Hoje acordei cheia de saudades da minha irmã, que vive nos Estados Unidos, e recordei a semana em que estivemos com ela, em Outubro. As fotos que nos tirou. O texto que escrevi na altura.
A Sofia é a minha mana do coração, que viveu lá em casa uns tempos e que esteve uns 12 anos a viver longe de nós. 12 só no Dubai. Já antes tinha estado em Londres e agora está a viver em San Antonio, no Texas.
Esteve connosco há 8 meses. Assim que a vi, comecei a chorar. Abracei-a com força. Mas o melhor estava ainda para vir: conhecer a Isabel. Assim que a pegou ao colo, as lágrimas foram mais fortes. Chorámos as três: a Sofia, a minha mãe e eu. Se a Isabel soubesse o quão importante é a Sofia na nossa vida, também choraria.
A minha mana não tem o meu sangue, mas conhece-me desde os meus seis anos. A minha mana está longe de nós, mas é como se nunca tivesse saído. A minha mana é das pessoas mais bonitas que eu conheço. Viu-me crescer e eu vi-a tornar-se numa mulher forte, lutadora, disposta a ir para o outro canto do mundo para poder construir uma vida melhor. Sinto a falta dela. A distância magoa. A falta de oportunidades em Portugal consome-me. Há 8 meses, ela foi nossa. Por inteiro. Abraçou-nos, beijou-nos e fotografou-nos, como ninguém. As fotografias mais especiais de sempre.
Tenho a certeza de que a Isabel já a ama muito, como eu a amo. E que quando falar, vai perguntar pela tia Sofia, com saudades.