O mundo da maternidade é, segundo
alguns continuam a fazer parecer, um mundo cor-de-rosa. Para pessoas românticas
como eu, era fácil acreditar na história dos pequenos-almoços dignos de
telenovela brasileira, crianças todas alinhadas em escadinha, sorridentes e
bem-comportadas, vestidas de igual e com sapatinhos de verniz, um quarto de
brinquedos de chão branco, onde os filhos brincam com pijamas clássicos. O
casal, depois de um dia cheio, até tem tempo para não fazer nada e a história
termina sempre com um “e foram felizes para sempre”. Agora que sou protagonista
da minha própria história, apercebo-me de que são as dificuldades, o improviso
e até as expectativas goradas que tornam a maternidade divertida, viva, humana,
real. Apesar de gostar de coisas bonitas e de floreados, gosto também muito da
simplicidade e da espontaneidade.
Deixo-vos uma lista em que, num
ringue de boxe, a realidade dá um K.O à ficção.
Como queremos que eles fiquem nas fotografias:
Como eles realmente ficam:
Como fantasiámos um domingo à tarde:
Como é o nosso domingo à tarde:
Como planeámos o quarto deles:
Como ele é:
Como eles comem:
Como desejamos que acabe o nosso dia:
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Como acaba realmente: