Quando somos mães damos muita importância às primeiras vezes. Lembro-me bem da primeira vez que ela dormiu sete horas seguidas (tive de ir ver se ela tinha ido desta para melhor), da primeira vez que deu uma gargalhada (mesmo tendo sido a dormir), do primeiro dia de creche, do primeiro dentinho e tenho medo de me esquecer. Isto é parvo, eu sei. É só um símbolo, um marco, tem pouca importância. A soma dos dias, das conquistas, o todo, é muito mais importante. Uma e qualquer gargalhada. Todas elas. Mas a primeira... a primeira fez-me chorar.
Hoje a primeira aula de natação e quem chorou foi ela. Chorou não, choramingou, resmugou. Lágrimas, nem vê-las. Foi-lhe desconfortável tanta água ou então o simples facto de estar mais fresca que o habitual, no banho. Mas gostei, gostei de partilhar com ela a descoberta. Gostei de ver que acalmava com o som da minha voz e com o corpo coladinho ao meu. Depois foi ganhando cada vez mais coragem e até saltou para o meu colo, sentada na borda da piscina, ao som do 1,2,3. Lá pelo meio pensei em desistir, mas ainda bem que não o fiz. Quero que ela vença os medos, comigo por perto.
Era uma aula experimental e decidi: vamos para a natação. Pelo menos até à primeira otite... confesso que é o meu maior medo nesta história toda.
Poupei-vos a fotos com a minha presença. Ainda por cima de touca. Não têm que agradecer.
Adoro as expressões, mega concentrada e com cara de poucos amigos. Mas não tarda muito está a rir-se e a dar à perninha. Ou não, ou não.