5.02.2016

Gravidez não é doença, mas...

Gravidez não é doença. Certíssimo. Na primeira pude experimentar isso até ao fim, na maior das calmas e trabalhei até uma semana e picos antes da Isabel nascer. Enjoos no início (nos primeiros 4 meses, vá), uns desconfortos normais de fim de gravidez, muito chichi, mas nem de retenção de líquidos ou de azia me pude queixar.

Nesta gravidez, tudo perfeito até agora. Nos últimos meses, andava fresca que nem uma alface, sem grandes desconfortos, nem sequer necessidade de ir à casa de banho de 5 em 5 minutos. 

Mas ontem... ontem fui apanhada por umas dores que sim senhor. Acho que até tenho alta tolerância à dor, atenção. Já tive pedras nos rins, já arranquei cisos, já tive um parto e pontos até mais não, custa-me zero ser picada para análises e não sou de guinchar muito. Acho que para me queixar à séria (e chorar de dores físicas) é preciso bastante. Ora, ontem senti umas dores na zona pélvica, debaixo da barriga, virilhas e vagina que "Deus me acuda". Difícil de explicar. Dores musculares, ossos, choques eléctricos, murraças... eu sei lá. Quando queria dar dois passos, levantar-me da cama, virar-me na cama (só me sentia bem deitada de lado) era um vê se te avias.
Tive amigas que me disseram que podia ser disfunção da sínfise pública, que tinham tido na gravidez e que só passou depois do parto. No fundo é uma inflamação das articulações, resultado do maior relaxamento e movimento dessas articulações, depois de se libertar a hormona relaxina. O corpo prepara-se para o parto, cria condições, mas essas condições podem dar nisto, com o excessivo à-vontadinha que se dá às articulações e depois elas andam ali mais laças e mais desalinhadas (se houver por aí gente que perceba mesmo disto e estiver a dizer algum disparate, corrijam-me por favor). Pois que elas andaram com dores destas semanas atrás de semanas (e uma delas só teve a filha às 41semanas e 4 dias), disseram-me que não havia muito a fazer e eu só pensava: como vou aguentar estas dores de ir às lágrimas durante semanas?

Fui ao hospital tentar perceber o que teria efectivamente. O médico viu-me, fiz ecografia, mandou-me fazer CTG, paracetamol para a veia e soro, análise à urina (não por esta ordem). Melhorei. Sem ficar perfeita, já conseguia andar. Tive muitas contracções (confesso que não tinha sentido nem uma em casa, mas com o alívio das dores pélvicas, senti-as e bem). Não lhe pareceu a tal disfunção, mas sim dores resultantes das contracções de treino e o meu corpo a preparar-se para o grande evento. De qualquer forma, se voltarem em grande, volto lá. Muita hidratação e descanso. A tentar cumprir, que a Luisinha tem ainda umas boas semanas pela frente na minha barriga!

Ontem, durante as 3 horas em que lá estive, claro que tudo me passou pela cabeça: "ora, se nasce hoje não tenho aqui as malas", "também, se nascer hoje as roupas não lhe iriam servir mesmo, que seria prematura", "que parvoíce, não vai nascer nada", "ui! nova contracção, já? ai tu queres ver?", "a Isabel vai ficar "sem mãe" a dar-lhe colo e cavalitas menos um mês do que o previsto?", "tenho fome e quero pato à pequim com arroz chao chao". Demasiadas sinapses a ocorrerem no meu cérebro.

Hoje, sinto-me melhor que ontem (já não choro a andar, nem perto), já tive algumas contracções, mas muito espaçadas, e estou calma. De esforço físico só: idas à casa de banho, fazer um almoço rápido, apanhar a roupa estendida e ir buscar a Isabel à creche. De resto, estou a fazer um buraco no colchão da cama, com o meu peso. :)

Agora é optimismo e bola para a frente (só de pensar nas coisas bem piores que algumas mães sofrem na gravidez, isto é peanuts).


O almoço de hoje, para compensar alguns dos estragos que tenho feito, todo o santo dia:

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


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5.01.2016

Se és Mãe, então mereces!

Feliz Dia da Mãe, 

Às que se levantam vezes sem conta durante a noite para ir dar colo, tapar, dar mama, dar festinhas ou simplesmente vê-los a dormir.
Às que dormem a noite todinha, que chegam a ter saudades deles e os mimam durante o dia, com menos olheiras.
A todas as que amamentam, sem horas, sem pressas, a escutar o que os bebés lhes pedem, os meses, os anos que quiserem, com um amor inesgotável.
A todas as que dão biberão, mas os olham nos olhos, apaixonadas, e sabem que o mais importante é tudo o que transborda do coração.
A todas as que dormem com os bebés e às que os deitam na cama deles com três meses. Às que lhes dão carne e às vegetarianas. Às que passam um domingo na rua e às que inventam jogos divertidos em casa. Às que trabalham em casa e fora dela e às que se dedicam inteiramente aos filhos. Às que vão de fim-de-semana sem eles e às que os levam para todo o lado. Às medrosas e às despachadas. Às que lhes dão espaço e às que não desgrudam.

Se tudo o que fizermos (nos) fizer sentido, nos der harmonia e fizer os nossos filhos felizes e saudáveis, então somos umas Mães do caraças! Eu sou. E vocês? :)


*Imagem We Heart It

 Feliz Dia da Mãe! 

4.30.2016

Descontrolei-me toda.

Cheguei ao Alegro umas duas horas antes. Para quê, para quê? Para comprar a roupa que iria usar no lançamento do livro, na Fnac. Sim, muito previdente, sempre. Vesti uma Zara inteira e lá encontrei O macacão. Zero de fotos para vos mostrar o modelito, mas gostei. Por pouco não aparecia com a etiqueta. Onde é que me maquilhei? Na casa de banho do shopping mesmo, uns 25 minutos antes da hora. Quando acabei de me maquilhar senti que tinha perdido o cartão multibanco. Não me lembrava do momento em que o tinha deixado de ter na mão. Vai de esvaziar a mala duas vezes, de começar a escorrer em suor e de ter aqueles calores loucos das grávidas. Não pari ali por pouco. Estava na Parfois, felizmente. Isto tudo a minutos de apresentar o nosso livro. Boa, Joana. Até já estavas calma, até nem conseguiste almoçar nada de jeito, era mesmo disto que precisavas. Respira fundo. Já passou.












Adorei a experiência. Estava toda feliz por ter ali por perto as minhas "mamãs de março", a família, os amigos, gente que eu não via há imenso tempo e muitas leitoras mães, grávidas (e até quem ainda não o seja!) que se deslocaram até ali para nos dar força. A sério, que coisa boa.

O Raminhos é sempre aquela base (obrigada por teres ido apresentar o livro, no meio da tua vida caótica, pá!) e o ambiente estava descontraído, como era de esperar. Rimo-nos muito. Tinha de chegar o momento dos agradecimentos a la Oscars para aqui a chata de serviço se ter descontrolado. Não, não fiz chichi. Chorei e solucei, quando falei na minha mãe e no meu maridão. Misturado com aquele riso nervoso de quem se está a tentar controlar e a querer disfarçar. Estão a ver os maluquinhos a rir e a chorar simultaneamente? Euzinha. Mas sabem que mais? Até isso deu emoção à coisa e acabámos por "ser ali o que somos lá fora". Sim, muito como no Big Brother, mas com seios piores.

A Joana Gama enche uma sala (mesmo estando magra e linda) e eu tenho um enorme orgulho em estar neste projecto com ela e de ser amiga dela. Não, Joana, não recomecei a chorar.

A Marcador, a nossa Editora, foi incansável e pensou em pormenores giríssimos para este dia. Obrigada por terem apostado em nós! <3

E já chega. Ficava nisto mais uns 290 parágrafos, mas tenho de ir dormir, que o dia foi longo. Obrigada a todos.