8.23.2016

Ficámos fechadas em casa.

E foi maravilhoso. Além de estar doente (constipação, nada de grave, mas já debilita qb), ando a por em prática o que vos contei neste post. E aqui estão as coisas que fizemos ontem à tarde: 

As canetas para vidro da Tiger que já vos tinha falado noutro post.

Experimentei fazer os clássicos carimbos de batata (difícil, pá). 

E juntá-los às aguarelas da Irene.

Nota-se que são da Irene. Se fossem minhas estavam limpíssimas, imaculadas - até porque nunca as teria usado. 

Tenho uma mini-mulher em casa...

Ouviste bem: MINI-MULHER!

Toda babada de tanto tentar! Adoro a persistência deles - é mesmo de quem não tem nada para fazer.

O Noddy e a Bubbles.

A Irene a aperceber-se de que para encher um balão tem de ter mais de 5 anos e menos de 60.

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Amamento há dois anos e meio.

Nunca pensei vir a dizer isto não só porque até efectivamente ter decidido engravidar, tal questão nunca me tinha passado pela cabeça. Infelizmente, talvez, porque não se vê muitas mulheres a amamentar em público e, por isso, ver bebés a ser alimentados de forma natural é raro. A verdade é que também, antes de ser mãe, não frequentava sítios para "crianças", daí também não costumar ver bebés e crianças. 

A amamentação só se tornou num assunto para mim quando comecei a ler sobre o parto. Li que era imperativo por o bebé a mamar na primeira hora depois do parto, senão o corpo não reconheceria (ou seria mais difícil) a ligação e tornaria tudo mais complicado. 



Vi que estava ali, naquele livro, um direito meu e da minha filha e que, pelos vistos, não seria respeitado em todos os hospitais ou circunstâncias. Comecei a interessar-me pelo assunto. Era importante. Ainda mais importante para mim que tinha decidido deixar de fumar assim que engravidei e que tinha tentado começar a fazer exercício e, portanto, a amamentação era só a continuação da minha preocupação em fazer tudo o mais saudável possível dentro daquilo que conseguisse controlar - claro que me fartava de falhar e houve muitos Lipton Ice Teas de Pêssego, Sumóis (ahah) de Ananás e gomas como lanche. 

Comecei a querer amamentar. Sabia que para que me sentisse bem no início desta aventura da maternidade, eu teria que amamentar, senti que era a minha parte. A verdade é que os primeiros meses foram um horror (como podem ler aqui). Não há maneira de suavizar a questão, foram um horror. Principalmente por causa da pressão que impus a mim mesma. E, depois, porque quanto mais informada estava, mais longínquas estavam as soluções que tanta gente fala da boca para fora sem saberem o quão enganadas estão, por muito bem intencionadas que sejam (muitas são, obrigada) - muita atenção a estas pessoas, apesar de que, se nos informarmos convenientemente, estamos a proteger-nos melhor dos danos que nos possam causar. Há imensos sítios onde nos podemos informar, nomeadamente aqui

Foi uma viagem muito turbulenta (mas que não precisa de ser, conheço uma boa dezena de mães que amamentar foi algo pacífico) mas que ainda não terminou. Terminou, sim, a parte de ser turbulenta. Agora é só bom. 

Ao longo de dois anos e meio de amamentação muitas foram as fases pelas quais tivemos de passar (a Irene, eu e o meu marido). Principalmente ficando um ano e meio em casa - algo que me ajudou IMENSO a que continuasse com a amamentação depois dos altamente recomendados 6 meses em exclusivo - estava 24 horas por dia disponível para a amamentar. Pelo menos fisicamente. De cabeça? Nem sempre me apetecia. Houve vezes em que me senti contrariada e zangada e demasiado cansada para conseguir ser minimamente racional. Houve dias em que a Irene me pedia para mamar mais do que 30 vezes numa hora. Nesses dias tinha sede, falta de miminho, o que fosse. Pedia porque queria. E, na minha cabeça, lá teria as suas razões. Aos poucos ia-lhe dizendo para esperar. Lá por volta do primeiro aniversário (já falando ela bem e tendo alguma capacidade de compreensão, portanto), ia-lhe mostrando que a mãe também faz as coisas dela e que a maminha iria surgir, depois de acabar de fazer o que eu estava a fazer. Aos poucos foi aprendendo a esperar. Havia alturas em que tinha de esperar, outras que não. 

Pelo meio, sugeriram-me milhares de vezes para que fizesse o desmame nocturno. Dormíamos muito muito mal. A Irene acordava de meia em meia hora ou, em dias bons, de hora e meia em hora e meia. Houve um dia que dei ouvidos e que, quando ela acordou, não lhe dei mama para ela readormeceu. Chorou muito ofendida. A minha tentativa durou 1 minuto (infernal). O cansaço leva-nos ao extremo. Houve muitos dias em que sonhei com um desmame. Em que dava ouvidos às pessoas mal informadas e que magicava maneiras de não ter as mamas mais disponíveis para ela. 

No Verão ficávamos (e ficamos) as duas transpiradissimas por estarmos tão juntas. Era ainda mais desagradável tentar adormecê-la, sendo que ambas ficavamos rabujentas por causa do calor... 

Só que. 

Só que depois, havia todos os outros momentos. Havia e há. Os outros momentos em que, quando chego a casa, sou recebida por uma miúda de fralda, com um coelhinho na mão e que grita ao mesmo tempo que ri: "quero maminha mãe, quero maminha!!!". 

E a maminha dela é enfiar-se no meu colo, com as pernas em cima dos meus braços, a fazer festas a ela própria com o coelho no nariz e em mim, na minha mama. É a barriga dela, de bebé, ele umbigo que, em tempos, tanto nos uniu, estar junto ao meu. É sincronizarmos as respirações de maneira a que quando ela insipire, eu esteja a expirar e façamos uma dança de barrigas. Isto enquanto ela bebe o leitinho da mamã que "sabe a mel" e que, depois de não querer mamar mais de uma maminha, depois pede "outra maminha, se faz favor, mãe". 

Gosto de a ter no meu colo sossegada. Gosto de lhe sentir os pezinhos nos meus braços e de os poder cheirar e por na minha boca, para os beijar. Gosto de a agarrar pela fralda e de lhe poder fazer cafuné enquanto "ela bebe o leitinho da maminha da mãe". A brincar, já lhe ofereci a maminha do pai "mas tem pêlo", a da Bubbles - nossa gata - "mas tem pêlo" e, por isso, lá vai havendo a maminha da mãe. 

A maminha da mãe que, depois de dois anos e meio de pois, significa miminho, colo e imensas defesas. Continua a desempenhar um papel muito importante na saúde dela, além de que também desempenha na minha. Sabiam que, enquanto damos de mamar, é produzida a hormona da felicidade? 

A Irene continua a mamar - não houve desmame algum - durante a noite. Já não acorda milhares de vezes. Acorda uma, quando muito e não houve qualquer desmame nocturno. Há imensas maneiras de conseguirmos descansar um pouco melhor durante a noite se tivermos um bebé amamentado. Falem, por favor, com especialista que tenham formação em amamentação. Uma dica que aconselho é ou dormirmos com eles ou termos uma cama grande para eles no chão para podermos adormecer com eles se estivermos cansadas, sim, mesmo que fiquemos com uma mama de fora. 

Os primeiros seis meses foram difíceis, os seguintes foram menos e agora não custa nada. Antes pelo contrário. Mama umas quatro vezes por dia, mamadas muito curtas (pelo menos para mim que não me importaria que ela ficasse mais tempo) e, aos poucos, está a voar. Ao ritmo dela. A um ritmo que também me permite a mim fazer o meu desmame. 

Já confessei e volto a confessar que toda a minha determinação (e loucura  - e não estou a brincar) em amamentar apesar de todos os obstáculos pelos quais tivemos que passar teve mais que ver comigo do que com a Irene. Não queria sentir que falhei porque, para mim, isto era importante. 

Não temos todas de dar a mesma importância às coisas. Temos sim de tomar decisões conscientes para que depois não fiquemos para sempre com um buraco no coração. É tentarmos o que conseguirmos, enquanto conseguirmos, munidas de boa informação. Se, depois, não der? Não deu. Há outras missões a ter em conta. Ser mãe não é só dar maminha. 

Eu gosto muito de amamentar. Amamento há dois anos e meio. Não sou melhor nem pior que ninguém, mas estou muito feliz por ter conseguido e por conseguir. 

Força a todas!

E, por favor, lembrem-se: metade do caminho para se levar a amamentação avante é estarmos bem informadas. Temos muito sobre amamentação neste blog, podem ler os posts todos aqui, andando para baixo. 

8.22.2016

Arrependi-me.

Ui. Se me arrependi.

A ideia foi do pai. O pai viu aquilo no youtube com ela e achou que seria giro comprar, pediu-me para mandar vir da Amazon e assim fiz. 

O que é aquilo? Chama-se Gellibaff e é uma nheca para o banho. Uma espécie de pega monstros derretido (lembra-se dos que vinham nas batatas?) para as crianças se divertirem no banho, para estarem mais tempinhos caladas e a fazer das dela. 

Achei tão querido ele querer e gostar... e ela também adorou!


Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a


O final é que não foi lá muito feliz... 

Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a

Recomendo mais ou menos.

MAIS IMPORTANTE DE TUDO: Estou bem lixadinha com a miúda, não estou? Viram a cara dela?

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