10.14.2015

Maternidade: Ficção VS. Realidade

O mundo da maternidade é, segundo alguns continuam a fazer parecer, um mundo cor-de-rosa. Para pessoas românticas como eu, era fácil acreditar na história dos pequenos-almoços dignos de telenovela brasileira, crianças todas alinhadas em escadinha, sorridentes e bem-comportadas, vestidas de igual e com sapatinhos de verniz, um quarto de brinquedos de chão branco, onde os filhos brincam com pijamas clássicos. O casal, depois de um dia cheio, até tem tempo para não fazer nada e a história termina sempre com um “e foram felizes para sempre”. Agora que sou protagonista da minha própria história, apercebo-me de que são as dificuldades, o improviso e até as expectativas goradas que tornam a maternidade divertida, viva, humana, real. Apesar de gostar de coisas bonitas e de floreados, gosto também muito da simplicidade e da espontaneidade.


Deixo-vos uma lista em que, num ringue de boxe, a realidade dá um K.O à ficção


Como queremos que eles fiquem nas fotografias:


Como eles realmente ficam:

Como fantasiámos um domingo à tarde:



Como é o nosso domingo à tarde:


Como planeámos o quarto deles:



Como ele é:




Como sonhámos que eles fossem comer:



Como eles comem:



Como desejamos que acabe o nosso dia:


Como acaba realmente:




E, se assim não fosse, não teria grande piada. 



*Imagens We Heart It

Sigam-me também aqui: 

a Mãe é que sabe Instagram
 
 

Vou mudar de vida. Completamente.

Antes de ter a Irene, pensei que o que seria mais agradável para mim seria uma casa com muitos armários (adoro ter tudo organizado) e perto do trabalho. E o que é facto é que assim foi. Conseguia ter a roupa de Verão num armário e a de Inverno noutro. Isso para mim era sinal de sucesso. Demorava também 15 minutos a chegar ao trabalho e de comboio. O que é isto? Qualidade de vida.

Não pensava nem em me casar nem em ser mãe, pelo que pensei que fosse morrer aqui e bem. Feliz. 

Depois conheci o Frederico que me fez querer ter a Irene e uma casa para a Irene tem de ser mais do que estar ao pé do comboio e ter muitos armários. Também comecei a querer ter outras coisas. Quero também uma casa bonita, com uma vista bonita, com um jardim bonito onde dê para ela se chafurdar na lama comigo a vê-la na cozinha enquanto tento fazer um bolo de natas que lhe vai dar imensos puns e a mim também. 

Quero conseguir estar no quarto dela e abrir a janela sem ter que afastar a cama, por exemplo. Quero poder secar a roupa no Inverno, sem ter que por a roupa no corredor e a casa ficar ainda mais húmida. Enfim, problemas que são só "problemas", mas que dão vontade de não os ter. 

Queremos que o pai possa falar na sala e fumar algures sem nos acordar nem nos fazer mal. 

Depois de alguns anos e de muitas peripécias que nos deixaram em baixo, muito tempo e muitas visitas, muitos e-mails, muita coisa envolvida, lá conseguimos encontrar o sítio que nos parece ideal para a nossa casa.

Comprámos um terreno e vamos construir uma casa para a nossa família. Isso vai implicar um grande esforço de todos (menos da Irene, espero), mas vai valer a pena. Mesmo. 

Não sei quanto tempo vai demorar até irmos para lá, não faço ideia, mas não interessa. Já é um "sonho" que está a correr em background na minha cabeça todo o dia. 

Estas fotografias foram no dia em que fomos ver o terreno que o papá descobriu. 

Passo-me com a roupa de Inverno para eles. Para rapaz também. 

A Irene, a avó e a mamã. Felizes à chuva, mas achando que a Irene estava debaixo do chapéu da avó. 

10.13.2015

Mas afinal as grávidas podem ou não pintar o cabelo?

Eu, pessoa que pinta o cabelo desde 2004 (já fui do amarelo platinado ao castanho escuro, passando pelo arruivado), quando estava grávida, resolvi não pintar, não fazer nuances, nada. Li algures na internet que os químicos poderiam ser nocivos para o feto. Não que eu fosse propriamente a pessoa mais responsável do mundo, já que comi algumas vezes sushi e bebi uns golinhos de vinho tinto pontualmente, nada que possa ser digno de uma medalha.

Li depois algures que afinal até podia, se fossem produtos sem benzeno, amoníaco, iodo e essas coisas todas que eu nem sei bem o que são, que naquela região muito vascularizada podem ser absorvidos para o organismo facilmente, e se o espaço fosse arejado.

Lembro-me que, apesar de estar com o cabelo lindo, brilhante, forte (bendita gravidez), passava bem por uma Shakira no ano 2000. A solução foi ir cortando as pontas, para que a diferença para a raiz fosse cada vez menor. Não correu assim tão mal, até passava por californianas.

Foto lindíssima que o pai da Isabel nos tirou nem uma semana depois do parto
Por aí? Como fizeram?