem ter mini-banhas. Sim, não são mini. Desesperada? Sim.


Claro que a Sagres irá agradecer o product placement. Vocês repararam que me protegi imenso, não repararam? Sacanas é o que vocês são. Sempre a reparar nessas coisas. 


A comer moranguinhos da avó. 



Louca a brincar com os "bolos" (os coisos de praia do Ikea têm que ver com pastelaria)


Chapéu - Little i

Diário das Férias (#02)

Depois do primeiro mais de adaptação à nova casa em que foi necessário usar pensos rápidos para encostar cortinados às portas (para não entrar luz no quarto dos avós para a Irene conseguir a sesta da tarde) - magníficos MacGyvers (só que sem aquele cabelo foleiro) esta família. 

Espera-se que hoje o dia seja ainda melhor. 

A noite de ontem foi fabulosa. 

Estivemos à espera que ficasse escuro para ir deitar a Irene (estava tão, mas tão podre, 'tadinha). 



Jantámos um belo arroz de pato e o borrego do almoço e, depois, acabámos por vir para o jardim e ouvir o sogro falar sobre o Ultramar (óptimas histórias) durante horas. 

Parecíamos escuteiros numa noite de acampamento. Todos juntos. Duas gerações (ou três, visto que sou a mais nova e a Irene estava a dormir) a fazerem a mesma coisa, sem telemóveis, sem televisão, nada. 

Para o pequeno almoço, os rapazes foram buscar pão fresco de Alfarim que dizem ser dos melhores. Comprovado. 

Tirando as formigas que teimam em invadir a casa mais rapidamente que eu como um pacote de Chocapics, tudo nos conformes. 

Já agora, fica a dica: o Frederico apanhou um escaldão à camone, estava todo vermelho e usei o creme da Irene do aprés soleil e hoje de manhã já quase parecia uma pessoa.


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