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8.16.2020

Roteiro de 2 dias por Marvão e Castelo de Vide (e cascatas!)

Foram só dois dias. Uma noite. Precisávamos tanto de estar só os dois, que deixámos as miúdas com os avós em Évora e seguimos para o Alto Alentejo. A ideia era descansar, adormecer ao sol, dar uns mergulhos, provar comida boa e conhecer sítios novos. Assim foi. 

Deixo-vos o nosso roteiro para dois dias em Marvão e Castelo de Vide, com passagem por duas das cascatas da Serra de São Mamede. 


Cascata: Pego do Inferno


Como tínhamos marcado a noite num antigo convento perto de Castelo de Vide, parámos pelo caminho para fazer tempo até ao check-in. Primeiro na Cascata do Pego do Inferno, perto da localidade de Mosteiros. É relativamente fácil de encontrar (até porque vêem logo alguns carros na estrada) e menos de 5 min a descer. Adorámos! A água não é muito fria (até parece aquecida pelas rochas, na zona mais íngreme da cascata) e apanha-se bastante sol - ao contrário da outra que fomos conhecer. 
Começámos por baixo, pelo lago, onde dá para nadar, e subimos até ao ponto mais alto, com pequenas descidas que, como são escorregadias e polidas, são autênticos escorregas (pelo menos nas duas que experimentei) e piscinas com peixinhos e girinos. Espetacular. 



Como a barriga já dava horas, fomos almoçar ao Mil Homens, em Portagem, e comemos muito, muito bem (as meias doses são enormes e os senhores muito divertidos). Dizem que o restaurante Sever, mesmo ao lado, também é "bem bom". 

Passámos a tarde a namorar no Convento da Senhora Vitória (até parece pecado, dito assim ahah). Peçam ao Filipe que vos faça mojitos, que "são daqui". Ao final do dia, rumámos a Marvão, onde queríamos ver o pôr-do-sol e onde jantámos. Claro que, pelo caminho, há uma paragem obrigatória numa das estradas mais bonitas de Portugal, que liga Portagem a Marvão. Aqueles freixos com as riscas brancas são deslumbrantes e a paz naquele ramal é incrível (não gozem com o rabo no asfalto, vá). 



Marvão

Marvão é incrível. As casinhas brancas, as janelas e as portas, a vista interminável e a luz... a luz do fim do dia é mágica! Já estávamos a ficar atrasados para o jantar (no Varandas do Alentejo - onde fomos igualmente bem servidos. Muita atenção aos lagartinhos e às farófias), por isso não passámos lá o tempo que gostaríamos. É daquelas terras a que vai saber bem voltar, sem dúvida (e já lá tínhamos estado ambos).




Castelo de Vide 

Depois de jantar, fomos até Castelo de Vide, onde era a nossa casinha - daquelas bem antigas, remodeladas, com chão a ranger, esconderijos e janelas lindas (ficámos nas Espinhosas, que pertence ao mesmo convento onde passámos a tarde). Estas casas são mesmo no centro, praticamente ao lado da fonte da vila, da judiaria. Percorremos a pé, de mãos dadas, a vila, bebemos água na fonte, iluminada, e deixámo-nos conquistar por aquelas ruas. 




A subida ao castelo ficou para o dia seguinte, depois de uma manhã passada na piscina do convento, onde nos deixámos passar pelas brasas numa das camas situadas na relva, aproveitando a lanzeira do Alentejo. Já não me sentia tão relaxada há meses. 





Almoçámos uns petiscos num restaurante muito giro no centro, o Jerico, depois de uma grande caminhada pela vila.

Subir à Ermida N. Sra Da Penha 

Aproveitando o conselho do meu vizinho, o Sr. José, fomos até à Ermida da N. Sra. Da Penha, que é uma capelinha no cimo de um monte, na serra de São Paulo, construída no século XVI e com uma vista espetacular sobre Castelo de Vide (e de onde se consegue ver também Marvão). Vale a pena o esforço da subida da escadaria (e bem que precisávamos para “desmoer” o almoço). 





Cascata de S. Julião 

Última paragem antes de regressar às miúdas: Cascata de S. Julião, na localidade de Monte Sete, relativamente perto de Portalegre. Vimos corajosos com filhos pequenos a deslocarem-se até lá, nós agradecemos, de certa forma, não as ter levado. Ao contrário da primeira a que fomos, nesta custa bastante subir até ao carro, no final, e previmos muito colo e lágrimas.
No entanto, na mesma medida em que deve custar ir lá com crianças, deve ser uma daquelas experiências inesquecíveis para elas. É um sítio absolutamente idílico e apaixonante. 







Muitas árvores, faixes de luz sobre a água fresca (gelada, vá), rãs e libelinhas e um som constante da queda da água que transmite paz. Maravilhoso. Vejam este post muito bom do VagaMundos com mais dicas sobre as cascatas.

Ao descer depois a Serra de São Mamede, passámos por Portalegre e, se tivéssemos mais um dia, por ali teríamos ficado para conhecer melhor. Aliás, acho que numa semana chegava. Há muitas coisas giras para fazer por ali. Ficaram a faltar-nos as ruínas da Ammaia, fazer railbike no caminho de ferro entre Beirã e Marvão (deve ser tão giro), ir conhecer a Barragem da Apartadura, a praia fluvial do Rio Sever, em Portagem, ir a Nisa e ao Crato...

 
E que mais? Ficámos tão apaixonados por tudo o que vimos que queremos voltar!


3.06.2018

Fins-de-semana da Mãe : "Amor e uma cabana"

Até fiquei meio indecisa se partilhava isto convosco ou não porque me vão ocupar os fins-de-semana que queria que fossem para nós mas, por outro lado, gosto de espalhar boas cenas. 

Já há muito tempo que me sinto muito assoberbada com o ritmo frenético de Lisboa. A Irene é acelerada como eu e é-me muito difícil ter uns segundos de silêncio durante a semana, principalmente estando sozinha com ela. Quando finalmente posso descansar é quando ela adormece e raramente consigo ficar acordada também. Precisávamos de sair. De cortar a rotina, de "dar novas histórias para os sonhos" (está entre aspas porque sei que a expressão é assim para o foleirote, mas é muito aquilo que me passa pela cabeça).



Recebi um press sobre o Badoca Park (vou falar-vos disso noutro post) e imaginei-nos durante um fim-de-semana no Alentejo. Com o mínimo ruído possível. Tudo reduzido ao básico. No que tocasse à Zara, era só a parte dos básicos da Trafaluc, vá. 

A procurar na internet dei com esta casa amorosa, pela qual me apaixonei, na Herdade do Montum.







Sem internet (a casa, porque eu tinha dados móveis, mas a fingir que não), sem televisão (sendo que poderia ter visto no computador séries da Netflix se usasse o meu telemóvel como hotspot) e sem coisas a mais (sendo que podia não ter levado duas malas para mim e para a Irene). 

A viagem em si foi calma e terapêutica. Num fim-de-semana apenas comecei a sentir o sabor a férias só de pôr as malas no carro. A Irene cantava o que costumamos cantar sempre que vamos para algum lado ("estamos de féeeerias") e lá fomos até ao Alentejo, onde já morei alguns anos quando era mais pequena. Nos CDS do carro tínhamos Sara Tavares... Estão a sentir o bom feeling?




A casa é mesmo pequena, mas perfeita. Tudo é essencial e tudo tão bem escolhido. Que sonho. Claramente tocou nas minhas teclas mais românticas do "o amor e uma cabana" mas com todas as condições necessárias: água quente (no Verão até há um chuveiro exterior), microondas, forno, loiça, jogos, livros, frigorífico, armário... Não nos faltou mesmo nada.  E o preço parece-me muito mais que justo, gente: 55 euros por noite. 

À noite, por estarmos no meio de nada (a 15 minutos do centro mais próximo) tivémos direito a um céu que me prefurou. Atingiu-me como se fosse o reencontro com as minhas origens (nasci na Damaia, mas não é bem disso que estou a falar). 

Levámos jantar para sexta-feira, para não haver stress. No sábado almoçámos no Badoca e acabámos por passar em Santo André para comprar salmão para o jantar. Enquanto o salmão estava a ser feito no forno, brincávamos com plasticina a tentar reproduzir a girafa Niassa que tínhamos alimentado no Safari. No domingo almoçamos no Museu do Arroz ali na Comporta e não pudemos deixar de dar um pézinho na praia. Depois, ao final da tarde, em menos de duas horas estávamos em casa. 

Com tanta fome de aproveitar o fim-de-semana, ficou a faltar um pouco de espaço para a calma e também por isso quero voltar e talvez sem a Irene.




Com o máximo de privacidade, uns anfitriões que nos receberam de forma tão meiga e calorosa e que estiveram sempre disponíveis para quaisquer dúvidas, apesar de ter muita vontade de fazer fins-de-semana pelo país inteiro, vou "ganhar" mais um fim-de-semana em repetir este, certamente. 

Acordar no meio do campo, adormecer com a casa aquecida pela salamandra, ter direito a tanto ar puro e ter, perto de mim, tudo o que me preenche (agora que escrevi "preenche", lembrei-me que tenho de tratar do IRS).















Apanhar pauzinhos com a Irene, andar um pouco para ver as vacas, vê-la a andar descalça e poder mostrar-lhe as várias cores do céu no pôr-do-sol, fez-me sentir assustadoramente viva. E agora, desde aí que vivo os meus dias sabendo que tenho um sítio (não só físico, mas também em mim) para onde posso voltar. 


Mais informações e marcações aqui

Re-co-men-do. 


Camisola das maçãs - Boboli 
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