Acho bonito uma mãe que diz aos filhos que vai trabalhar porque gosta e isso a faz feliz. Acho bonito uma mãe que decide abdicar de uma carreira para ver os filhos crescer mais de perto porque foi isso que sentiu que devia fazer. Acho bonito quando uma mãe vai trabalhar porque tem de ser e que aproveita todos os segundos que tem com os filhos, que deita a cabeça na almofada a achar que podia ter feito mais quando já fez tanto. Já fez tudo. Acho bonito quando uma família se une e pensa e repensa que voltas pode dar para equilibrar mais a equação. Acho bonito quando ambos trabalham no duro para poder ser um exemplo, para serem felizes, dar férias aos filhos, escolas com poucos alunos e maior atenção. E quando dão no duro para poder dar o básico então...
Há várias formas de criar filhos. Nenhuma está certa para todos. Algumas estão certas para algumas famílias. Outras vezes não há hipóteses de mudar as regras do jogo sequer. Às vezes há oportunidades à espreita; noutras não há. Há quem tenha mais sorte do que os outros e já tenha nascido com um mar de oportunidades, há quem corra atrás e consiga e há quem corra atrás e não consiga. E há quem não corra atrás porque nunca ninguém lhe soube dizer: “corre, vai valer a pena, e mesmo que não chegues a lado algum, saíste do lugar de sempre e viste coisas novas no caminho”. Mas há até quem não possa sair do lugar nem arriscar-se a correr. E é nessas pessoas que eu penso especialmente. Ouço muitas vezes: “quem me dera poder fazer como tu, mas não posso”. Comove-me quem não pode ser outra coisa, mas que, sem saber, já é tanto. Já lhes dá tanto. Já lhes dá tudo. Tudo o que tem para dar. Arriscaria a dizer que mesmo que eles pudessem escolher, não escolheriam outra família.
Há várias formas de criar filhos. Nenhuma está certa para todos. Algumas estão certas para algumas famílias. Outras vezes não há hipóteses de mudar as regras do jogo sequer. Às vezes há oportunidades à espreita; noutras não há. Há quem tenha mais sorte do que os outros e já tenha nascido com um mar de oportunidades, há quem corra atrás e consiga e há quem corra atrás e não consiga. E há quem não corra atrás porque nunca ninguém lhe soube dizer: “corre, vai valer a pena, e mesmo que não chegues a lado algum, saíste do lugar de sempre e viste coisas novas no caminho”. Mas há até quem não possa sair do lugar nem arriscar-se a correr. E é nessas pessoas que eu penso especialmente. Ouço muitas vezes: “quem me dera poder fazer como tu, mas não posso”. Comove-me quem não pode ser outra coisa, mas que, sem saber, já é tanto. Já lhes dá tanto. Já lhes dá tudo. Tudo o que tem para dar. Arriscaria a dizer que mesmo que eles pudessem escolher, não escolheriam outra família.
Bom ano!
Tão verdade, Joana. Penso nisso tantas vezes. Grande beijinho e Feliz 2019
ResponderEliminarBeijinhos <3 Feliz 2019 para os 5 :)
EliminarAntes não entendia como algumas mães abdicavam de alguma forma da sua vida profissional pelos filhos e pela família... hoje tenha uma bebé de 3 meses e dói-me a alma só de pensar que aos 5 vai para a creche e que vou tar tão pouco tempo com ela.
ResponderEliminarFeliz ano Joana, tudo de bom!
Foi precisamente nessa fase que me começou a cair a ficha. Fui trabalhar quando a Isabel fez 3 meses e, para mim, foi muito cedo. Aos 5 meses e meio creche. Força que sei bem o que custa! <3
EliminarSabes, todos os dias sinto que falto.
ResponderEliminarTodos os dias sinto que queria ser e dar mais, passar mais tempo, que o melhor dos dias dela é passado longe de mim, de nós. Que chega a casa já cansada de tanta coisa que fez, que o número de birras é gigantesco...
E depois, quando me vou deitar, imagino como seria um mundo diferente, em que pudesse ser mais e estar mais tempo... e percebo que não vale de todo a pena perder muito tempo com isso...
Que me esforço, tanto eu como a Ana, para que, num futuro próximo, ela olhe para nós e sinta muito orgulho por ter os pais que tem. Por sentir e saber que os pais a amam incondicionalmente, e que dão tudo, todos os dias, para serem mais e melhores, para que ela tenha tudo o que merece ter, tudo o que nós não tivemos.
Quer ser o pai que nunca tive, e isso, para mim, é a luta de uma vida! Dura, difícil, mas muito compensadora. Basta um sorriso, um abraço, um beijo... e tudo recupera o seu natural equilíbrio.
Beijinhos
Tão bonito, Martim. Tenho a certeza de que tu e a Ana são os melhores pais do mundo! Mesmo! <3 [ainda bem que percebeste que quando escrevo "mãe", quero dizer "pai" e "mãe"] Beijinhos grandes para os três
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTrabalhamos os dois e eles passam cerca de 10h na escola. É sempre um de nós que os coloca na escola às 8h e os recolhe às 18h, que os leva às actividades que adoram, que trata de banhos e jantares, não ha mais ninguém na equação... somos nós os 4 e o gato. Passamos os finais de dia juntos em jantares de família dignos desse nome, falamos, brincamos, pomos música, rimos muito e tb nos zangamos se for caso disso. Fins de semana estamos entregues uns aos outros a tempo inteiro, ferias igual. Sinceramente deito a cabeça na almofada de consciência tranquila. Já estive um ano em casa só para eles e isso não os tornou nem a eles nem a mim mais felizes, pelo contrário. Cada família tem de encontrar o seu equilíbrio. Beijinhos
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