Tal como explicamos no vídeo, a ideia surgiu por ter ouvido uns amigos meus a explicarem aos filhos que não se deve fazer queixinhas, que é feio.
Não tenho feito referência "em directo" a isso porque a Irene já sabe o que a mãe pensa. Porém, como sempre, achámos que foi um bom pretexto para reflectir sobre o tema. Porque, seja como for, hão-de haver coisas que façam sentido para pessoas diferentes em ambas as abordagens e queremos ouvir-vos. Querem conversar connosco?
Entretanto saiu ontem o nosso podcast, que podem ouvir aqui, mas também nos Apple Podcasts, caso prefiram:
Olá, bom dia! Não é tema fácil, como mãe e educadora acho que fazer queixinhas poderá ser o caminho mais fácil para resolver um problema. Passo a explicar, por norma a abordagem que tenho é "já tentaste resolver o problema sozinho/a?", se a resposta é não incentivo a procura de solução sem a participação do adulto. O importante é saber ouvir, e a criança acaba por perceber qual será a melhor forma de lidar com a situação. Lá está, a criança precisa de abertura por parte dos pais.
ResponderEliminarQuando eu era pequena diziam que eu era muito queixinhas. A minha mãe dizia que eu era muito queixinhas e que isso era feio, as auxiliares da pré diziam que era feio e eu deixei de o fazer mesmo depois de acontecerem coisas mais sérias ( como levar imensas chapadas da professora da primaria, meninos a encurralarem as meninas para elas baixarem as cuecas), fiquei com grandes problemas de inseguranças e só quando me tornei mãe é que tive consciência que tinha de pedir ajuda. Há que saber bem passar a mensagem ás crianças, promover o diálogo é sempre bom =)
ResponderEliminarEstou 100% de acordo com a posição da Joana Gama. Já me deparei com uma situação semelhante: um adulto fez pouco da minha filha por me ir contar coisas que a tinham aborrecido, que para nós não têm importância nenhuma, mas para ela eram o fim do Mundo.... a minha posição foi e será sempre: prefiro saber tudo do que haver algo que a incomode e que até seja relevante (designadamente situações de bullying). Adorei o vídeo, super pertinente e também a circunstância de ver alguém que pensa exactamente como eu...
ResponderEliminarSó quando pararem de chamar "queixinhas" é que vão parar de discutir se é bom ou mau.
ResponderEliminarFalar das coisas, dialogar, comunicar é sempre bom. Depois admiram-se quando fazem perguntas sobre a escola e as respostas são monossilábicas. Ou quando acontece algo mais grave e ninguém tem conhecimento.
Concordo em absoluto com a Joana Gama. Serei sempre a favor que o meu filho nos conte tudo, mesmo que para outros seja considerado "queixinhas". Depois, nós é que temos que ajudá-lo a lidar com as situações.
ResponderEliminarSou da opinião de ouvir sempre e explicar sempre. As vezes que forem necessárias.
ResponderEliminarO que para o adulto é uma queixinha (e pode ser de facto insignificante) se for ignorado, incompreendido e - inadmissível na minha opinião - gozado, pode, como já referiram acima fazer com que a criança de feche e deixe de falar de assuntos que não não tendo capacidade para interpretar podem ser graves e causar danos a longo prazo. Quantas crianças/adolescentes/jovens não se isolam e encobrem bullying?
É isso e envergonhar as crianças falando dos problemas, dúvidas ou dificuldades das mesmas na sua presença como se fossem idiotas e não percebessem que estão a contar a sua vida privada a outros. Depois não podem esperar que falem abertamente com os pais porque um assunto que deveria ser da esfera privada pode ser falado em qualquer lugar.
Como mãe e professora de 1° ciclo, concordo que devemos ouvir as crianças. Cabe realmente ao adulto filtrar as queixinhas e tentar que a criança também vá filtrando aos poucos, aprendendo a perceber que há situações que consegue resolver sozinha, e outras, mesmo que já haja input do adulto, seja mais de mediador e que coloque a solução nas mãos das crianças. Por norma, as crianças já tiveram esses ensinamentos e precisam apenas que os ajudem a refletir. Agora se o adulto realmente interfere diretamente, ralhando sempre com a outra criança, vai incentivar mais a queixinha constante, pois ela não vai aprender a resolver nenhum dos seus conflitos e vai usar a queixinha em "benefício próprio". Em contexto de sala de aula, com os maiores sobretudo, muitas vezes quando as histórias estão muito baralhadas, por vezes peço que saiam um pouco da sala, conversem e depois me contem uma versão apenas da história, que seja acordada pelos 2 como a versão correta. Na maioria dos casos, quando entram na sala já têm realmente uma versão mas até já resolveram a situação sem intervenção minha. O "diário de turma" em que registam conflitos que "podem esperar" até ao final da semana para serem resolvidos também funciona muito bem. Muitas vezes são riscados antes do dia da reunião, pois já pensaram sobre o assunto e até viram que não tinha importância.
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