12.10.2017

Vejam estas imagens e vão lá procriar.

Apeteceu-me escrever este título, que marota que eu sou. 

Ontem, quando estávamos no Corações com Coroa Café, que, já agora, aconselho vivamente (além de ser um espaço muito agradável e a carta estar nas mãos do Chef Kiko, estão a ajudar a associação que, por sua vez, ajuda mulheres e meninas, tendo um papel preponderante no futuro destas, e por isso, de comunidades e de gerações futuras), uma pessoa disse-me que nunca tinha visto irmãs tão amorosas, a darem-se tão bem. Concordo. Muito queridas, muito meigas, uma ternura. Foi ver a Isabel a receber a irmã, que chegou mais tarde, a ir mostrar-lhe o espaço, de mãos dadas. É de um encanto e de uma magia sem fim. Era bom que esta história acabasse assim. E acaba. Mas, pelo meio, há safanões, palmadas, birras de meia noite. Faz parte. Gostava de ajudá-las a entenderem-se melhor, mas faz parte, digo eu. Acaba sempre em bem, mais não seja porque acabam por se distrair das quezílias. Passado um bocado, lá estão elas a brincarem, a fazerem estragos juntas, a jogar às escondidas à maneira delas. Apanhei-as hoje a dançarem e cantarem ao espelho. A Isabel a tocar guitarra e a Luísa a dançar. As duas a brincar com os coelhinhos na casa. As duas a saltar na cama (calçadas, blecc, culpa minha). Vejam estas imagens e vão lá procriar, caso estejam com dúvidas pequeninas (se tiverem das grandes, não o façam. Quer dizer façam mas com precauç... Bem vocês sabem). Ter dois seres destes, que são um trabalho do caraças mas que nos dão uma alegria imensa, foi a MELHOR DECISÃO das NOSSAS VIDAS.
Pronto, já disse. 










Coisinhas de que possam ter gostado:
Roupa: Tsuru
Guitarra: Fragosa 


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12.08.2017

Pedido de desculpas à mãe que nos convidou para o aniversário da filha

Há cerca de um mês e meio, talvez, recebemos um convite para o aniversário de uma coleguinha da creche da Luísa. Achei engraçado, pensei que era muito simpático, levei o convite para casa e... Nunca mais me lembrei dele.
Nem dele, nem na data, nem de responder.
Eu ficaria zangada ou triste se as pessoas não se dignassem a responder ao meu convite para um aniversário. Com um não ou com um sim, o mínimo é haver uma mensagem, uma chamada, algo a agradecer. Parece-me óbvio que a boa educação assim o dite. Boa educação ou só um bocadinho de sensibilidade.

No entanto, eu não as tive. Nunca mais me ocorreu. Isso não faz de mim má pessoa, faz de mim uma pessoa que falha. Eu não sei se não teria ficado fula com alguém que não se desse ao trabalho de sequer responder, mas a verdade é que, nesta vida corrida e tão cheia de tudo, às vezes podemos esquecer-nos. Não invalida que saibamos pedir desculpa.

E vocês? Como reagiriam?



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12.07.2017

Carta de um pai para a filha

"Lembro-me de ti…
Lembro os nossos momentos em frente ao espelho quando te enrolava metodicamente o cabelo, o teu olhar vaidoso quando te dizia que nunca tinha visto ninguém tão bonito;
Lembro quanto te vesti o macacão colorido comprado na zara, pedi para rodares e tu rodopiaste;
Lembro as nossas boleias, surfadas atabalhoadamente nas ondas da Cabana do Pescador;
Lembro quando te aconchega à noite;
Lembro as horas infindáveis e os passeios no quarto quanto te socorria as cólicas nocturnas, deitava-te sobre o meu braço, tão pequena que eras;
Lembro-me do teu choro;
Lembro-me das tuas gargalhadas, do teu olhar feliz;
Lembro-me quando dançavas, trémula ao início, com aquele olhar do tipo… sou linda?;
Lembro-me quando cantavas, quando todos os meus sentidos se guardavam para ti;
Lembro-me de chorar e de rir com as tuas conquistas;
Lembro os teus beijos, os teus abraços e quando dizias gosto muito de ti;
Lembro quando deitavas a cabeça no meu colo, e o quanto isso me apaziguava;
Lembro-me de pensar que iria sempre lembrar todos os nossos momentos juntos;
Lembra-me para nunca esquecer o que é tão bom lembrar!"

Pai.


Obrigada, pai. 
Lembrar-te-ei para nunca esqueceres o que é bom lembrar. Lembrar-te-ei para que me contes sempre todas as histórias e todas as emoções. E para que as vivamos sempre, mais uma vez.

Agora, já com filhas, sei - sei na pele, nos olhos, no corpo todo - do que te queres lembrar. Para sempre. E vejo-me nelas, há 30 anos, no teu colo. É como voltar a ele. Voltar a nós.