4.27.2015

Até que a morte nos separe.

Ui a história do meu casamento. Ui! Vou tentar resumir e também dar a versão alargada, já agora. Leiam, leiam que tenho uma pergunta para vos fazer no fim, 'tá bem? Bigadax (estou a gozar, não escrevo assim - mas falo).




Versão alargada (que, por acaso, é um excerto do meu livro que deveriam mandar vir que é porreirito hehe): 

 "Nunca tínhamos andado numa limosina, mas foi assim que saímos do aeroporto. Estavamos todos espapaçados por causa da viagem de mais de dez horas e com escala em Londres: cheiravamos a pessoas do metro, o nosso cabelo dava para fritar rissóis, o nosso corpanzil estava a ressacar de doses normais de tabaco (visto que comprámos as pastilhas de nicotina e, só com uma na boca, parecia que tínhamos engolido dois maços e meio de SG Ventil de uma só vez …
Independentemente do nosso espapaçamento, sabíamos que estavamos a caminho de um dos melhores momentos da nossa vida. Para o meu agora marido, estávamos cada vez mais perto do restaurante de um dos chefes preferidos dele. Para mim, era porque iamos para um hotel (adoro hóteis) e também porque nos íamos casar, exacto. Chegámos ao hotel e não tivémos tempo sequer para deixar as coisas no quarto. Largámos a mala no bengaleiro e fomos numa outra espécie de limonsina para o registo. Foi ali que ficámos oficialmente casados, mas não ligámos nenhuma até porque parecia a entrada das urgências de um hospital no interior. Dali fomos conduzidos para a capela. Levamos o nosso cestinho para pôr as alianças. É um cestinho onde comemos pele de leitão frita ou lá o que era com farinheira ou alheira e polvilhada com açúcar no restaurante onde fui pedida em casamento. Tenho tanta capacidade para descrever comida como para depenar soummiers por isso aconselho falar com o chef Vitor Claro do restaurante "Claro!" para se saber ao certo o que ele põe no tal cestinho e que roça o divino (que bem podia ser o nome de um porteiro de uma discoteca) - esta é uma crónica sobre o dia do nosso casamento e falei de leitão, não deve ser surpresa nenhuma para quem souber com quem estou casada.
Tínhamos o tal cestinho, mas não tinhamos alianças. Como não era o que mais importava, escolhemos as mais baratas de todas. Eram gordas (as alianças) e de leitão… Ai, não é leitão! É latão! Eram gordas e de latão, pelo que sabíamos que não iam durar para sempre, ao contrário do nosso matrimónio, claro (ohhhhhhhhhhhhhhh). Depois de compradas as alianças, lá ficámos encostados, de braço dado, à porta da sala onde casam os bêbados de álcool e de amor (ohhhhhhhhhhh), à espera que pusessem a tocar a música “do costume” (para eles, não para nós que não casamos por desporto). Como é que estava vestida? Com a roupa que levei para a viagem. Estava de calças de ganga, umas botas de salto-alto rafeirinhas que comprámos no Alegro, uma camisola da Zara, um lencinho com borboletas que a minha tia de Paris me ofereceu há uns anos e, obviamente, roupa interior. É uma coisa que gosto de fazer: usar roupa interior.  O meu marido estava todo charmoso como é costume: uma camisa às riscas azuis que lhe realça a cor dos olhos (que não são azuis), umas calças de… A roupa do homem não interessa, pois não? Não. Nem a minha interessava. Queríamos lá saber da roupa.
Interessa muito mais dizer que a capela era tão pequena que mesmo a música de casamento editada ao máximo era demasiado longa para os quarto ou cinco passos que tinhamos de dar até ao altar. Assim que a música começou, andámos dois passos, esperámos dez segundos e só aí chegámos ao sítio suposto: ao pé do “minister” e do homem que carregou no rec da handycam que estava num tripé ao lado dele.
O minister, dotado de uma intensidade característica da sua especialidade, começou a falar umas coisas em inglês sobre amor e compromisso. Foi breve. Estávamos tão contentes e felizes que nos concentrámos em apertar a mão um do outro. Eu chorava. O meu namorado estava todo orgulhoso e com uma expressão e uma linguagem corporal que, certamente, se irá repetir no dia em que a nossa filha nascer. Nunca esteve tão bonito.
Repetimos aquelas palavras em inglês um para o outro. Ele disse tudo correctamente, mesmo com os nervosos e as mãos a suar. Eu troquei-me nalgumas coisas e chamei-lhe meu “wedding husband” nos votos. Não foi por nervosismo, não. Uma curiosidade sobre mim: gosto de acrescentar ditongos aleatoriamente (para mim, “ditongos”, faria mais sentido se fosse dintongos, mas tudo bem). A minha filha há de crescer a dizer que tem vontade de ir fazer “xin-xin”.
Naquele momento oficializámo-nos como um. Nenhum dos dois alguma vez quis casar. Foram precisos uns copos de vinho para ser pedida em casamento, mas não o obriguei a nada. No dia a seguir ainda não se tinha arrependido e nem eu. E agora, estamos ainda mais casados por já só faltar um mês e meio para sermos três.
Claro que, depois da capela, fomos para o hotel, fazer o que toda a gente está a imaginar. Achei que o meu marido merecia ter um momento daquilo que ele considera verdadeiramente erótico: jantar.
Ficámos três noites em Las Vegas e há um ano. O início do início deste teu início que está quase a começar.
Sinceramente, deixo ficar a última frase porque, apesar de não fazer grande sentido, há de haver alguém que descobre um significado bonito e que faça dela uma citação sentimental bimbalhota. Gosto de terminar assim: terminando o que nunca termina pois terminar trata-se de um começo que o coração envolve nas asas da criatividade.
Pumba, mais uma. Nicholas Sparks, aqui vou eu!
Parabéns, “wedding husband”. Ah! O meu marido disse-me agora que o que comemos no cestinho no "Claro!" é massa de coscorões com açúcar e canela, em vez de pele de leitão. Pronto."
GAMA, Joana. Estou Toda Grávida, Chiado Editora, Lisboa.
Versão Curta: 

Ele viu-me a actuar numa noite de stand-up comedy e achou-me piada. Começamos a falar, começamos a namorar, pouco tempo depois casamos em Las Vegas, transcrevemos o casamento para Portugal e decidimos ter a Irene. Tudo isto em menos de 3 anos. Deve fazer agora três anos, não sabemos.


Questão: 

Neste momento (e já há um ano) estamos os dois 24 horas por dia em casa juntos. Eu tive o privilégio de poder gozar uma licença sem vencimento durante um ano e ele é argumentista freelancer. Somos muito felizes, adoramos estar juntos, a nossa compatibilidade não está em causa. Acho que desafio mais complicado que este, só o da distância intercontinental. Penso muito nas mães que ficam em casa com os filhos e que não têm ninguém para as ajudar. No meu caso, parece-me dificultar muitas vezes o meu "trabalho". O meu marido não tem paciência para ler as coisas que eu leio, a maior parte das coisas que lhe digo "parecem não fazer sentido algum" e sou muito ansiosa, coisa que o deixa enervado. Quando, por acaso, está um de nós sozinho com a Irene, as coisas correm muito mais smoothly. Sou muito muito chata e ele é muito pouco tolerante ao meu índice de "chatemento" se não lhe fizer sentido. E, apesar de me respeitar sempre nas minhas decisões no que toca à Irene (és o maior, amor), é muito difícil tê-lo de coração nas coisas que lhe peço para fazer que, para ele, não tenham lógica. Desde a não aquecer leite materno no microondas (que pode ser aquecido, mas que mata algumas das propriedades por isso, no meu entender, não se deve aquecer), enfim, sou muito comichosa. 

E gostaria de saber se somos todas em relação aos nossos maridos ou se devo poupar uns tostões e internar-me algures (desde que tenha wireless, senão faleço). 



Afinal Havia Outra (#22) - Tive o meu filho numa banheira

Há um ano e meio mudamo-nos para a Escócia. Passados poucos meses, assim como tínhamos planeado, foi com grande felicidade e entusiasmo que descobrimos que estava grávida. O tão esperado momento havia chegado!

Tive uma gravidez tranquila, sempre acompanhada com excelentes profissionais de saúde, que me transmitiam a cada consulta uma confiança que qualquer mãe de primeira viagem precisa.

Não hesitei assim que soube que na maternidade onde o meu filho ia nascer, havia a hipótese de que o parto fosse na água.

Às 38 semanas e 3 dias, pela manhã ao acordar, as águas rebentaram. Mantive-me sempre calma e liguei para o hospital, duas horas depois tive a visita da parteira em casa. Ainda não tinha contracções e recebi alguns conselhos para tentar acelerar o trabalho de parto.
Liguei para o meu marido que estava já pronto para deixar o trabalho a qualquer momento para me acompanhar. Almoçamos juntos e logo a seguir ao almoço, sentamos-nos no sofá. De repente deu-me um click: "Não posso ficar aqui parada!" Saltei do sofá e comecei a seguir todos os conselhos da parteira. Ao longo do dia foram vários os banhos de imersão com o chuveiro a apontar para a barriga, subir e descer escadas, alguns squats e ao fim de uma longa caminhada com o meu marido, já as contracções faziam prever que estava mesmo quase o momento que tanto ansiavamos.

Dei entrada no hospital às 19h, já com dilatação e contrações muito próximas. Só tive tempo de pedir para encherem a banheira e baixar as luzes. Aguardei que o meu marido viesse com as malas do carro para entrar na água. A música que tocava era da rádio. Entrei na água devagar e tentava relaxar entre as contracções. Cá fora, tinha de um lado a parteira, do outro lado um pai ansioso e aflito. A cada contracção dávamos a mãos e o olhar de um e outro reconfortava-me e dava-me energia para quando fosse a hora de fazer força. Num momento de dor e algum desespero perguntei à parteira o que devia fazer, ela olhou-me nos olhos e disse apenas para seguir os meus instintos. São momentos em que nos tornamos animais, agi de forma puramente instintiva, movia o meu corpo livremente na água, e por vezes de forma brusca pois assim tinha que ser. A temperatura era medida regularmente e ao meu lado tinha uma botija de gás nitroso que inalava entre as contracções, pois ajudava a relaxar os músculos e atenuar as dores. Não tive epidural por opção. Entre voltas e reviravoltas na água, pude levantar-me e consegui ter controle total sobre o meu corpo. O momento estava cada vez mais perto. A parteira usava um espelho debaixo de água para ver os avanços. Algum tempo depois já era possível ver a cabeça. Fui convidada por ela a tocar na cabecinha bem cabeluda do meu filho. Foi uma sensação única e indiscritível tocar naquele cabelinho tão macio e sedoso debaixo de água. Na verdade acho que foi isso que me ajudou a fazer o “push” que o meu filho aguardava para vir para os meus braços.

Foi às 22:31 que o meu maior tesouro emergiu da água, o cordão estava enrolado no pescoço o que lhe deu um tom roxinho. Com saudáveis 3,110kg foi directamente para o meu colo e ali ficou por 15 minutos. Foi a única exigência que referi na parte do livro da grávida, em que teria que preencher os espaços relacionados com as espectativas e desejos para o parto. “Quero ter o meu filho ao peito o máximo de tempo quanto possível antes de sairmos da água”. E assim foi. O pai do lado de fora, molhava o seu corpinho enrugado para manter a temperatura e esperava ansioso a hora de também poder pegar no filho. Pudemos juntos sentir o pulsar do cordão e apreciar o milagre da vida. Foram minutos mágicos e muito especiais. O cordão foi cordado pelas mãos do pai que logo de seguida tirou a blusa para pegar no filho “skin to skin”. A expulsão da placenta deu-se ainda na banheira, já sem água. Ao sair, fui logo examinada e permaneci em repouso na cama. Ali ao meu lado foram feitos os primeiros procedimentos ao bebé e nem por um momento o meu filho foi levado para longe do meu campo de visão. O pai acompanhava atento os passos da enfermeira e eu aguardava para voltar a ter o meu filho nos braços. A primeira vez em que ele mamou ainda com poucos minutos de vida, foi um momento indiscritível.

Numa só palavra a experiência de ter sido Mãe na água foi fantástica!

Desde que entrei na água até ter o meu filho nos braços foram apenas 3 horas, as mais intensas da minha vida!

Tivemos alta ao meio dia, do dia seguinte e nos primeiros 15 dias recebemos visitas diárias das enfermeiras/parteiras para sermos examinados. Ajudaram-nos a tirar dúvidas e mais uma vez recebemos a cada visita, aquela dose de confiança que tanto precisávamos.

Os primeiros banhos do meu filho foram no meu colo no chuveiro, dormia sempre relaxado e aninhado a mim. Continuamos assim a ter uma relação muito especial com a água.


Bruna Viegas
Mãe do William

4.26.2015

a Mãe desbronca-se (#05) - uma catrefada de respostas!

Boa semana! ;) Sei perfeitamente que estão a ler isto ainda numa de "ganhar ritmo" para pegar o trabalho a sério. Ainda me lembro de como era. Apesar de no meu último ano de rádio ter de acordar já toda cheia de pica às 6h30 por fazer manhãs, assim que o programa acabava, sentia que tinha direito a prolongar um pouco mais a disposição do fim-de-semana. Uma espécie de "já vai, vou só ver isto, fazer isto, fumar um cigarro e depois logo não sei quê". Percebo-vos. 



Vou tentar despachar umas quantas perguntas (sempre com muito carinho, claro) porque vejo aquilo a acumular-se ali no separador d'a Mãe desbronca-se e já estou a ficar com aquela ansiedade de ter a cozinha toda por arrumar. Sabem como é, não sabem?


Olá "anónimo". Apesar de não respeitar as regras da nossa rubrica ("as perguntas são feitas em forma de comentário a este post e os anónimos ou assinam com o seu próprio nome ou, então, à la stripper, inventam um nome artístico. Não pode ser "La máquina" que esse já é o da Ana Malhoa"), claro que sou minimamente humana e tive de lhe responder na mesma. O meu caso creio ter sido parecido com o que está a sentir. Quando a Irene nasceu eu não senti nada por ela, nem por ninguém e creio que tal terá acontecido devido a alguns factores: parto violento, eu sofrer de ansiedade, muita novidade para a minha cabeça, baby blues, etc. Sugiro que leia este post que escrevi se não se importar. Acho que é muito normal demorarmos a reajustarmo-nos à nova realidade. É normal que os nossos sentimentos mudem. Talvez o que sinta não seja amar menos o marido, simplesmente esteja mais focada no seu bebé e o seu marido tenha passado, por enquanto, para um segundo plano muito longínquo. A novidade (atenção que sou só mãe, não sou psicóloga) é que o facto de ter consciência dessa mudança é muito positivo. Há muitas mães que nem se lembram que o marido existe enquanto "indivíduo" e não só como pai do nosso filho ou nosso "moço de recados" durante muito tempo. Continuamos a gostar deles, mas é um "já vai". E é isso o expectável, a meu ver. O bebé está muito dependente de nós, é o nosso papel estarmos totalmente focadas nele durante algum tempo. Eles precisam de nós para sobreviver e para se sentirem seguros. Se conseguir tente dar a entender ao seu marido que nota que está mais ausente, mas que, mais tarde, irá retomar. Tente pontuar a vossa relação com alguns apontamentos que o faça sentir especial, como elogiar algo que ele faça por vocês ou a roupa que ele escolheu, o cabelo, qualquer coisa. Nem acredito que estou a dar destes conselhos. Sempre quis fazer algo deste género. Se achar que nada do que eu disse tem cabimento, compreendo perfeitamente e não levo a mal. ;) No fundo é isto: esteja aberta a mudanças de toda a ordem. A diferença poderá não ser para pior e tenha em conta o contexto de cansaço, novidade, recuperação mental e física, etc. 

 Olá Sandrinha, meu amor lindo. Como estás? Estou a brincar. Sei que não te conheço, mas se fazes perguntas de tia, levas com este tipo de discurso. Ando muito indecisa, sabes? Como tenho uma idealização muito muito forte da maternidade, da presença da mãe na vida dos filhos, não sei bem o que fazer. Por um lado, adorava que a Irene tivesse já um irmão e que crescesse com ele, adorava despachar já isto das gravidezes e das noites mal dormidas. Por outro, quero dedicar-me muito à Irene e que ela se sinta muito especial. Não quero que ela esteja na fase de querer ir ao Jardim Zoológico e que eu, por causa de uma noite mal dormida (sou uma besta com sono) me recuse a ir e seja menos a mãe que quero ser por causa disso. Se calhar, da mesma maneira que a Irene foi planeada, mas decidida num ímpeto (basicamente estavamos a ver televisão e tirei o Nuvaring e pu-lo no cinzeiro da sala - blergh eu sei), talvez o Frederico também venha a ser assim. O que achas? 


Olá Rita! Infelizmente tens a pior Joana das duas para te responder a esta questão, mas posso aconselhar-te a Joana Bandeira do Love Lab que fez um óptimo trabalho com a festa de aniversário da Isabel e, além disso, sigo o blog dela e a adoro as fotografias e os tratamentos. E, acho que se fosse a JPB a responder que te diria, sem dúvida, a Crush e a Ties. Eu não sou muito de sessões fotográficas deste género mas adoro ver as dos outros. Ah! Só agora li que é no Porto. Grrr. Desculpa. Sendo assim vamos ver se outras mães que leiam este post podem dizer qualquer coisa porque não faço a mínima ideia. Sorry.


Olá Ninfa! :) Obrigada pela pergunta (e a todas as outras que fizeram também, não sei por que é que só agora me lembrei disto). Engravidei aos 26. :) Acho que nada tem que ver com a idade (segundo dizem, quanto mais tarde, maior o risco de problemas de gravidez), acima de tudo acho que tem que ver com o teu estilo de vida. Se tiveres 20 mas andares a fumar 4 maços de LM por dia e fores alcóolica, acho que não seria boa ideia. Tem também que ver com aquilo que precisas para te sentires segura e não paranóica. O teu ordenado com o da tua pessoa fazem com que consigam viver tranquilamente? Não estão a contar tostões? Se estiverem, acho melhor repensarem algo ou organizarem as vossas finanças antes de incluirem um bebé na vossa dinâmica familiar pois isso pode ser um grande motivo de stress (e até mais para o pai que é quem mais se preocupa com essas coisas). Acho que aos 30 não é minimamente tarde. A Fernanda Serrano não está agora grávida aos 40? Mulher, ama o teu útero e parece que podes parir até aos 70. Tens tempo, mas fala com a tua ginecologista, ela lá saberá coisas do teu pipi que eu não sei. 

Principais despesas antes de ter um bebé? Depende muito da família. No nosso caso houve uma competição muito saudável entre os avós e praticamente não compramos nada. Também tudo depende do teu estilo de vida. Será que um trocador é mesmo necessário? Podes perfeitamente mudar um bebé em cima de uma cama normal se puseres uma espécie de resguardo ou toalha para não sujar a colcha, percebes? Será que precisas dum berço? Eu passei directamente para a cama com grandes. Atenção que ainda podes pedir emprestado a amigas tuas que tenham essas coisas ou então entrares nalguns grupos de mães aqui na net e fazeres umas compras mais baratas. Dinheiro para toalhitas? Se quiseres usar. Senão tens uma alternativa mais saudável e mais barata: compressas de tecido não tecido (eu sei, é uma confusão) que podes humidificar um pouco com água e com o gel de banho do bebé. Há sempre alternativas para tudo. Pensa naquelas famílias menos afortunadas e que conseguem que não falte nada aos bebés, que mesmo assim têm tudo o que precisam para crescerem saudavelmente. Tudo depende das TUAS exigências. Eu sei que não estou a ajudar grande coisa, desculpa. Se quiseres uma resposta mais concreta, precisas de: cama de grades, lençóis de baixo, sacos de dormir, toalhas de banho, trocador, resguardos, fraldas, toalhitas, shampo, gel de banho, termómetro para a banheira, bodies, pijamas, roupa para sair (embora eu não entenda por que é que se há de por roupa a sério em recém nascidos e não os deixar estar de babygrows), creme hidratante, uma mantinha, isofix ou um bom ovo para o automóvel, carrinho/transportador de bebé/sling. Se quiseres, falamos por e-mail porque acho mesmo que mais de metade do que te disse, se for preciso, é altamente dispensável. A sério. Será mesmo preciso termos toalhas de banho específicas para o bebé? Entendes? Onde gastei mais dinheiro foi no aquecimento, isso sim. 

Quanto às despesas mensais: mais uma vez depende. Tudo fica muito muito agradável se amamentares (espero que sim, que te informes, que tentes e que, se ficar difícil, fales com alguém para te ajudar como, por exemplo, alguém da linha da SOS Amamentação). O dinheiro que poupas em leite artificial, em biberões, esterilizadores é impressionante. Além de todos os outros benefícios para TI e para o teu BEBÉ. Depois, se o bebé não for para a creche e ficar com os avós, podes não gastar uns bons 300 euros por mês... Tudo se resumirá às fraldas e aos médicos que, se fores pelo serviço público, também não creio que gastes grande coisa. As vacinas extra plano de vacinação é que são muito caras. Se for um bebé de creche (e também de leite artificial) é muito provavel que fique mais vezes doente e, portanto, gastarás mais dinheiro (não sei se mais ou se só mais cedo) em medicação e consultas. As papas para bebés não são muito caras, também as podes fazer em casa com o teu próprio leite, com ingredientes naturais e, de resto, as sopinhas são feitas com meia dúzia de vegetais, o que não fica nada caro. No meu caso como amamento e vamos ter a Irene até, desejavelmente, aos 3 anos em casa, temos muito poucas despesas. Quanto à roupa, tens sempre a Primark e também podes pedir a outras famílias que te emprestem. Depende de ti e de como queres fazer as coisas. :)

Espero ter ajudado nalguma coisa, apesar de, talvez, só ter confundido. As outras mães que tenham tido a paciência de ler isto, contribuam também que, quantas mais opiniões, melhor. :)