12.18.2014

A Marta é que sabe!

a Mãe é que sabe e, portanto, a Marta é que sabe! :)

Como, em princípio, saberão, este projecto começou por serem três amigas, mães que propunham escrever de forma bem humorada, leve e, acima de tudo, genuína as suas opiniões, dilemas, conselhos, etc. 

A verdade é que visto que temos sido tão bem acarinhadas por todas as mães que nos lêem (ui, quase lesbiano tanto amor feminino) que temos vindo a dedicar cada vez mais e mais do nosso tempo e, também, do nosso coração. Como devem imaginar, os nossos parceirinhos (é chato dizer maridos porque o mariquinhas do David da Joana ainda não se chegou à frente, grrr) agradecem porque têm o comando da televisão para eles durante mais algumas horas e é menos tempo que falamos com eles sobre coisas que não lhes interessam (o que, curiosamente, é o que depois vimos escrever para aqui). 

Já tinham lido sobre a Marta Vale Cardoso? 



Marta Vale Cardoso. Tem o dom do multi-tasking e da omnipotência. Consegue dar banho ao Lucas enquanto faz a sua aula de Zumba. Dá um jeito à casa enquanto está na piscina a nadar com ele. O Lucas, para a Marta, é mais portátil que um iPhone. Daria ainda mais jeito se ainda estivesse na barriga para não dar tanto trabalho a transportar! Apesar de tudo isso, não sabe como conseguiu tirar arquitectura no Técnico sem ter olheiras, e agora parece que levou dois murros na tromba.



Pronto. A verdade é que a Marta, apesar de ser uma super-mulher, só tem duas mãos e duas pernas e uma cabeça (apesar de estar super cheia), pelo que o multi-tasking tem limites. ;)

Queremos agradecer-lhe todas as horas de conversa no whatsapp sobre o blogue, a partilha de tantas ansiedades, receios, decisões, posts, ideias, sugestões, críticas, tudo. 

Obrigada, Marta, por teres feito parte da matriz deste blogue, também tu contribuíste para que as coisas estejam tão bem encaminhadas!

A Marta Vale Cardoso não vai desaparecer (porque não é nem mágica, nem a Maddie), sempre que quiserem falar com ela, ela está aqui, enquanto, lá está, despacha uma máquina de roupa, faz a sopa para o Lucas, fala com a mãe ao telefone e toma banho para ir trabalhar. 


Leiam aqui todos os posts da Marta e logo de rajada, se quiserem! 

<3

E se o Lucas quer ser cá da malta...

...tem de comer esta papa até ao fim, até ao fim!

Felizmente esta é uma lenga lenga que nunca tive de usar com o Lucas. Se ele chora à refeição é porque a colher não está a chegar depressa o suficiente à sua boca. Ou isso ou tem sono, pronto. Mas o rapaz ajeita-se a comer à colher. Adora sopa, adora fruta, adora iogurte, papa, o que for!

Sei a sorte que tenho por não ter de andar a fazer aviõezinhos para o meu filho comer. Mas também sei que às vezes é capaz de ser desesperante para alguns pais a dificuldade que têm em que as suas crias se alimentem. Ele é fazer trinta por uma linha para que eles se distraiam para, sem que se apercebam, tunga!, lhes enfiarem uma colher à boca. Desde as brincadeiras com a colher, ao uso de tablets, smartphones e televisão, passando pelas macacadas mais estapafúrdias e pelas cantigas mais irritantes, vale tudo nesta luta para impedir que o nosso filho fique subnutrido.

Como é que esses pais aguentam? Pois, não sei. Mas admiro-os muito! Força pais e mães das crianças que não querem comer! Um dia elas vão tornar-se adultas e já não têm de se preocupar com isso. Embora não consigam, não é?


Ass: A Mãe que, neste departamento, não sabe

12.17.2014

Vontade de fazer cocó

Eu juro que quando estudava para ser repórter, ia às aulas de Semiótica, empinava Saussure ou Hannah Arendt e via filmes para a cebecinha nos cinemas Medeia, estava longe de imaginar que um dia iria escrever sobre cocó.
Mas isto da maternidade dá-nos a volta, ficamos tontinhas de todo. Tontinhas e sem grande pudor de falar sobre as coisas: passamos a mexer no cocó dos outros, a limpar macaquinhos com as mãos e a aspirar o ranho usando um tubo e puxando com a boca (e às vezes puxamos demais e acho que não é preciso dizer mais nada...). Ficamos preparadas para a guerra!

Se estão a ficar enojados com a conversa, vão espreitar o Blog da Carlota, que é asseadinho e nunca lá irão encontrar nada deste fino recorte.

O que eu quero dizer é o seguinte: uma das nossas grandes dúvidas na altura do trabalho de parto é: "como é que eu sei que está na hora do bebé sair?" ou "quando é que eu sei que tenho de fazer força?" Ora bem, quando tiverem vontade de fazer cocó. A sério, é verdade! Nesse momento, salvo se vos pedirem, não podem fazer força nenhuma: há que tentar controlar esse impulso de fazer força e para isso nada como fazer umas respirações rápidas.

Ironia da vida: depois do parto, se pudessemos não faríamos cocó durante um mês, pelo menos. Acho que não preciso de vos fazer nenhum desenho, pois não?

Ironia da vida número dois: quando eles já não ficam bem sozinhos e querem estar connosco a toda a hora, dávamos um dedinho do pé para poder fazer cocó em paz.

Pronto, já exorcizei o meu lado brejeiro. Tenho de ir, está quase a começar o meu programa preferido na RTP2.