9.23.2020

Os vossos filhos também precisam de terapia da fala?

Eu sempre soube que sim. Que a Isabel precisaria. Deixei passar se calhar demasiado tempo para intervir, mas mais vale tarde do que nunca, já dizia o provérbio. A Isabel, fruto da morfologia do maxilar, tem dificuldade em pronunciar alguns sons, confundindo-os. Nós dizíamos - em linguagem não técnica - que é ciciosa, como o pai. Decidimos então, em conjunto com a dentista e numa ida à otorrino, iniciar a terapia da fala, com uma primeira avaliação. Já tinha tido uma boa experiência com a Fisiolar, quando a Luísa precisou de fisioterapia respiratória em bebé, para se livrar dos ranhos. Depois da quarentena, pensei que faria ainda mais sentido consulta ao domicílio e/ou online - não só por comodismo, mas também para ela se sentir no seu espaço. Assim foi. A terapeuta da fala veio cá a casa avaliar em que pontos teriam de trabalhar e insistir e a segunda sessão já foi online. 


Primeira coisa - afinidade entre ambas, logo. Segunda coisa - jogos divertidos que facilitam tudo. No meu tempo, a terapia da fala era uma coisa muito chatinha. Eu, que sou gaga, precisei de muitas muitas sessões em miúda para melhorar um pouco, mas ir até ao consultório era um drama. Agora? Aprendem e fazem exercícios de forma tão lúdica que aqueles 45 minutos são escassos para eles :) Depois, vamos treinando (/ jogando) em casa. É a Isabel quem me pede! 



Pedi à terapeuta da fala que fizesse uma breve explicação do problema da Isabel e cá está: “no âmbito da articulação, apresenta alteração dos fonemas fricativos sonoros vibrantes e distorção assistemática dos fonemas fricativos surdos. /f/,/v/,/s/./z/,/x/,/j/.” 

Por isso, tornava-se importantíssimo “atacar” o quanto antes, principalmente antes de iniciar o primeiro ciclo, de forma a não acentuar esta percepção dos sons e a ter uma consciência fonológica correta. Nem imagino o quão confuso poderia ter sido quando estivesse a tentar corresponder um som a uma grafia, no primeiro ano. 


Neste momento, a diferença é gritante: já é rara a vez em que troca algum som. Foi incrível esta mudança na vida dela e nas nossas. Estou muito, muito contente. Estamos todos! 


Se tiverem alguma dúvida ou questão para colocar, prometo fazer mais um post sobre o assunto com as respostas: sejam elas dirigidas a mim ou à terapeuta da fala. Espero que tenham gostado e que tenha sido útil! 


*post escrito em parceria com a Fisiolar 







4 comentários:

  1. Boa noite Joana,
    Por aqui temos 2 casos, a minha filha com 7 anos que comecou terapia da fala com 4 anos e meio e o mais novo, agora com 3 anos e e meio que começou no início da pandemia a terapia...
    Ambos concluíram já os trabalhos de terapia uma vez que o problema era a nível da gaguez. Consultamos uma especialista em gaguez infantil que nos passou as ferramentas e o que deveríamos fazer com eles em casa.
    Uma vez que a Joana gagueja de vez em quando e cresceu com essa diferença, considera importante a continuidade da terapia da fala?
    Disseram que a gaguez poderia ser genética, no caso da sua filha é essa também a dificuldade?
    Obrigada

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde, o meu filho também penso que sofre do mesmo problema da sua filha, mas apenas tem 3 anos e meio, acha que deverei aguardar te aos 4 anos ou deveria já procurar terapia da fala? Obrigado

    ResponderEliminar
  3. Bom dia, Enviei mensagem para o seu e-mail do blog acerca desta temática. Quando puder ver o e-mail agradecia. Muito obrigada pela atenção e votos de uma boa semana.

    ResponderEliminar