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4.13.2018

Sei lá se não foi um sonho...

Já me aconteceu algumas vezes: acordar e não saber se o que sonhei era realmente um sonho ou se tinha acontecido. Principalmente com pesadelos, confesso. Lembro-me que, uma vez, na adolescência, sonhei que tinha feito um furo na língua e ainda consegui ir o caminho todo até à casa de banho a ponderar se poderia ser verdade - e, sim, também vi a língua ao espelho, mas isso já tenho alguma vergonha de estar a contar. 

O post da Joana Paixão Brás sobre a Terra do Sempre em Grândola, fez-me lembrar do meu fim-de-semana em Melides numa casa mais pequena que a minha sala de jantar. Foi há relativamente pouco tempo, mas aquele fim-de-semana já me parece ter sido um sonho, especialmente o Safari VIP que fizemos no Badoca Park (não era "vip" por eu ser blogger e tal, a experiência chama-se mesmo assim, por ser um privilégio). Conhecemos praticamente todos os animais, todas as espécies e ainda pudemos dar biberão à girafa bebé do parque. 

Claro que me fartei de fazer perguntas sobre esta questão do biberão visto que a mãe da Niassa também vive no parque, mas explicaram-me tudo muito bem explicadinho: tinham feito todos os possíveis para que houvesse amamentação (esperaram o máximo de tempo possível sem pôr em risco a saúde de nenhuma das duas), mas a mãe da Niassa por não ter tido contacto com outras girafas a amamentar etc (não me lembro já da conversa toda, mas na altura fez-me todo o sentido), teve dificuldade em cuidar da sua filhota, apesar de terem desenvolvido uma ligação muito, muito forte. A Niassa quando fica para trás no grupo, por exemplo, a mãe fica à sua espera. Que queridas, caramba. Ainda vos conto a parte mais querida da história daqui a pouco. Isto dá para fazer paralelismos engraçados com os seres humanos, não é? 

Aqui podem ver o Pedro e a Catarina a passarem as regras básicas do Safari e a asustarem-nos um pouco, mas nenhuma de nós queria ficar sem um dedinho algures ou assim e, por isso, era importante. 



Estão a ver estes biberões? Quando lá fomos a Niassa bebia uns 7 litros de leite de vaca de cada vez. Jasus! Ah e o leite de vaca vem de uma quinta lá perco, mais biológico era impossível... E o leitinho ia quente em banho-maria, comecei aqui a ficar comovida, estive constantemente a fazer "ohhhh". 




A Irene, que não tinha dormido a sesta (e não era costume) estava maravilhada, muito sorridente e observadora. O maior interesse dela era estar constantemente a alimentar os animais com a ração que tínhamos disponível e alfarroba. Assumiu como função dela. Foi tão giro vê-la em modo foodie animal... 





Eu aqui estava a lidar com o facto dela estar a alimentar os animais com a comida na mão e ver aquelas línguas enormes ao pé da cabecinha da minha filha... 

A Irene deu o nome a um destes animais que ainda não tinha... Aiiii não me lembro do nome que ela deu (ela é óptima a dar nomes), será que foi Pacote de Leite? Rafa? Ronron? 


 






A Irene, tão querida, a querer dar a mão ao Pedro. Precisava de um homem que lhe passasse segurança. Aqui a mãe divorciada conteve um pouco as lágrimas e olhou para o Pedro numa: "davas jeito lá em casa só para ela te dar a mão de vez em quando".  
Já viram a cara deles a olhar para os animais que vêem todos os dias? Sente-se tão bem o amor, carinho e respeito que a equipa do Badoca Park tem pelos animais... Tal como já vos tinha falado da Sylvie quando fomos ver os lémures


 



Olhem a Niassa! A beber leitinho quentinho!! 

Apresento-vos uma das mães da Niassa. Além da Catarina também há a Joana. A Niassa dormia acompanhada muitas vezes destas meninas, são elas quem lhe dão o biberão, que cuidaram dela... E nota-se a ligação, sente-se tão bem. Tanto pelo olhar, pelo toque, pela reacção. São mesmo as outras mães... Que carinho. 

Agora que o tempo vai ficar melhor, visitem o Badoca. Têm lá restaurante bom para almoçar e tudo, nem têm de pensar muito na logística. E, já agora, dêem um beijinho nosso à Catarina, ao Pedro, à Niassa e ao pacote de leite ou lá o que ficou.


Camisola das maçãs - Boboli 
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