1.06.2020

Adoro não ser mãe.

Tem sido fantástico. Contei-vos que, por ter amamentado durante 4 anos e tal e por ser mesmo muito focada com a Irene (sim, um eufemismo para maluquinha) e, depois, divórcio pelo meio... tem sido difícil respirar. Ah e além de ter deixado um trabalho onde tinha estado durante 10 anos... Têm sido imensas as mudanças e creio que só agora estou a encontrar o meu ritmo. Muito também por ela já estar mais crescida, mais razoável e, por isso, é mais fácil fazer tudo. 

Tenho tido mais momentos em modo não mãe. Nem todas conseguimos fazer logo isso (acho que nem é suposto) e se há coisa que tenha aprendido com isto tudo é que "são tudo fases". Chegou agora a fase de respirar, de me divertir com outras coisas e de voltar a reconstruir os meus grupos sociais, a minha identidade. Tenho a sorte de ter dois projectos que me completam e de fazê-lo com pessoas que considero essenciais para mim. 

A Irene foi muito para os avós, foi o normal para o pai mas, por ter ficado solteira recentemente, tenho aproveitado o tempo para fazer o que acontecer ou o que me apetecer no momento que seja e tem sido maravilhoso! Creio que seja normal que haja um luto da nossa identidade anterior quando somos mães, mas também sinto que, mais tarde, há uma espécie de desfragmentação do disco e começamos a incorporar o velho no novo, o verdadeiro e a novidade, as duas verdades numa só, fundindo-nos numa pessoa: a Joana que é mãe e não a mãe Joana. 


É mais fácil para mim (sei lá) por estar divorciada e por haver momentos obrigatórios em que ela tem de estar só com o pai ficando eu assim sozinha, mas também deverá haver outras maneiras de ter espaço em casal - não sou é a pessoa indicada para falar sobre isso (ou sobre nada no geral, mas vou falando). 

Tenho-me apercebido que quanto mais estivermos fechadas na nossa cabeça, menos espaço temos para que entrem coisas diferentes e boas. Vou tentar escrever-vos sobre isso nas próximas publicações, nomeadamente sobre a minha percepção da minha beleza - uau! ficaram loucas, não ficaram? 

O que queria dizer, é: não se sintam pressionadas a afastarem-se dos vossos filhos porque "uma mãe também é uma mulher". Cada uma terá os seus timings e que são indissociáveis do estilo de vida que levam. Essa altura vai chegar e, quando chegar, se a soubermos ouvir, conseguirão aproveitar o melhor dos dois mundos da maneira mais sensata possível. Sem ser fazendo uma mala e desaparecer durante um mês para as Fiji, mas indo incorporando mais "me time" nas rotinas semanais, por exemplo. 

Fui sair à noite, tenho estado com amigos, acordo mais tarde e reparo que isso me dá outro fôlego para estar com a Irene. Além de também verificar o oposto: a Irene tem estado ainda mais bem disposta e já encara estas transições e alterações na rotina com mais facilidade. Sabem porquê? Porque a mãe está mais equilibrada e feliz. 

Como têm gerido o vosso tempo? 



1.02.2020

Sugestão de escapadela: eco-hotel no meio da natureza

Foi ali que a Luísa deu os primeiros passos. Foi ali que, em 2017, eu, a minha mãe, as miúdas e o meu irmão passámos um fim-de-semana incrível, na natureza, a dar mergulhos na piscina, a comer pratos divinais e a passear ao longo do rio. A poucos dias do fim do ano, voltámos ao Vale do Rio, em Oliveira de Azeméis, para respirar ar puro. E, desta vez, com o David.



Soube tão bem. Eu, que deixei de conseguir ir com as miúdas à natação, pude ver a desenvoltura que já ganharam desde aí e o quanto amam água (o difícil foi tirá-las de lá). Jogámos Quem é Quem, Bingo, Party & Co. às refeições e na sala e ainda montaram a pista de carros que a Isabel tanto pediu ao Pai Natal. Viram, pela primeira vez, um jogo de snooker e os pais sem jeitinho nenhum a discutirem as regras. Passeámos no bosque, à procura de seres mágicos e de renas. Ouvimos o som do rio a correr e pusemos a mão sobre o musgo e sobre as árvores. Equilibraram-se em troncos e viram sair vapor da boca uma da outra. Vimos teias de aranha enormes e os raios de luz a atravessarem as copas das árvores altas. E ainda fomos conhecer o parque de La Salette, com lagos com patos, com uma capela no topo e com espaço para correrem e para andarem de trotinete (e caírem…) à vontade.

Foram dois dias que souberam a mil e que me fizeram sentir, mais uma vez, que estarmos juntos, sem grandes planos, é dos maiores privilégios que podemos ter.

























Em 2020 vou...

Está a ser engraçado pensar em tudo o que quero fazer e ser em 2020, estando já em 2020. 

Já agora...

BOM ANO!

A única coisa que combinei fazer este ano, com o David, foi "dieta". E por dieta entenda-se começar a comer melhor. Menos processados, menos massas, menos chocolates, coca-cola, bolos, açúcar, no geral. Mais comida mesmo comida. 

De resto, estou a fazer agora o exercício. 2019 foi um ano estranho. Tive momentos maravilhosos, viajámos bastante, as miúdas raramente estiveram doentes, fiz novos amigos (olá Joana, olá Mariana), o mano casou. Comecei o podcast com a Joana Gama, que nos deu (que nos dá, porque vamos fazer mais séries) muito gozo. Tivemos trabalhos muito fixes, que nos desafiaram. E parcerias pelas quais me sinto uma sortuda. As miúdas começaram no ballet e na natação e eu fui uma felizarda por poder acompanhá-las e vê-las serem tão felizes. Fiz bastante desporto e cheguei a acordar com saudades (grande novidade na minha vida ahah).
Mas também tive, em 2019, momentos pessoais bastante merdosos. Foi talvez o ano em que mais chorei. Em que tive de me superar. Felizmente, o ano acabou "em bom". Voltei a trabalhar como freelancer em TV, 4 anos depois (e já tinha bastantes saudades). Voltei a sorrir mais, por todos os motivos.



Por isso, em 2020 espero manter a boa energia com que terminei o ano. Mas vá, segue a lista de intenções:

- voltar a fazer mais desporto (que no último mês foi nulo);
- comer melhor (estou a pensar voltar ao paleo para me dar energia extra e cortar com os processados);
- cozinhar mais (andava numa onda de sopa, massa, carne, arroz e peixe, sendo que peixe às vezes eram mesmo douradinhos...). Quero ver se me inspiro mais e faço mais vegetariano e comida, em geral, mais apetitosa e saudável
- tratar-me ainda melhor para ficar menos doente (dispenso as lamas nos rins, as infecções urinárias e afins);
- dedicar-me mais à Amwêlê e ir em missão a São Tomé e Príncipe;
- passar menos tempo na internet e estar mais com a família e com amigos;
- dançar mais (gostava de ter aulas!);
- ler mais (ando viciada na saga do Jeffrey Archer e estou desejosa que a minha mãe me empreste o próximo);
- ir ao teatro mais vezes (a última peça que vi foi fantástica e perguntei-me por que não optei mais vezes pelo teatro);
- estar mais à caça de museus e atividades giras lowcost para as miúdas
- comprar cada vez menos. Menos roupa, menos brinquedos, menos coisas.

Acho que é isto. 

E vocês? Quais as vossas intenções? E aquelas que esperam mesmo mesmo cumprir?