4.17.2015

Acabei ontem a minha tatuagem em homenagem à Irene.

E acreditam que agora não doeu nem metade? Acho que da primeira vez doeu mais por causa da ansiedade, por não saber ao que ia. Agora até estava relaxada e, na conversa, tudo vai passando. Já vos tinha mostrado a minha tatuagem no final da primeira sessão (vejam aqui), mas não podia deixar de vos mostrar o resultado final. 

Se estiverem a pensar em fazer uma, pensem apenas no conceito e deixem a Tânia trabalhar. É bem melhor ter algo no vosso corpo para sempre que seja feito por um artista e não só copiado do Google. 

Ora, para rever a questão, fica aqui o desenho que a Tânia Catclaw fez (é uma tatuagem desenhada, é uma obra de arte):

Tinha-lhe pedido que fizesse algo que tivesse que ver com ser Mãe e com gostar de dar de mamar à Irene, por ambas as coisas me terem mudado tanto. Já há anos que queria querer fazer uma tatuagem e, desta vez, tinha tudo para fazer com que acontecesse. Ainda por cima a Irene adora ursos (que sorte!).




Ontem fui acabar a tatuagem e ficou perfeita. Adoro-a. Obrigada, Tânia, por me teres cortado as banhas dos braços. 

Sei que nem todas as mães sentem a necessidade de marcar algo que já é tão marcante só por si, mas mais alguma maluca por aí? 

Gostam? :) 

A Tânia aceita marcações pelo Facebook, vejam o trabalho dela para se inspirarem. 

Ficam aqui alguns dos últimos de que gostei mais: 






4.16.2015

Tirei folga da minha filha

O que é que qualquer quase todas as mães fariam numa folga? Ficariam com os filhos. Eu não, desta vez não. Precisei de ser só a Joana por umas horas. Precisei de me mimar e ser um bocadinho egoísta.

Primeiro tive exames médicos, o que me ocupou a manhã quase toda. Depois fui tratar de coisas, pôr relógios a arranjar e coisas que tais, que estavam pendentes há séculos. Depois, fui comprar pijamas e bodies para a Isabel. Onde? Primark. Sim, e respondendo a uma boquinha da Joana Gama no outro dia, a mãe betinha, além de comprar em lojas portuguesas, compra na Primark. Fui às compras de coisas que "fazem falta" à Isabel, mas - quem é que eu quero enganar? - já ia com ela fisgada para as roupas de gaja. E gostei da sensação! Gostei de estar nos provadores e um 38 me servir e ainda ficar folgado. Gostei de estar a pensar no que é que fica bem com o quê e que peças de roupa vão ter um caso. Outras só se vão enrolar na máquina de lavar.

A seguir ainda fui a uma sapataria tentar encontrar umas alpercatas ou uns ténis com sola ou algo do género, mas 41 não é assim tão fácil. 
O quê?!! Tem 41 destes? E destes também? 50% de desconto? Levo já! Experimentei, claro, não sou assim tão maluca porque há 41s e 41s e o meu 41 tem de ser um bom 41... Ainda bem que a minha filha tem pé pequenino e que se preserve assim  - não um 18, credo! - mas que não tenha de passar pelos dramas da mãezinha dela, a sentir-se a Anastásia e a Drizella, ou lá como se chamavam as irmãs da Cinderela.

Compras feitas, qual Carrie Bradshaw versão pobre, lá fui eu a correr (de carro, que estes músculos não vêem exercício há 8 meses) buscar a minha filha. Às 16h saltou para o colinho de sua mãe, mas ainda teve de levar com uma ida rápida às compras para a casa. Adorou andar no carrinho das compras (só com estas idades para gostarem de se enfiar num supermercado!) e eu também adorei tê-la comigo. Deve ter sido por ainda não querer pôr tudo para dentro do carrinho e ainda não fazer birras de morte.

Casa. Brincadeiras no chão. Colo. Birrinha. Sopa. Então e como é que eu lhe consegui dar a sopa? Cozi esparguete. Foi tudo, uma maravilha. O que ela se diverte a chupar o esparguete e a dar-me a mim para ver aquilo pendurado até eu comer tudo! Por pouco não fomos a Dama e o Vagabundo naquela cena mítica do beijinho.

Banho e cama. Adormeceu em 2 minutos, nem deu tempo para aquecer o meu colo, nem para a pôr na cama e adormecer sozinha (há uma semana que eu e o pai estamos a conseguir que adormeça na cama dela).

Lá fui namorar as minhas compras, que é como quem diz tirar as etiquetas. Sinto sempre que compro etiquetas com um bocadinho de roupa à volta.

Cá estão:

A mala de fim-de-semana, que já andava fartinha do meu trolei todo desconjuntado

As duas gajas que há em mim: a das jardineiras e a do vestido comprido


Tem folhos e coiso.

Não vou para a Lua. Juro que calçados ficam lindos.

Joana Gama, ias adorar estes não ias? Não, para a Irene NÃO!


Sandaleca básica daquelas "não-aquece-nem-arrefece-mas-também-não-envergonha" para o dia-a-dia


Mais alguém que também tire folgas dos filhos?



a Mãe desbronca-se (#02) - Mudar os filhos para o seu quarto.

Olá, amiguinhas! 

Isto faz-me lembrar uma revista de cariz católico que recebia por correio na casa da minha avó. Acho que se chamava "Olá, amiguinho" ou, então, só amiguinho.


Bom, pelos vistos é "nosso amiguinho". Pelo menos tem "amiguinho" no título, já não é mau.

Desculpa, Ana Sousa, pela desconversa. Vamos a isso, a Mãe desbronca-se!


Não acho que devas sentir qualquer tipo de pressão em por o miúdo a dormir no quarto dele. Nós estamos equipadas com uma espécie de intuição (que não é intuição, mas que se nos apresenta como tal) que  nos orienta a tomar algumas decisões. Parece que isto não faz sentido nenhum e, provavelmente, não faz. Não me estou a conseguir explicar. Basicamente, se te sentes nervosa e ansiosa é porque, quase de certeza, não estás preparada para o fazer e poderá mudar muito a vossa dinâmica relacional. Por outro lado, se decidiste porque sim, sem pressões, mesmo que custe um bocadinho, quer dizer que está na altura. 

Segundo o que a Joana Paixão Brás me contou, vão passar todos a dormir melhor. É mais chato para quem amamenta fazer mais uns metros até ao quarto do lado mas, passado uns tempos, o teu cérebro ajuda-te a apagar esses momentos e já nem te lembras bem de quantas vezes te levantaste.



Algo que me ajuda muito é materializar esse tipo de sentimentos. Tens medo que ele cresça e deixe de precisar tanto de ti? Tens medo de não o ouvir? Ou é só uma ansiedade sem grande fundamento mas que te faz ficar com o coração acelerado? É receio da mudança, só porque sim?

Pensa que, lá por dormir lá uma noite, não quer dizer que durma todas (embora, o melhor para ele seja não andar a saltitar). Acho que podes experimentar e ver como te sentes. É como se fosse uma sesta durante o dia. Ele está a dormir noutro sítio e tu estás a fazer "a tua cena" no teu quarto. Não vejas como uma separação. Vê só como mais um momento de independência de ambos. 

Eu não lidei muito com essas emoções porque passei a Irene para o quarto dela logo no 2º dia de vida. Confesso que talvez tenha sido por babyblues e talvez agora tivesse ficado com ela no quarto e até dormisse comigo, mas não me "arrependo" da decisão. Não senti que lhe tivesse feito confusão, a mim também não fez. 

É mais um daqueles casos em que "a mãe é que sabe". Pergunta por que é que estás a tentar dialogar contigo própria no sentido de o pores no quarto dele. Tenta perceber se a razão é importante. Depois experimenta, mas não sem antes te esclareceres que não estás a abandonar o teu filho, que não ficam menos amigos, etc. 

É só dormir noutro sítio. Vais lá na mesma quando ele te chamar :)

Sabes como a Irene e eu somos chegadas e ela nunca dormiu no nosso quarto. 

Olha, até podes ler um post que escrevi há muito tempo aqui

Depois conta-nos como correu, sim? ;)

Beijinhos e boa sorte! ;)


Nota: Atenção que não sou especialista no assunto, sou só uma mãe, mas vou convidar a Verina Fernandes da "Sono de Sonho" a comentar isto, talvez dê uma boca dica. Fiquem atentas aos comentários.

A Ana Sousa fez uma pergunta ali no sítio da nossa rubrica. Querem fazer o mesmo?